Barco funerário viking é encontrado no Reino Unido

 

DA FRANCE PRESSE

Arqueólogos britânicos descobriram os vestígios de um barco funerário viking nas terras altas escocesas, que, afirmam, é um dos mais importantes já encontrados no Reino Unido.

O barco usado como túmulo, com cinco metros de comprimento, continha os restos de um guerreiro de alto escalão que foi enterrado com um machado, uma espada, uma lança, um escudo e um broche de alfinete na jazida de Ardnamurchan, de mais de mil anos de antiguidade, segundo a Universidade de Manchester, uma das instituições que participam das escavações.

Sarah Paris/France Presse

Barco viking com cinco metros de comprimento foi usado como túmulo para viking de alto escalão, mostram restos

Barco viking com cinco metros de comprimento foi usado como túmulo para viking de alto escalão, mostram restos

Também foram encontrados no túmulo, que utilizou em sua construção 200 rebites britânicos, uma faca, o que poderia ser a ponta de um chifre de bronze utilizado para beber, uma pedra para amolar norueguesa, cerâmica viking e diversas peças de ferro que não foram identificadas.

A codiretora do projeto, Hannah Cobb, professora de Arqueologia da Universidade, qualificou a descoberta de "apaixonante".

"Um barco funerário viking é uma descoberta incrível, mas, além disso, os artefatos e o estado de conservação fazem dele um dos túmulos nórdicos mais importantes já escavados no Reino Unido", acrescentou Cobb, que trabalhou durante seis anos com especialistas da Universidade de Leicester e outros arqueólogos escoceses.

Os vikings, como são conhecidos os povos germânicos navegantes e guerreiros procedentes da Escandinávia que se lançaram à conquista da Europa entre o fim do século 8º e meados do 11, utilizavam os barcos como túmulos para enterrar personalidades da época com suas posses.

Especialistas em vikings da Universidade de Glasgow acreditam que o barco possa datar do século 10º.

Cientistas descobrem oficina artística usada há 100 mil anos

 

Lugar servia para fabricar e armazenar ocre, o primeiro pigmento para pintura da história

13 de outubro de 2011 | 19h 29

Efe

Concha de caracol marinho com depósito para ocre encontrada na África do Sul - Divulgação

Divulgação

Concha de caracol marinho com depósito para ocre encontrada na África do Sul

Um grupo de pesquisadores descobriu na África do Sul uma oficina artística criada há 100 mil anos por humanos primitivos. O lugar serviu para fabricar e armazenar ocre, o primeiro pigmento para pintura da história.
O uso do ocre, uma tinta feita essencialmente de terra tingida, já havia sido datado em 60 mil anos. O estudo publicado na última edição da Science, no entanto, mostra que os humanos primitivos não só utilizavam o ocre há muito mais tempo como também estabeleceram um método para sua produção e armazenamento.
Os pesquisadores, coordenados por Christopher Henshilwood, do Instituto da Evolução Humana na Universidade de Witwatersrand, em Johannesburgo, na África do Sul, descobriram a oficina artística pré-histórica em 2008, na Caverna Blombos, na Cidade do Cabo.
No armazém primitivo encontraram ferramentas para martelar, pedras afiadas para fazer pó de ocre e duas conchas de caracol marinho que foram utilizadas para guardar uma mistura vermelha rica em ocre e que foi misturada com medula de animais e carvão.

Encontrado na Antártida fóssil de baleia que viveu há 49 milhões de anos

 

 

DA EFE

A Direção Nacional da Antártida, órgão argentino, anunciou nesta terça-feira (12) a descoberta do fóssil de uma baleia que viveu há 49 milhões de anos, o mais antigo do mundo até o momento.

Trata-se de "uma mandíbula reconstruída, de cerca de 60 centímetros, que permite saber que a origem da linhagem desta baleia é mais antiga do que se pensava", assegurou a paleontóloga argentina Claudia Tambussi.

A descoberta do "Arqueoceto Antártico", um parente distante das baleias, foi feita no nordeste da Península Antártica, perto do Mar de Weddell, por Claudia Tambussi, seu compatriota Marcelo Reguero e os suecos Thomas Mörs e Jonas Hagström, estes dois últimos do Museu de História Natural de Estocolmo.

Efe

Mandibula do "Arqueoceto Antártico", encontrada por arqueólogos na Antártida

Mandíbula do "Arqueoceto Antártico", encontrada por arqueólogos na Antártida

Este "Arqueoceto Antártico" pertence ao grupo Basilosauridae, do que se originaram todos os cetáceos atuais.

As "baleias semiaquáticas" –as Protocetidae, com quatro patas desenvolvidas– viveram na região entre a Índia e o Paquistão há 53 milhões de anos, enquanto o "Arqueoceto Antártico" tem 49 milhões de anos e é totalmente aquático.

Os fósseis foram apresentados nesta terça-feira pela Direção Nacional da Antártida durante a Tecnópolis, uma enorme mostra na periferia de Buenos Aires, na qual foram recriadas as maiores conquistas científicas e tecnológicas do país com maquetes em tamanho real e imponentes cenários futuristas.

Claudia Tambussi, que assim como Reguero trabalha no Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), comentou que este fóssil de baleia é o primeiro localizado na Antártida Argentina.

A Direção Nacional da Antártida também informou que outro grupo de paleontólogos encontrou na ilha James Ross restos de um dinossauro sauropodomorfo, um ankylosauros, répteis marítimos (plesiossauros) e peixes ósseos.

Também foram coletados amostras de dentes de tubarões e um esqueleto quase completo de um pinguim gigante (entre 1,50 metro e 1,60 metro de altura), com aproximadamente 34 milhões de anos.