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Fósseis dentais são o registro mais antigo do ‘Homo sapiens’ na Europa

 

Segundo pesquisadores, dois dentes de leite tinham sido encontrados em 1964, no sul da Itália, no entanto se acreditava que eram de Neandertais; objetos têm entre 43 mil e 45 mil anos

03 de novembro de 2011 | 10h 17

Efe

Modelos digitais dos fósseis foram comparados com uma ampla mostra dentária das duas espécies - Stefano Benazzi/Efe

Stefano Benazzi/Efe

Modelos digitais dos fósseis foram comparados com uma ampla mostra dentária das duas espécies

Dois dentes de leite encontrados em uma caverna italiana, com idade estimada entre 43 mil e 45 mil anos, se tornaram os fósseis mais antigos do "Homo sapiens" na Europa, confirmou nesta última quarta-feira, 2, uma equipe internacional de pesquisadores.
A descoberta, que contou com a participação do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha, confirma que a passagem do "Homo sapiens" à Europa e que sua coexistência com os Neandertais duraram "milhares de anos a mais do que se pensava".
Foi o que explicou o principal autor do estudo, o pesquisador Stefano Benazzi da Universidade de Viena, em comunicado divulgado nesta quarta-feira pelo CSIC. "Isso tem importantes implicações no entendimento do desenvolvimento do comportamento do humano moderno".
Os dentes foram achados em 1964 na caverna pré-histórica de Grotta del Cavallo, ao sul da Itália, lar dos Neandertais até sua substituição pelos "Homo sapiens", o que levava os cientistas a pensar que as peças pertenciam a seus primeiros habitantes.
A caverna contém sete metros de depósitos arqueológicos que datam do período em que as duas espécies conviveram, e os dentes foram encontrados nas camadas que contêm restos da cultura Uluziana, que até o momento era relacionada aos Neandertais.
Contudo, agora os cientistas atribuem essa cultura aos "Homo sapiens" graças à nova pesquisa, considerada "mais completa e exaustiva" do que a realizada nos anos 1960, além de ser baseada em comparar modelos digitais dos dentes achados na caverna com uma ampla mostra dentária das duas espécies.
"O próximo passo será descobrir se a cultura Uluziana apareceu e evoluiu devido ao contato com humanos anatomicamente modernos ou se é uma simples evolução do Musteriense, produzido por Neandertais", explicou o pesquisador Michael Coquerelle, do CSIC.

Restos de acampamento romano são descobertos na Alemanha

25/10/2011 – 16h55

DA EFE

Restos de um acampamento romano, que servia de defesa e entrada para a antiga Germânia até o rio Elba, foram encontrados nas margens do rio Lippe, na região alemã de Westfália.

O diretor do LWL (Instituto Arqueológico de Westfália Lippe), Wolfgang Kirsch, informou nesta terça-feira que os especialistas procuravam há mais de um século o acampamento. Ele é equivalente a sete campos de futebol e está situado a 30 quilômetros da cidade de Dortmund, no oeste da Alemanha.

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Friso Gentsch/Efe

Homem exibe moeda que estava em assentamento romano, o último de cinco localizados pelos arqueólogos

Homem exibe moeda que estava em assentamento romano, o último de cinco localizados pelos arqueólogos

A base era usada por soldados para controlar o rio Lippe e era "uma das importantes regiões logísticas para os conquistadores romanos", disse Kirsch, que considerou a descoberta como "sensacional" para a investigação da época romana em Westfália.

O acampamento, localizado próximo onde atualmente é a cidade de Olfen, era o único que faltava para ser descoberto dos cinco grandes assentamentos militares romanos na região e que tinham funções de abastecimento e defesa.

Para conquistar as terras livres da antiga Germânia e avançar as fronteiras do império até o rio Elba, as forças do imperador Augusto entraram no território a ser conquistado através do rio Lippe, usado como meio de transporte.

Friso Gentsch/Efe

Os assentamentos romanos distanciavam-se um dos outros por exatos 18 quilômetros; acima, moedas romanas

Os assentamentos romanos distanciavam-se um dos outros por exatos 18 quilômetros; acima, moedas romanas

O último grande acampamento romano na região foi descoberto em 1968 perto de Paderborn. Desde então, as pesquisas arqueológicas se intensificaram para encontrar o assentamento próximo a Olfen.

"Era como buscar a peça de um quebra-cabeça", disse Kirsch, que comentou que o acampamento descoberto fecha a lacuna dos assentamentos romanos na região, separados entre si por cerca de 18 quilômetros, o que equivalia a um dia de caminhada de uma tropa de soldados armados com todos seus pertences.

Kirsch acrescentou que as primeiras pistas sobre a localização do acampamento surgiram há três anos, quando arqueólogos descobriram moedas de cobre em um campo, e escavações de prova posteriores encontraram restos de cerâmica e de uma cerca de madeira.

O acampamento romano de Olfen foi supostamente construído no início da ocupação da Germânia na margem direita do rio Reno, na época das campanhas bélicas de Druso, na última década antes do começo de nossa era.

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Segredo de manuscrito alemão do século 18 é decifrado

27/10/2011 – 10h56

 

\DA FRANCE PRESSE

O código do "Copiale Cipher", um estranho manuscrito do século 18 com 105 páginas que contêm mensagens cifradas em forma de símbolos abstratos e caracteres romanos, foi finalmente decifrado com a ajuda de um computador, informou a USC (Universidade do Sul da Califórnia).

O misterioso criptograma, envolto e escrito em papel ouro e verde, revela os rituais e as tendências políticas de uma sociedade secreta estabelecida na Alemanha há 300 anos, assinala um comunicado da instituição em seu site.

Os ritos detalhados no documento que contém 75.000 caracteres indicam que essa sociedade tinha fascínio pelos olhos e a oftalmologia. No entanto, não parece que seus membros tenham sido médicos especializados nesta área.

Associated Press

Cópia do "Copiale Cipher" reúne registros de uma sociedade secreta que foi formada na Alemanha há 300 anos

Cópia do "Copiale Cipher" reúne registros de uma sociedade secreta que foi formada na Alemanha há 300 anos

"Esta decodificação do ‘Copiale’ abre uma janela para o estudo da história das ideias e das sociedades secretas", afirmou o especialista em informática Kevin Knight, da Escola de Engenharia da USC, um dos membros da equipe internacional que decifrou o segredo do "Copiale Cipher".

"Os historiadores acreditam que as sociedades secretas desempenharam um papel nas revoluções, mas esta hipótese é difícil de apoiar devido ao fato de que um grande número de documentos está encriptado", assinalou Knight.

O "Copiale Cipher" foi descoberto na Academia de Berlim Ocidental no final da Guerra Fria e se encontra atualmente em poder de um colecionador particular.

Para decifrar esse código, Knight e suas colegas Beata Megyesi e Christiane Schaefer, da Universidade de Upsala, na Suécia, reescreveram uma versão do texto para que pudesse ser lido pelo computador. Utilizaram para isso um programa de informática criado por Knight.

Depois de ter testado com 80 idiomas, a equipe de criptógrafos se deu conta de que os caracteres romanos careciam de sentido, destinados somente a enganar eventuais leitores interessados em decifrá-los. As mensagens estavam, de fato, nos símbolos abstratos.

Finalmente, as primeiras palavras que tinham sentido em alemão foram decifradas. Elas dizem: "Cerimônias de Iniciação" seguida por "Seção Secreta".

Knight planeja decifrar outras famosas mensagens codificadas, incluindo os criptogramas enviados pelo "Assassino do Zodíaco", um assassino em série que agiu entre os anos 1960 e 1970 nos Estados Unidos e que enviou mensagens encriptadas à imprensa –e nunca foi preso.

Também quer testar seu programa com a "Kryptos", uma mensagem cifrada entalhada numa escultura na sede da CIA (Agência Central de Inteligência) e no medieval "Manuscrito Voynich", considerado um dos mais misteriosos já encontrados.