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Silas Malafaia no programa Na Moral: ‘Lógico que eu vou defender o meu ponto de vista’

Ele vai discutir o Estado Laico junto com outras lideranças religiosas nesta quinta-feira (1º)

PorMaria Carolina Caiafa | Correspondente do The Christian Post

chamada do programa global, Na Moral, que começou a rodar na mídia a partir da terça-feira (30), está destacando a participação do pastor evangélico Silas Malafaia. Ele aparece no título, no subtítulo, no texto e no vídeo de divulgação, que apresenta parte dos bastidores da atração comandada por Pedro Bial.

  • Na Moral Silas Estado Laico
    (Foto: Divulgação/Na Moral)
    Bial promove debate sobre Estado Laico com líderes de diversas religiões.

O evangélico promete que a discussão será quente e esclarece “Uma das coisas mais importantes de um estado democrático de direito é o contraditório, é a discussão das ideias. E eu gosto muito desse negócio. Lógico que eu vou defender o meu ponto de vista: o estado é laico, mas não é laicista”. O pastor ainda complementou: “O estado é laico, mas o povo não é ateu. E você não pode tirar as crenças e os valores de uma pessoa no debate democrático”.

O encontro ainda terá a presença do babalorixá Ivanir dos Santos, do padre Jorjão e do presidente da maior associação de ateus do Brasil, Daniel Sotto-Mayor. Esse último defende “Vim aqui falar de laicidade, defender a separação entre religião e estado”, contrapondo assim, a posição de Silas.

“Momento como esse que cresce a intolerância no país, onde se tem se colocado contra a agenda de diversos segmentos, você ter uma conversa, um diálogo franco e aberto, isso contribui muito para a democracia brasileira”, acrescenta o babalorixá.

Nas primeiras semanas de julho, houve umapolêmica envolvendo a participação do pastor. Um boato surgiu com um texto publicado em um blog da revista Veja, deixando a entender que ele iria comparecer no dia 11 de julho, que discutiu o preço do corpo humano, para alavancar a audiência.

O esclarecimento veio por meio do Twitter de Malafaia, no sábado (13). Nessa ocasião, ele disse “Já estou nos estúdios da Globo para gravação do programa do Bial. Orem por mim para que eu seja boca de Deus”.

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Na manhã desta quarta-feira (31), o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo fala aos fiéis no microblog: “É amanhã que estarei no programa Na Moral com Pedro Bial. Não deixe de assistir”.

O programa é exibido, após a novela Saramandaia, por volta da meia-noite.

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‘Igreja ateísta’ é sucesso entre os não crentes em Londres

 

Para bispo evangélico, a prática corre o risco de se tornar uma religião

Por Sarah Curty | Correspondente do The Christian Post

A “igreja ateísta” chamada Assembleia de Domingo foi inaugurada em janeiro deste ano e é voltada para ateus que querem celebrar a vida, segundo o mestre de cerimônias e fundador da “igreja” Sanderson Jones, que também é comediante.

  • igreja ateísta

    (Foto: BBC Brasil)

    BBC Brasil mostra imagem de "igreja ateísta" no norte de Londres, na Inglaterra.

 

De acordo com uma das frequentadoras, participar da Assembleia "é uma boa desculpa para nos reunirmos e termos um pouco de espírito de comunidade, mas sem o aspecto religioso”. Outra frequentadora afirma que as pessoas têm necessidade do sentimento de conexão, pois o mundo está muito individualista e é importante que todos se sintam parte de alguma coisa

Todos os domingos, cerca de 300 pessoas se reúnem para a celebração para entoar músicas da banda Queen e de Stevie Wonder. Além disso, há leitura de livros, palestras, discussão de temas gerais e momentos sérios durante o encontro, como o que os participantes abaixam suas cabeças e contemplam o “milagre” da vida e como a jornada espiritual de cada integrante é importante, já que acreditam que nada virá após a morte.

Para o bispo evangélico Harrisson, que prega a palavra de Cristo há mais de 30 anos, existe o risco de que a congregação acabe se tornando uma religião em si, com seus próprios dogmas e sacerdotes. A igreja evangélica de São Paulo e São Judas, na qual Harrison é o líder, é vizinha à Assembleia de Domingo, mas o bispo não os vê como ameaça. “Eles têm que começar de algum lugar”, diz o bispo.

O fundador da Assembleia de Domingo insiste em dizer que não é sua intenção criar uma nova religião, mas até mesmo membros da “igreja” acreditam que isso será inevitável. "Vai se tornar uma religião organizada. É inevitável. Um sistema de crenças vai se estabelecer. Haverá uma estrutura, uma perspectiva ética sobre a vida. Existe o perigo de que ela se torne ‘da moda’ e se torne centrada em uma pessoa só. Você pode acabar se colocando como um pregador, esse é o perigo", afirma o arquiteto Robbie Harris, frequentador da Assembleia.

O número de pessoas que se declaram “sem religião” no País de Gales e na Inglaterra cresceu quase 50% em dez anos (de 7 milhões para 14,1 milhões), fazendo dos países uns dos mais seculares do ocidente.

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Ateu perde debate para ex-arcebispo anglicano na Universidade de Cambridge

 

Por Amanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post

Em um debate acalorado na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, na última quinta-feira, o ateuRichard Dawkins perdeu para o ex-arcebisto de Canterbury, Dr. Rowan Williams. A conclusão do debatefoi de que a religião tem lugar no século 21.

  • richard dawkins

    (Foto: REUTERS/Altaf Hussain)

    Ateu e ator britânico, Richard Dawkins, fala no Festival anual de Literatura em Jaipur, capital de Rajasthan, em 24 de janeiro de 2012.

 

A proposta do debate “A religião não tem lugar no século 21” foi derrubada com votos de 138 a favor, 324 contra e 85 abstenções. Cerca de 800 estudantes lotaram o clube da universidade para acompanhar a discussão.

“A religião sempre foi uma questão da construção da comunidade, uma questão da construção de relações de compaixão, sentimento de companheirismo e, ouso dizer, a inclusão”, disse Williams, que recentemente deixou o cargo de líder da Comunhão Anglicana.

Segundo Williams, a noção de que o compromisso com a religião pode ser puramente uma questão privada é algo que “vai na contramão da história religiosa”.

Por outro lado, o professor Dawkins tentou convencer a plateia de que a religião é uma “traição do intelecto”. “Uma traição de tudo que é o melhor do que nos torna humanos”.

“É um falso substituto de uma explicação, que parece responder uma questão até que você a examine e perceba que não é aquilo.”

Já o ex-arcebispo de Canterbury argumentou que o respeito por toda a vida humana e igualdade é inerente em toda a religião organizada.

“O verdadeiro conceito de direitos humanos tem profundas raízes religiosas,” afirmou o líder religioso.

“A convenção de direitos humanos não seria o que é, não fosse pela história do debate religioso filosófico”.

Participaram também do debate o professor Tariq Ramadan, Andrew Copson, executivo-chefe da Associação Humanista Britânica, e Douglas Murray, fundador do Centro para a Coesão Social.