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Eduardo Cunha cede a pressão e deverá iniciar processo de impeachment contra Dilma

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias – em 28 de outubro de 2015

Eduardo Cunha cede a pressão e deverá iniciar processo de impeachment contra Dilma

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), integrante da bancada evangélica, voltou a ser pressionado para dar andamento aos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), por conta dos crimes de responsabilidade fiscal apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Na última semana, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) cobrou de Cunha – investigado por suspeita de corrupção – uma “postura de servo de Deus” para enfrentar o desafio de julgar a chefe da nação: “Tenha coragem de entrar para a história, não como um vilão, como alguém que está barganhando, mas como alguém que vai libertar essa nação, para que essa nação volte a viver, a respirar, a ter fé”, disse, em discurso na tribuna do plenário.

Agora, os demais partidos da oposição a Dilma, incluindo o PSDB, estariam pressionando Cunha de maneira mais enfática: “A oposição fixou o dia 15 de novembro como data-limite para que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, abra o processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Se até a data isso não acontecer, os partidos que defendem a saída da presidente dizem que deixarão de dar apoio a Cunha e trabalharão, efetivamente, para tirá-lo da presidência da Câmara”, informou a jornalista Vera Magalhães, na coluna Radar Online, da Veja.

Como resposta a esse movimento, Cunha já teria dado “sinais para a oposição de que pode nos próximos quinze dias definir a questão do impeachment de Dilma”, segundo noticiou Lauro Jardim, do jornal O Globo. “De acordo com o que [Cunha] tem dito, dará mais duas semanas para o STF se posicionar” sobre seu recurso contra a liminar que derrubou o rito de trâmite estipulado por ele para o processo de impeachment.

“A chance de Eduardo Cunha cair hoje é igual a zero. Até porque ele tem o apoio do PSDB”, acrescentou Jardim.

Diante desse cenário de pressão, conforme informou o jornal Folha de S. Paulo, a Câmara já teria definido que emitirá parecer técnico favorável ao pedido de impeachment apresentado pela oposição, com análise dos juristas Hélio Bicudo (fundador do PT), Miguel Reale Jr. (ex-ministro da Justiça) e Janaína Paschoal.

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Eduardo Cunha anuncia que pedido de impeachment de Dilma será avaliado em 30 dias

Publicado por Tiago Chagas – gnoticias.com.br – em 17 de julho de 2015

Eduardo Cunha anuncia que pedido de impeachment de Dilma será avaliado em 30 diasO deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados e integrante da bancada evangélica, afirmou que vai receber “nos próximos 30 dias” um parecer jurídico sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Cunha, que foi mencionado em um depoimento do lobista Julio Camargo à Polícia Federal na Operação Lava-Jato, afirmou que o pedido de impeachment que será analisado agora foi feito pelo Movimento Brasil Livre, segundo informações do Correio Braziliense.

O parlamentar destacou que outros “três ou quatro” pedidos semelhantes de outras entidades já foram rejeitados após o parecer da equipe jurídica da Câmara, mas que agora há um novo componente à disposição, já que o Tribunal de Contas da União (TCU) deverá rejeitar o exercício fiscal do governo em 2014, por causa de “pedaladas”, nome dado às manobras fraudulentas das dívidas.

A afirmação de Cunha sobre o impeachment acontece num momento que o parlamentar confirmou que irá romper sua aliança pessoal com o governo, após ser acusado por Julio Camargo de receber propina de R$ 5 milhões do esquema na Petrobrás, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Até então, apesar da postura independente à frente da Câmara, Cunha seguia a orientação política de seu partido, que possui aliança de longa data com o PT.

A jornalista Rachel Sheherazade, comentarista da rádio Jovem Pan, afirmou nesta sexta-feira, 17 de julho, que “o que Camargo fala não se escreve”, pois ele já fez “afirmações em outros depoimentos, que posteriormente desmentiu”, e que sua repentina lembrança da propina a Cunha pode ser uma “cortina de fumaça” a favor do PT e do governo.

Sheherazade lembrou ainda que a afirmação de Camargo contra Cunha acontece no momento em que Lula se tornou alvo de uma investigação por tráfico de influência.

O cenário político agora coloca Cunha com liberdade para assumir sua posição de adversário de Dilma, uma vez que, conforme destacado por Sheherazade, o presidente da Câmara acredita que o depoimento de Camargo teria sido influenciado pelo PT, para que a pressão sobre Dilma fosse aliviada.

“Após a divulgação da delação de Camargo, Cunha encontrou-se com o vice-presidente da República, Michel Temer, comandante do PMDB, para tratar do assunto. O rompimento [com o governo] foi revelado pelo site da revista Época na noite de quinta. Cunha confirma a informação. O movimento já era esperado por aliados e opositores do presidente da Câmara. Um deputado do DEM avalia que o governo terá neste segundo semestre o seu pior momento, pois Dilma será o principal alvo de Cunha. Para o parlamentar, o peemedebista não mais evitará a abertura de processo de impeachment contra a petista. Para um peemedebista, Cunha teria mesmo que deixar de ser ‘camaleão’, ora governista, ora oposicionista, para assumir de fato seu papel de adversário da presidente Dilma Rousseff. Dentro do PMDB, Eduardo Cunha é a principal voz favorável ao rompimento com o PT”, informou o jornalista Daniel Carvalho, no site do Estadão.

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Atriz Marieta Severo defende aborto e critica presença de religiosos na política: “Assustador”

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias.com.br – em 20 de maio de 2015
Atriz Marieta Severo defende aborto e critica presença de religiosos na política: “Assustador”A atriz Marieta Severo afirmou que o conservadorismo é um retrocesso na sociedade brasileira, e que é inadmissível que pessoas orientadas por crenças religiosas tenham espaço na política.

Na entrevista concedida ao jornal O Globo, a atriz de 68 anos critica o fato de que até hoje o aborto não tenha sido aprovado no Brasil, e se refere à prática como um direito da mulher.

“Há espaços da mulher que foram conquistados e são sólidos. Mas há outros em que a gente não consegue ir adiante, como o aborto, que é um direito. E por quê? Por causa desse conservadorismo religioso com representação política. Não tenho nada contra religião. Sou a favor de todas, mas não exerço nenhuma. Só não quero uma religião legislando a minha vida”, afirmou Marieta Severo.

As declarações da atriz, embora legítimas, expõem algo que se faz presente na sociedade brasileira, em todos os setores: intolerância. A noção de conservadorismo ou progressismo é relativa, e o pensamento e a prática política são garantidos a todos os brasileiros pela Constituição. A defesa da vida e a reprovação da legalização do aborto são discursos tão legítimos quanto os que ela defende.

Sobre a redução da maioridade penal, a atriz se posicionou contra, voltando a destacar as liberdades individuais como prioridade sobre o coletivo: “Sou contra a redução da maioridade penal e contra muita coisa que está em evidência e que, para a minha geração, é chocante. Há um retrocesso que nunca imaginei. Eu sou da década de 1960, do feminismo, da liberdade sexual, das igualdades todas”, afirmou.

Para ela, é inimaginável que as pessoas passem a enxergar a vida e escolher como viver a partir da ótica da religião: “Quando você tem essas conquistas, a tendência é achar que elas estão conquistadas dali para a frente. Quando volta esse moralismo, e esse mundo religioso começa a ditar as regras, é muito assustador”

Em breve, a atriz voltará a fazer uma novela e estará no elenco de Verdades Secretas, da TV Globo. Nos últimos anos, ela dedicou-se à personagem Dona Nenê, do seriado “A Grande Família”, que foi ao ar nas últimas 14 temporadas.