Arqueólogos encontram altar onde ‘Mona Lisa’ pode ter sido enterrada

 

por EFE

AFPAFP

Arqueólogos italianos encontraram no convento de Santa Úrsula, situado na cidade de Florença, um altar que possivelmente pode abrigar os restos mortais de Lisa Gherardini, a famosa "Mona Lisa".

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Durante as escavações arqueológicas realizadas na última semana na igreja do convento de Santa Úrsula – onde a mulher imortalizada por Leonardo da Vinci vivia no final de sua vida -, os pesquisadores encontraram um altar que pode estar ligado à célebre modelo, informaram nesta quinta-feira fontes da província de Florença.

Durante as escavações na igreja, um novo esqueleto também foi encontrado, mas, até o momento, não há confirmação se trata-se de uma mulher ou de um homem. A ossada estava em uma sepultura em terra, algo comum entre as freiras franciscanas que habitavam o convento, mas não entre os nobres, que tinham sepulcros mais luxuosos.

Enquanto esse esqueleto é estudado com exatidão, as escavações continuam intensas, já que os arqueólogos reconhecem a dificuldade de encontrar os restos mortais de "Mona Lisa" em um templo onde há sepulturas desde o século XIV até o XVI.

Para a arqueóloga Valeria D’Aquino, que faz parte da equipe que revelou o descobrimento do altar – datado entre finais do século XV e o século XVI -, "seguramente este altar era usado nos tempos de Lisa Gherardini", que morreu no dia 15 de julho de 1542 nesta mesma cidade toscana.

Segundo o presidente do Comitê de Valorização de Bens Históricos, Silvano Vicente, a "Mona Lisa" e a nobre María do Riccio são as únicas mulheres alheias ao convento que foram enterradas ali nessa época e, por isso, os arqueólogos devem estudar atentamente os restos mortais encontrados no lugar.

As escavações em busca dos restos mortais de "Mona Lisa" fazem parte das obras de restauração do antigo convento, que, em breve, deverá ser reaberto por incumbência da Superintendência para os Bens Arqueológicos da Toscana.

Arqueólogos descobrem relógio solar pré-hispânico da cultura Wari no Peru

 

DA FRANCE PRESSE

Arqueólogos peruanos descobriram um relógio solar, uma galeria subterrânea e uma sala de audiência no complexo arqueológico da cultura Wari (600 a 1.100 anos d.C.), localizado na região andina de Ayacucho, informou o jornal "El Comercio" neste domingo.

"No centro do complexo foi encontrado um pedestal circular com uma pedra tubular por meio do qual era medida a passagem do tempo, que seria um dos antecedentes do chamado Intihuatana, ou relógio solar dos incas", disse o arqueólogo José Ochatoma, que lidera os trabalhos.

Nas paredes do recinto foram descobertos 18 nichos pintados de branco. "A teoria é que nesses lugares fossem colocadas as múmias de seus antepassados, com as quais eram feitas consultas antes de decisões importantes. Eram como o oráculo", disse Ochatoma.

O arqueólogo disse que as descobertas foram realizadas há alguns meses, mas que foram reveladas recentemente.

Ele explicou que o recinto tem a forma da letra "D" e é rodeado de plataformas nas quais foram encontrados arcos e lanças.

O complexo arqueológico de Wari foi descoberto em 1931 e em 1942 foram realizadas as primeiras escavações, que foram suspensas depois por falta de orçamento.

Atualmente, a região é intensamente pesquisada por um grupo de arqueólogos da Universidade Nacional San Cristóbal de Huamanga, em busca de maiores informações da cultura Wari, uma das mais significativas da região andina, segundo disse Ochatoma.

Wikimedia Commons

Ruínas de túmulo no complexo arqueológico da cultura Wari, em Ayacucho, no Peru

Ruínas de túmulo no complexo arqueológico da cultura Wari, em Ayacucho, no Peru

Descoberta escadaria maia com mensagem sobre 2012

Arqueologia

veja.com

Hieróglifos fazem menção ao “último dia”, 21 de dezembro de 2012. Segundo arqueólogos, mensagem tem caráter político, não profético

Hieróglifos maias

Descoberta: Detalhe de um dos hieróglifos encontrados no sítio arqueológico La Corona, com referências a 2012 (Tulane University/Divulgação)

Uma escadaria com mensagens hieroglíficas de mais de 1.300 anos da civilização maia, com menção ao “último dia”, 21 de dezembro de 2012, foi encontrada no sítio arqueológico de La Corona, na Guatemala.

O texto, escrito em 56 hieróglifos nos degraus de uma escadaria, é considerado a descoberta mais importante das últimas décadas de pesquisas sobre a civilização pré-colombiana. Em maio, arqueólogos já haviam anunciado a descoberta do mais antigo calendário maia, encontrado no mesmo local.

"A mensagem tem caráter mais político do que profético", afirma Marcello Canuto, diretor do Instituto de Pesquisas da América Central da Universidade de Tulane, nos Estados Unidos, e codiretor do Projeto Arqueológico La Corona. De acordo com ele, os maias usaram o calendário para promover a continuidade e a estabilidade dos reinados, mais do que prever o apocalipse. Descrevendo ciclos de poder, estabeleceram que ele fosse se encerrar em 21 de dezembro de 2012.

Ciclo de poder — David Stuart, da Universidade do Texas, que esteve na primeira expedição a La Corona em 1997, identificou a referência a 2012 em um bloco de uma escadaria descoberto recentemente.

A mensagem comemorava a visita a La Corona do rei maia mais poderoso da época, em 696 antes de Cristo. Yuknoom Yich’aak K’ahk’, de Calakmul, esteve na cidade alguns meses depois de ser derrotado em uma batalha pelo seu maior rival, Tikail, no ano 695. Ele visitava aliados para recuperar o apoio e evitar sua queda. Segundo Stuart, a mensagem sobre 2012 tentava retomar a ordem estabelecendo um grande ciclo de poder.

Tulane University/Divulgação

Hieroglifos maias

Pesquisadores trabalham no sítio arqueológico de La Corona

Saqueadores — Desde 2008, Canuto e Tomás Barrientos, da Universidade da Guatemala, comandam as escavações no sítio La Corona, que já foi alvo de saqueadores no passado.

Segundo Barrientos, foram justamente as pedras saqueadas da escadaria que ajudaram pesquisadores a encontrar os hieróglifos. Algumas dessas peças foram abandonadas pelos saqueadores porque estavam muito danificadas. Ao serem encontradas no ano passado, despertaram a atenção dos pesquisadores.