Decifrada a única inscrição em árabe das Cruzadas

 

Placa data do século XIII e leva o nome do imperador Frederico II, líder da Sexta Cruzada

14 de novembro de 2011 | 19h 13

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Placa em mármore cinza foi encontrada em domicílio privado em Tel Aviv - Efe

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Placa em mármore cinza foi encontrada em domicílio privado em Tel Aviv

Jerusalém – Uma inédita inscrição em língua árabe das Cruzadas, descoberta num domicílio privado em Tel Aviv há alguns anos, foi finalmente decifrada, informou nesta segunda-feira a Autoridade de Antiguidades de Israel.
A placa, de mármore cinza, data do século XIII e leva o nome do imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Frederico II, líder da Sexta Cruzada (1228-1229) e que se auto-intitulou rei de Jerusalém no Santo Sepulcro, igreja onde nasceu Jesus Cristo.
Os monarcas que se lançaram em conquista da Terra Santa usavam o francês como língua de comunicação e o latim como registro culto e para as inscrições.
O latim, portanto, geralmente era a língua usada nas placas das fortalezas e templos construídos pelos reis no período entre sua chegada nas muralhas de Jerusalém, em 1099, até o fim das Cruzadas, em 1271.
Frederico II (1194-1250), no entanto, foi um monarca diferente, que tomou parte da Terra Santa sem derramamento de sangue, falava árabe com fluência e encheu sua corte de muçulmanos, explicou à Efe um dos responsáveis pela descoberta, Moshé Sharon.
Antes de receber as chaves de Jerusalém das mãos do sultão egípcio al-Kamil após a assinatura de um breve armistício assinado em 1229, o imperador mandou fortificar o castelo de Yafa, localidade litorânea que se localiza atualmente na mais importante via marítima de acesso à Tel Aviv.
Frederico II mandou colocar nos muros do castelo duas inscrições com o mesmo texto: uma em latim e outra em árabe, em sintonia com sua proximidade dessa cultura, explicou Sharon, que é especialista em epigrafia árabe e historiador do islã na Universidade Hebraica de Jerusalém.
Um dos trechos dá a data exata da inscrição, "1229 da encarnação de nosso senhor Jesus, o Messias", e enumera os títulos do imperador, que foi excomungado pelo papa Gregório IX.
Já a placa em latim, que já no século XIX tinha sido atribuída ao imperador, encontra-se na Sicília, no palácio onde viveu Frederico. Não se sabia, porém, da existência da inscrição em árabe, peça que tinha sido achada há alguns anos numa casa em Tel Aviv.
Só na semana passada, no entanto, os especialistas conseguiram decifrar seu significado completamente. O árabe mudou muito pouco daquela época até hoje, mas a legibilidade da placa estava muito comprometida.

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Arqueólogos acham osso humano de 24 mil anos no Japão

 

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DA EFE

Uma equipe de cientistas japoneses anunciou nesta quinta-feira a descoberta de um osso humano de cerca de 24 mil anos de antiguidade em uma caverna da ilha de Ishigaki, na província de Okinawa (sudoeste do Japão).

O fragmento está entre os mais antigos encontrados até agora no Japão.

Anteriormente, uma peça com 32 mil anos foi localizada em uma caverna de Naha, também em Okinawa, informou a agência de notícias Kyodo.

Coordenados pelo antropólogo da Universidade de Tóquio Minoru Yoneda, os pesquisadores fizeram o teste do carbono 14 para identificar a idade do osso encontrado em março.

Parte de uma expedição iniciada em 2010 pelo Centro Arqueológico de Okinawa, a descoberta pode ajudar os especialistas a entender mais sobre os antepassados do povo japonês, detalhou Yoneda.

Em fevereiro de 2010, os arqueólogos encontraram três fragmentos de ossos humanos nas ruínas em cavernas próximas ao aeroporto de Ishigaki, com cerca de 15 mil a 20 mil anos de idade.

Arqueólogos descobrem moedas de bronze de Roma antiga na França

 

Relíquias datam de 300 d.C., acreditam os pesquisadores.
Material estava enterrado em vasos.

Da France Presse

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Arqueólogos franceses anunciaram nesta segunda-feira (7) a descoberta de milhares de moedas romanas no campo de L’Isle-Jourdain, perto de Toulouse, no sudoeste da França.

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Os pesquisadores acreditam que as moedas de bronze provavelmente foram cunhadas entre os anos 290 e 310 de nossa era em Roma, Londres, Lyon (atual França), Cartago (atual Tunísia) ou Trier (atual Alemanha). Estavam enterradas em três vasos.

No final de semana, foram desenterradas e guardadas, disse o responsável regional por descobertas arqueológicas, Michel Vaginay.

Moedas romanas encontradas perto de Toulouse, na França (Foto: AFP Photo/Direction Régional des Affaires Culturelles)Moedas romanas encontradas perto de Toulouse, na França (Foto: AFP Photo/Direction Régional des Affaires Culturelles)

"É um achado importante, na medida em que não é frequente falar de objetos do tipo desse período", disse à AFP.

Dois pesquisadores encontraram há dois anos 250 peças num campo arado já mencionado antes, pelo serviços de arqueologia, que entrou logo em contato com o proprietário do terreno. Este pediu que as escavações fossem organizadas só depois da colheita de milho", informou Vaginay.

Assim, durante meses, os arqueólogos torceram para que não houvesse nenhum vazamento da notícia.