Estátua do faraó Amenhotep III é descoberta no Egito

 

Obra do século 14 foi descoberta na cidade de Luxor por uma equipe de arqueólogos egípcios

01 de dezembro de 2011 | 16h 58

  • efe

Uma estátua monumental do faraó Amenhotep III (1390-1352 a.C.) foi descoberta nesta quinta-feira, 1, por uma equipe de arqueólogos egípcios na cidade de Luxor, a 670 quilômetros ao sul do Cairo, segundo as autoridades egípcias.
O Conselho Supremo de Antiguidades do Egito (CSA) informou em comunicado que a peça é "gigante" e que foi encontrada durante escavações em Qena, onde está o templo de Amenhotep III.
A estátua, esculpida em quartzito com frisos de diversas cores, tem 13,5 metros de altura e pesa 100 toneladas.
O monumento, que foi encontrado em posição vertical, é composto de vários fragmentos grandes, entre eles a cabeça, que mede 2,5 metros e pesa três toneladas.
A descoberta ocorreu após sete meses de escavações feitas por uma delegação do CSA na área norte do templo de Amenhotep III, situado na margem oeste do rio Nilo.
Segundo a nota, a estátua desse faraó é a segunda encontrada nos últimos dois meses nessa região do templo.
Os arqueólogos acreditam que um terremoto derrubou o templo no ano 27 a.C., causando também a destruição das duas estátuas, que ficaram soterradas.
Amenhotep III, um dos faraós mais célebres da dinastia XVIII, foi pai de Akhenaton e avô de Tutancâmon, e mandou construir diversas estátuas da deusa da cura Sekhmet ao adoecer, nos últimos dias de sua vida.

Arqueólogos descobrem túmulos de eunucos imperiais

 

DA EFE

Uma equipe de arqueólogos descobriu em Pequim túmulos de dez eunucos que viveram na época da corte imperial chinesa durante a dinastia Ming (1368-1644), informou nesta quarta-feira o jornal "Global Times".

As covas foram descobertas graças às obras para a construção de um prédio de laboratórios. Em agosto, surgiram os primeiros indícios dos restos arqueológicos e os trabalhos foram interrompidos.

As datas exatas dos túmulos e a identidade concreta dos eunucos ainda não foram descobertas pelos cientistas.

Essa informação só sera esclarecida após estudos minuciosos sobre os costumes funerários da época.

Em 2000 e 2003, neste mesmo lugar, onde se localizava o conhecido Templo de Wanshou, foram encontrados túmulos de outros eunucos.

Eles formavam um grupo social que em muitos períodos da história da China tiveram um grande poder.

Na época do Império, uma multidão de jovens viajava para Pequim vindos de todas as partes da China para se transformarem em eunucos.

As famílias economizavam durante anos para pagar os castradores da capital.

Em 1996, morreu o último eunuco, Sun Yaoting, que em 1911, após a queda do imperador, foi obrigado a abandonar a Cidade Proibida, onde morava com centenas de seu grupo.

Dino achado no RS é um dos mais primitivos do mundo

 

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE "CIÊNCIA" E SAÚDE"

Os sucessores do bicho viraram os maiores vertebrados terrestres de todos os tempos, gigantes pescoçudos e comedores de plantas. Ele, porém, não era nada disso: velocista esbelto, media pouco mais de 1 m do focinho à ponta da cauda e devorava insetos.

A criatura em questão é o Pampadromaeus barberenai, um dos dinossauros mais primitivos do mundo, com 230 milhões de anos. Como o nome sugere, o animal corria pelo interior do Rio Grande do Sul no período Triássico.

Danilo Bandeira/Editoria de arte/Folhapress

A espécie foi apresentada com pompa ao público na quinta-feira, em cerimônia comandada por alguns de seus descobridores na Universidade Luterana do Brasil, em Canoas, na Grande Porto Alegre.

O achado premia a persistência de Sergio Cabreira, paleontólogo da Ulbra e um dos principais caçadores de fósseis da região Sul.

Achado no município de Agudo, o esqueleto estava desarticulado (ou seja, com os ossos já espalhados) e incompleto, mas suficientemente preservado para trazer muitas informações a respeito do bicho.

Outro membro da equipe, Max Langer, especialista em dinos primitivos da USP de Ribeirão Preto, explica que o P. barberenai é um estranho no ninho quando comparado aos dinossauros com quem tem parentesco mais próximo, os saurópodes.

Esses bichos, como já foi dito, eram herbívoros por excelência. Mas o "novo" dino gaúcho tem detalhes do maxilar e dos dentes que lembram os de carnívoros. "Esquisito", diz Langer.

"Eu não consigo imaginar que tipo de vegetal ele comeria, porque os dentes são muito delicados. A dieta dele estaria mais para insetos e pequenos vertebrados", afirma.

Já a canela comprida sugere hábitos de corredor –nada mais inesperado perto dos sucessores pesadões do animal, diz o paleontólogo.

Na descrição formal da espécie, publicada na revista alemã "Naturwissenschaften", os paleontólogos traçaram árvores genealógicas dos dinos primitivos. Nelas, oPampadromaeus parece se encaixar muito perto da origem dos saurópodes.

O curioso é que tanto ele quanto os ancestrais dos dinos carnívoros eram muito parecidos nessa fase da história do grupo. O que, para Langer, faz certo sentido.

"É como se essas linhagens estivessem experimentando com vários tipos de anatomia, que acabaram se fixando, mais tarde, em grupos mais especializados de dinossauros", diz o pesquisador.