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Reação da bancada evangelica: Camisinhas para crianças não.

Bancada evangélica reage depois que ministro da Educação recusa dar explicações sobre distribuição de camisinhas para crianças nas escolas

BRASÍLIA — O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o Dep. João Campos (PSDB-GO), e o Dep. Paulo Freire (PR-SP) protocolaram na manhã desta terça-feira, 17, uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro da Educação, Fernando Haddad. Eles pedem a apuração de prática de crime de responsabilidade por parte do ministro por não ter respondido a um requerimento sobre a distribuição de camisinhas para crianças de escolas da rede pública. O requerimento foi encaminhado inicialmente em 14 de setembro de 2010 e, pela Constituição brasileira, o ministro teria até 30 dias para se pronunciar.

O requerimento, que nunca obteve resposta do ministro, é de autoria dos dois parlamentares. Eles questionaram Haddad sobre a implantação de máquinas para a distribuição de camisinhas para crianças de escolas. Entre as perguntas estão dúvidas sobre a faixa etária dos alunos que terão acesso, se haverá consulta aos pais, e qual o objetivo do governo federal com esse tipo de distribuição.

Haddad está de saída do Ministério para disputar a Prefeitura de São Paulo pelo PT. Durante sua administração, ele teve conflitos de ordem ética com a bancada evangélica. O maior conflito envolveu a distribuição do chamado “kit gay”, que o Ministério da Saúde alegava tinha o objetivo de combater a “homofobia” nas escolas.

A elaboração do kit gay foi feita pela ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais), que recebeu uma verba governamental de um milhão e quinhentos mil reais, através de emenda parlamentar do Dep. Chico Alencar (PSOL-RJ).

Apesar do enorme investimento, a pressão da bancada evangélica fez a presidente Dilma Rousseff suspender a distribuição do “kit gay 1”, embora haja informações na imprensa de que que a versão 2 já está a caminho.

Com informações do Estadão.

Fonte: www.juliosevero.com

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Deputado gay questiona regalias da bancada evangélica

JEAN WILLYS SOLTA O VERBO

 

Depois de criticar emissão de passaporte diplomático a religiosos, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirma que combaterá a PEC que beneficia associações religiosas.

Primeiro parlamentar homossexual assumido do Brasil, eleito com a bandeira de defender os direitos do movimento LGBT, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) tem questionado constantemente o que acredita ser um favorecimento aos evangélicos.

Recentemente, ele ficou em segundo lugar no Prêmio Congresso em Foco 2011 , que reconhece os políticos mais atuantes. Ao receber o troféu, disse: “É um recado político direto de que a política precisa de renovação, ser honesta e trabalhar para estender a cidadania para o conjunto da população brasileira, não importando sua sexualidade e a sua religiosidade”, e completou: “Gay is beautiful” [Ser gay é bonito].

Esta semana, protestou ao saber da notícia que depois que o Itamaraty concedeu passaporte diplomático ao bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, decidiu fazer o mesmo com R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça, e alguns bispos da Igreja Católica.

Jean Wyllys reclamou publicamente: “A falta de ciência política ou o partidarismo cego embotam a honestidade. Pergunta ao Governo Dilma: cadê o passaporte diplomático de Mãe Stela de Oxóssi? E o do rabino Nilton Bonder?”.

Seu questionamento tem por base a premissa de igualdade de direitos para representantes de outros credos, uma vez que o passaporte diplomático deveria ser destinado apenas a funcionários do Itamaraty e representantes do governo em viagens ao exterior. Wyllys lembrou que Edir Macedo é réu em um processo que tramita na Justiça Federal em São Paulo sobre lavagem de dinheiro, e esse deveria ser mais um motivo para que não houvesse a concessão do privilégio.

Ontem, o deputado do PSOL criticou duramente o PEC [Projeto de Emenda Constitucional] 99/11, que dá às Associações Religiosas o poder de propor ações de inconstitucionalidade e ações declaratórias de constitucionalidade de leis ou atos normativos.

O argumento de Wyllys é que, se aprovado, os grupos que defendem a fé cristã poderão questionar leis favoráveis ao movimento LGBT: “Não bastasse à imunidade tributária concedida às associações religiosas cristãs, estas querem, com a PEC, interferir no Poder Judiciário. Caso essa PEC vigore, qualquer ato legislativo em favor de LGBTs, de adeptos da umbanda, espiritismo ou ateísmo será contestado”.

A PEC em questão surgiu quando João Campos (PSDB-GO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica questionou, sem sucesso, a decisão do STF sobre da união homoafetiva. A via utilizada foram os projetos de decretos legislativos (PDL), mas a Mesa da Câmara dos Deputados entendeu que a decisão do STF não era de competência do Legislativo, portanto não poderia ser revista por PDL.

A opção da bancada evangélica foi a criação de um Projeto de Emenda Constitucional. Se for aprovada, qualquer associação religiosa, ou várias delas podem propor uma ação no STF considerando, por exemplo, o casamento homoafetivo inconstitucional. Isso, no entendimento dos opositores, fere o princípio de que o Estado é laico e não poderia beneficiar este ou aquele grupo religioso. Seria, uma tentativa de influência da religião organizada sobre o Estado, o que por si só já é inconstitucional. Mesmo assim, 186 deputados assinaram a PEC, permitindo assim que ela pudesse tramitar na Câmara.

Além do deputado Jean Wyllis, vários grupos que afirmam defender as minorias (religiosas, sexuais, etc.) se manifestaram contrários, alegando que os membros da bancada evangélica “querem impor um único modelo de religião cristã, que é diversa também, aos que não compartilham de suas filosofias e ideologias. O Governo pouco tem feito para proteger as minorias. Nada o impede que não o faça no futuro, mas o que mostra é que, quando precisam atuar neste campo, precisam da bênção dos caciques políticos evangélicos para se protegerem da “maldição do eleitorado religioso”.

Data: 22/11/2011 08:39:48
Fonte: FG News

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Bancadas Evangélica e Católica Atuam Juntas no Congresso

 

Por Jussara Teixeira|Correspondente do The Christian Post

Deputados e senadores das bancadas evangélica e católica atuam juntos monitorando e interferindo na tramitação de 368 projetos na Câmara e no Senado.

A atuação se dá em propostas como união civil entre homossexuais, criminalização da homofobia, contra osabortos legais e o chamado "divórcio instantâneo" – projeto que permite que esse processo se dê via internet- entre dezenas de outros.

De acordo com o jornal O Globo, os religiosos atuam em duas frentes: para atrasar, retirar de pauta ou rejeitar projetos que contrariam suas ideologias, e, por outro lado, trabalham pela aprovação de propostas de interesse do segmento.

Uma dessas propostas é Estatuto do Nascituro, que prevê o pagamento de um salário mínimo para mulheres que engravidaram após estupro. Essa pensão pode perdurar até a criança completar 18 anos.

Juntos, evangélicos e católicos formam um grupo de cerca de cem parlamentares.

Em entrevista a O Globo, o coordenador da bancada evangélica João Campos (PSDB-GO), disse: “foi-se o tempo em que católicos e evangélicos se estranhavam aqui no Congresso. Principalmente pelas críticas dos católicos aos cultos evangélicos. Esse tempo passou, e hoje trabalhamos juntos na proteção da família e da vida”.

De acordo com o estudo, a Atuação Política Católica e Evangélica no Congresso Nacional, feito pelo consultor legislativo da área de ciência política Márcio Nuno Rabat, “a presença católica e evangélica no Congresso Nacional é uma das facetas de sua presença de sua presença na sociedade brasileira”.

“Com o aumento dos evangélicos entre a população brasileira, não há diferenças tão significativas em temas ligados ao comportamento, como aborto e homossexualismo”, diz o estudo. De acordo com ele, católicos e evangélicos “apresentam pouca distinção, inclusive, nos percentuais dos que são pela proibição total e dos que são pela proibição parcial do aborto”.