Por Amanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post
Em um debate acalorado na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, na última quinta-feira, o ateuRichard Dawkins perdeu para o ex-arcebisto de Canterbury, Dr. Rowan Williams. A conclusão do debatefoi de que a religião tem lugar no século 21.
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(Foto: REUTERS/Altaf Hussain)
Ateu e ator britânico, Richard Dawkins, fala no Festival anual de Literatura em Jaipur, capital de Rajasthan, em 24 de janeiro de 2012.
A proposta do debate “A religião não tem lugar no século 21” foi derrubada com votos de 138 a favor, 324 contra e 85 abstenções. Cerca de 800 estudantes lotaram o clube da universidade para acompanhar a discussão.
“A religião sempre foi uma questão da construção da comunidade, uma questão da construção de relações de compaixão, sentimento de companheirismo e, ouso dizer, a inclusão”, disse Williams, que recentemente deixou o cargo de líder da Comunhão Anglicana.
Segundo Williams, a noção de que o compromisso com a religião pode ser puramente uma questão privada é algo que “vai na contramão da história religiosa”.
Por outro lado, o professor Dawkins tentou convencer a plateia de que a religião é uma “traição do intelecto”. “Uma traição de tudo que é o melhor do que nos torna humanos”.
“É um falso substituto de uma explicação, que parece responder uma questão até que você a examine e perceba que não é aquilo.”
Já o ex-arcebispo de Canterbury argumentou que o respeito por toda a vida humana e igualdade é inerente em toda a religião organizada.
“O verdadeiro conceito de direitos humanos tem profundas raízes religiosas,” afirmou o líder religioso.
“A convenção de direitos humanos não seria o que é, não fosse pela história do debate religioso filosófico”.
Participaram também do debate o professor Tariq Ramadan, Andrew Copson, executivo-chefe da Associação Humanista Britânica, e Douglas Murray, fundador do Centro para a Coesão Social.