Categorias
Artigos Vídeos

Estátuas maias de 1,3 mil anos são encontradas no México

 

Atualizado em  7 de julho, 2011 – 16:54 (Brasília) 19:54 GMT

Arqueólogos no México descobriram estátuas de 1,3 mil anos que aparentemente representam guerreiros maias da cidade de Copán.

As esculturas foram encontradas no sítio arqueológico da cidade maia de Toniná (sul do México) – que, na época, estaria em guerra com Copán, que fica no atual território de Honduras.

Estátua maia

A estátua mostra um guerreiro seminu e em posição preparatória para a pena capital

Veja o vídeo: http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2010/05/100506_mascara_sol_video_ir.shtmls

As estátuas aparentemente reproduzem guerreiro capturados, com as mãos atadas às costas, em posição de humilhação, pouco antes de serem decapitados.

Os longos cabelos seriam usados para segurar-lhes a cabeça durante a execução.

Arqueólogos acreditam que os homens reproduzidos nas esculturas foram enviados de Copán para Tonina numa missão, mas acabaram presos e provavelmente mortos.

Grécia e Egito reivindicam patrimônios históricos de museus

07/07/2011 – 08h01

 

MARINA LANG
DE SÃO PAULO

As disputas são diversas, mas todas têm o mesmo motivo: um país ou um governo que reivindica uma obra de arte, uma relíquia ou um artefato historicamente importante junto a um museu ou instituição cultural de outro país –e que dali foi retirado em contextos que podem ser bastante diferentes.

Há o polêmico pedido de devolução feito pela Grécia, que insiste em repatriar os mármores de Elgin. Comprados pelo então embaixador britânico, estão em Londres há mais de séculos.

Ian Waldie/Reuters

Estátuas do Partenon, que lorde levou de Atenas em 1806

Estátuas do Partenon, que lorde levou de Atenas em 1806

E há também as reivindicações do Egito, cuja solicitação de devolução de relíquias históricas que estão expostas em museus do mundo inclui pelo menos cinco objetos: a pedra de Roseta (também exposta no museu Britânico); o busto de Nefertiti (atualmente no museu Egípcio de Berlim); a estátua de Hemiunu, o arquiteto da Grande Pirâmide (hoje no acervo do museu alemão Roemer-Pelizaeus); o zodíaco Dendara, que pertence ao museu do Louvre, em Paris; e, também, o busto de Kephren, que pode ser admirado no museu de Belas Artes de Boston.

CASO PERUANO

No Peru, a devolução quase voluntária das ruínas por parte da universidade Yale encerram importância mais arqueológica do que propriamente artística.

Hiram Bingham, que teria inspirado o personagem Indiana Jones, levou, há cem anos, 40 mil peças (entre fragmentos de artefatos incaico e ossadas) aos EUA.

Essas peças estão sendo repatriadas e a previsão de entrega deve ter fim até 2012.

O primeiro lote foi enviado no começo deste ano: 400 peças arqueológicas de Machu Picchu receberam uma acolhida excepcional no Peru.

A devolução teve recepção pomposa, com direito a comitiva presidencial peruana, segurança máxima e cobertura televisiva ao vivo. "O Peru recuperou patrimônio, o Peru avança", diziam as inscrições nos caminhões que levavam as peças.

Luz do sol revela desenhos ocultos em Machu Picchu

06/07/2011 – 17h03

DA EFE

Os construtores de Machu Picchu, no sudeste do Peru, deixaram ocultos desenhos de condores, alpacas e lhamas em sua estrutura que só podem ser vistos sob os raios do sol e em determinadas épocas do ano.

Há mais de 600 anos, os artífices da cidadela "foram guiados pelos astros, pelas montanhas e pelos rios" para escolher o local exato da construção do Machu Picchu, pois se tratava de um lugar "estratégico" para os incas, relata à agência de notícias Efe o pesquisador Zadir Milla.

De acordo com os vestígios encontrados em Machu Picchu, um dos principais usos do local era para o "culto à terra" porque, em seus mil metros de plataformas de estação, os incas desenvolveram um centro de pesquisa para o melhoramento de sementes e cultivos, afirma Milla.

Em segundo lugar, acrescentou o especialista, o santuário arqueológico era "um centro de peregrinação" onde se mostrava o Cosmos a uma elite, além de "um observatório astronômico".

"A cultura andina é cosmocêntrica, onde tudo faz parte de uma harmonia integrada e os seres constituem uma família", disse Milla, autor da pesquisa "O Código Secreto de Machu Picchu".

Enrique Castro-Mendivil/Reuters-24.mar.2008

Machu Picchu completará cem anos; desenhos ocultos podem ser vistos em determinados períodos do ano

Machu Picchu completará cem anos; desenhos ocultos podem ser vistos em determinados períodos do ano

CONHECIMENTO DO UNIVERSO

O Machu Picchu foi uma escola para que seus governantes se preparassem para o conhecimento do Universo e a única forma de fazê-lo era vê-lo em movimento, entre as montanhas, nas diversas estações do ano e sob os astros.

"Nossos antepassados foram tão fora de série que criaram um espaço cuja imagem vai mudando no transcurso do ano", destacou.

Quando alguém vê a cidadela arqueológica do alto, pode observar que a montanha de Machu Picchu tem a forma de um condor com as asas abertas, ave que representa o Sol, o deus criador da vida e da fecundação.

Além disso, a parte alta do Huayna Picchu, outra montanha que rodeia o lugar, tem o formato de uma lhama olhando para o céu, que representa a terra.

"Há um lugar dentro da cidadela que chamam de prisões (porque parecem três celas de pedra), que se encontra sobre uma escultura de um condor levantando voo, e aos pés deste condor há uma mesa cerimonial de pedra que também reflete a mesma ave na altura do templo de Huiracocha", revela.

Estas imagens podem ser vistas sob a luz do sol ao meio-dia de 21 de junho, mas o templo de Huiracocha conta também com uma serpente, esculpida em pedra, que só pode ser vista claramente sob o sol a partir de 30 de outubro.

EQUINÓCIO

Mila relatou que há outro ambiente conhecido como olhos que choram ou como sala dos espelhos astronômicos, onde, através de uma janela, reflete-se a luz do equinócio nas datas de 23 de março, 21 de junho e 21 de setembro.

Segundo o pesquisador, cada região do Machu Picchu, formada por diferentes templos, era visitada em distintas épocas do ano e, por isso, revela imagens diversas em momentos diferentes.

"São espaços de interatividade para as pessoas", destacou.

O templo do sol, por exemplo, tem uma mesa cerimonial ao centro, que a cada 21 de junho recebe a luz solar por uma janela que cai sobre a cabeça de uma escultura de condor.

Milla alerta, no entanto, que a cidadela de Machu Picchu, que em 7 de julho terá atos de comemoração pelo centenário de seu "descobrimento" pelo explorador americano Hiram Bingham, perdeu desde 1976 uma de suas esculturas mais representativas que marcava o cruzamento de dois eixos muito importantes.

Segundo ele, a enorme peça foi removida da esplanada da cidadela para que o rei da Espanha Juan Carlos 1º aterrissasse em um helicóptero para visitar o Machu Picchu, mas nunca foi recolocada no lugar.