Tutancâmon foi sepultado às pressas, de acordo com estudo

 

Manchas encontrados na tumba sugerem ambiente propício para o crescimento de micróbios

09 de junho de 2011 | 11h 48

estadão.com.br

SÃO PAULO – O mistério sobre a morte do jovem rei Tutancâmon ainda está por ser revelado, mas estudos da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard(SEAS) mostraram que o sepultamento foi feito às pressas.

Divulgação

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Tumba de Tutancâmon foi aberta pela primeira vez em 1922

A pesquisa foi concentrada em manchas marrons encontradas na tumba do faraó, que morreu antes dos 30 anos de causa desconhecida. Comparando o registro em foto da época em que a tumba foi aberta pela primeira vez, em 1922, com a atual situação do local, cientistas perceberam que não houve alteração nestas marcas, o que indica que ela faz parte da história e não é uma interferência recente da visita de milhares de turistas, por exemplo.

Por isso, o microbiologista de Harvard Ralph Mitchell acredita que estas manchas têm uma história para contar. Ele acredita que as manchas são o resultado de um sepultamento rápido, realizado quando as paredes da tumba ainda estavam com a tinta fresca. Durante a investigação, a equipe do pesquisador cultivou espécimes vivas coletadas das paredes da tumba e conduziram análises da sequência de DNA.

Enquanto isso, químicos do Instituto de Conservação Getty analisaram as marcas infiltradas na pintura e no gesso a níveis moleculares. O que eles conseguiram encontrar até o momento foi apenas melanina, um subproduto do metabolismo de fungos e de algumas bactérias, mas nenhum organismo vivo.

"Nossos resultados indicam que os micróbios que causaram a mancha estão mortos", disse Archana Vasnathakumar, que trabalha com Mitchell. "Ou, para dizermos de uma forma mais conservadora, eles não estão ativos"

Ou seja, o estudo destas manchas pode lançar luz sobre a morte do rei. A umidade, a comida, a múmia em si e o incenso encontrado no local criaram um ambiente propício para o crescimento microbiano antes mesmo da tinta na tumba estar seca.

Embora o estudo não tenha conseguido resolver o mistério sobre a morte de Tutancâmon, as manchas devem continuar na tumba, sem que as autoridades de conservação queiram interferir nelas. "Elas fazem parte de toda a mística da tumba", conclui Mitchell.



Tópicos: Tutancâmon, Tumba, Vida, Ciência

Paleontólogos descobrem menor e mais jovem tiranossauro

DO “NEW YORK TIMES”

Pesquisadores que trabalhavam no deserto de Gobi, na Mongólia, descobriram o esqueleto quase completo de um dinossauro da ordem dos tiranossauros que tinha menos de três anos quando morreu. Ele é o menor e mais jovem da espécie a ser localizado. O animal, chamado Tarbosaurus bataar, é o parente mais próximo do Tyrannosaurus rex.

Em vida, ele deve ter pesado menos de 32 quilos, frente às seis toneladas de um T. bataar adulto, segundo estudo publicado em “The Journal of Vertebrate Palentology”.

Os pesquisadores conseguiram determinar a idade pelo exame microscópico de um dos ossos da perna, que revelaram pausas periódicas no crescimento –como os anéis num tronco de árvore.

Museu de Ciências Naturais Hayashibaras via The New York Times

Tiranossauro _Tarbosaurus bataar_, parente próximo do _Tyrannosaurus rex_, devia ter menos de 32 kg em vida

Tiranossauro Tarbosaurus bataar, parente próximo do Tyrannosaurus rex, devia ter menos de 32 kg em vida

Dinossauros adultos da ordem dos tiranossauros possuem ossos do crânio extremamente fortes, especialmente os da mandíbula, capazes de aplicar forças muito intensas de torção e flexão.

Nos mais jovens, porém, os ossos do crânio são mais delicados, os dentes, mais finos, e a mandíbula, muito mais fraca. Isso sugere que o T. bataar jovem tinha mais chances de capturar sua presa usando a surpresa e a velocidade, em vez da força devastadora usada por seus pais.

Em outras palavras, o T. bataar alterava sua dieta conforme crescia, diferente de outros dinossauros predatórios.

“Esta é uma das imagens mais claras que temos desses dinossauros”, afirmou o professor de paleontologia da Universidade de Ohio e principal autor do estudo, Lawrence M. Witmer. “Ela nos dá a melhor visão das mudanças de estilos de vida desses animais enquanto eles cresciam.” Com informações obtidas junto ao site Gospel Prime.

Arqueólogos encontram estátua de faraó avô de Tutancâmon

DA EFE

Escavações em um templo funerário do faraó Amenhotep 3º (1352-1390 a.C.) –pai de Aquenaton e avô de Tutancâmon– levaram à descobera de uma gigantesca estátua do monarca na margem ocidental em Luxor, no sul do Egito.

A peça, anunciada nesta terça-feira pelo Ministério de Estado para as Antiguidades, representa o rei sentado e vestido com coroa e barba.

Efe

Cabeça da estátua do faraó estava separada do corpo e foi encontrada em um templo destruído por terremoto

Cabeça da estátua do faraó estava separada do corpo e foi encontrada em um templo destruído por terremoto

Os arqueólogos encontraram o corpo do faraó separado de sua cabeça em um dos corredores do templo, destruído por um terremoto no período romano.

Na mesma região foram descobertas 160 peças que compõem um quadro compacto de nove metros de altura.

Nele, há 25 linhas de um texto escrito em hieróglifo e nomes de templos construídos pelo faraó Amenhotep 3º.