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PASTORES MAÇONS – A MAÇONARIA NA IGREJA

 

 

pastores-maçons Infelizmente a maçonaria está se tornando algo cada vez mais comum dentro das igrejas. Como podem pastores que deveriam instruir o povo no caminho de Cristo fazerem parte de uma organização totalmente anti-cristã e idólatra?

O que devemos fazer em relação a isso?

Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou irritaremos o Senhor? Somos nós mais fortes do que ele?” (1Co 10.20-22).

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis. Pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que consenso há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Pois vós sois o santuário do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor. Não toqueis nada imundo, e eu vos receberei” (2Co 6.14-17).

Por Marcelo Barros – Revista Cristianismo Hoje

A Maçonaria costuma causar nos crentes um misto de espanto e rejeição. Pudera – com origens que se perdem nos séculos e um conjunto de ritos que misturam elementos ocultos, boa dose de mistério e uma espécie de panaceia religiosa que faz da figura de Deus um mero arquiteto do universo, ela é normalmente repudiada pelos evangélicos. Contudo, é impossível negar que a história maçônica caminha de mãos dadas com a do protestantismo. Os redatores do primeiro estatuto da entidade foram o pastor presbiteriano James Anderson, em Londres, na Inglaterra, em 1723, e Jean Desaguliers, um cristão francês. Devido às suas crenças, eles naturalmente introduziram princípios religiosos na nova organização, principalmente devido ao fim a que ela se destinava: a filantropia. O movimento rapidamente encontrou espaço para crescer em nações de tradição protestante, como o Reino Unido e a Alemanha, e mais tarde nos Estados Unidos, com a colonização britânica. Essa relação, contudo, jamais foi escancarada. Muito pelo contrário – para a maior parte dos evangélicos, a maçonaria é vista como uma entidade esotérica, idólatra e carregada de simbologias pagãs.

Isso tem mudado nos últimos tempos. Devido a um movimento de abertura que atinge a maçonaria em todo o mundo, a instituição tem se tornado mais conhecida e perde, pouco a pouco, seu aspecto enigmático. Não-iniciados podem participar de suas reuniões e cada vez mais membros da irmandade assumem a filiação, deixando para trás antigos temores – nunca suficientemente comprovados, diga-se – que garantiam que os desertores pagavam a ousadia com a vida. A abertura traz à tona a uma antiga discussão: afinal, pode um crente ser maçom?

maconaria-juramento

Na intenção de manter fidelidade à irmandade que abraçaram, missionários, diáconos e até pastores ligados à maçonaria normalmente optam pelo silêncio. Só que crentes maçons estão fazendo questão de dar as caras, o que tem provocado rebuliço. A Primeira Igreja Batista de Niterói, uma das mais antigas do Estado do Rio de Janeiro, vive uma crise interna por conta da presença de maçons em sua liderança. A congregação já estuda até uma mudança em seus estatutos, proibindo que membros da sociedade ocupem qualquer cargo eclesiástico.

Procurada pela reportagem, a Direção da congregação preferiu não comentar o assunto, alegando questões internas. Contudo, vários dos oficiais da igreja são maçons há décadas: “Sou diácono desta igreja há 28 anos e maçom há mais de trinta. Não vejo nenhuma contradição nisso”, diz o policial rodoviário aposentado Adilair Lopes da Silveira, de 58 anos, mestre da Loja Maçônica Silva Jardim, no município de mesmo nome, a 180 quilômetros da capital fluminense. Adilair afirma que há maçons nas igrejas evangélicas de todo Brasil, dezenas deles entre os membros de sua própria congregação e dezesseis entre os 54 membros da loja que frequenta: “Por tradição, a maioria deles é ligada às igrejas Batista ou Presbiteriana. Essas são as duas denominações em que há mais a presença histórica maçônica”, informa.

Um dos poucos crentes maçons que se dispuseram a ser identificados entre os 17 procurados pela reportagem, o ex-policial acredita que a sociedade em geral, e os religiosos em particular, nada têm a perder se deixarem “imagens distorcidas” acerca da instituição de lado. “Há preconceito por que há desconhecimento. Alguns maçons, que queriam criar uma aura de ocultismo sobre eles no passado, acabaram forjando essa coisa de mistério”, avalia. “Já ouvi até histórias de que lidamos com bodes ou imagens de animais. Isso não acontece”, garante. Segundo Adilair, o único mistério que existe de fato diz respeito a determinados toques de mão, palavras e sinais com os quais os maçons se identificam entre si – mas, segundo ele, tudo não passa de zelo pelas ricas tradições do movimento, que, segundo determinadas correntes maçônicas, remontam aos tempos do rei hebreu, Salomão. E, também, para relembrar tempos difíceis. “São práticas que remontam ao passado, já que nós, maçons, fomos muito perseguidos ao longo da história”.

Adilair adianta que não aceitaria uma mudança nos estatutos da igreja para banir maçons da sua liderança. Tanto, que ele e seus colegas de diaconato que pertencem ao grupo preparam-se para, se for o caso, ingressar na Justiça, o que poderia desencadear uma disputa que tende a expor as duas partes em demanda. Eles decidiram encaminhar uma cópia da proposta do regimento ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter. “Haverá uma enxurrada de ações na Justiça se isso for adiante, não tenho dúvidas”, afirma o diácono. A polêmica em torno da adesão de evangélicos à maçonaria já provocou até racha numa das maiores denominações do país, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), no início do século passado (ver abaixo).

O pastor presbiteriano Wilson Ferreira de Souza Neto, de 43 anos, revela que já fez várias entrevistas com o intuito de ser aceito numa loja maçônica do município de Santo André, região metropolitana de São Paulo. O processo está em andamento e ele apenas aguarda reunir recursos para custear a taxa de adesão, importância que é usada na manutenção da loja e nas obras de filantropia: “Ainda não pude disponibilizar uma verba para a cerimônia de iniciação, que pode variar de R$ 1 mil a cinco mil reais e para a mensalidade. No meu caso, o que ainda impede o ingresso na maçonaria é uma questão financeira, e não ideológica” diz Wilson, que é mestre em ciências da religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e estuda o tema há mais de uma década.

“Pessoas próximas sabem que sou maçom e isso inclui vários membros de minha igreja”, continua o religioso. “Alguns já me questionaram sobre isso, mas após várias conversas nas quais eu os esclareci, tudo foi resolvido”. Na mesma linha vai outro colega de ministério que prefere não revelar o nome e que está na maçonaria há sete anos. “Tenho 26 anos de igreja, seis de pastorado e posso garantir que não há nenhuma incompatibilidade de ser maçom e professar a fé salvadora em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador”, afirma. Ele ocupa o posto de mestre em processo dos graus filosóficos e diz que foi indicado por um pastor amigo. “Só se pode entrar na maçonaria por indicação e, não raro, os pastores se indicam”. Para o pastor, boa parte da intolerância dos crentes em relação à maçonaria provém de informações equivocadas transmitidas por quem não conhece suficientemente o grupo.

“Sem caça às bruxas”

Procurados com insistência pela reportagem, os pastores Roberto Brasileiro e Ludgero Bonilha, respectivamente presidente e secretário-geral do Supremo Concílio da IPB, não retornaram os pedidos de entrevista para falar do envolvimento de pastores da denominação com a maçonaria. Mas o pastor e jornalista André Mello, atualmente à frente da Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio, concordou em atender CRISTIANISMO HOJE em seu próprio nome. Segundo ele, o assunto é recorrente no seio da denominação. “O último Supremo Concílio decidiu que os maçons devem ser orientados, através do Espírito Santo, sem uso de coerção ou força, para que deixem a maçonaria”, conta Mello, referindo-se ao Documento CIV SC-IPB-2006, que trata do assunto. O texto, em determinado trecho, considera a maçonaria como uma religião de fato e diz que a divindade venerada ali, o Grande Arquiteto do Universo, é uma entidade “vaga”, sem identificação com o Deus soberano, triúno e único dos cristãos.

O pastor, que exerce ainda o cargo de secretário de Mocidade do Presbitério do Rio, lembra que, assim como as diferentes confissões evangélicas têm liturgias variadas e suas áreas de conflito, as lojas maçônicas não podem ser vistas em bloco – e, por isso mesmo, defende moderação no trato da questão. “Vejo algum exagero na perseguição aos maçons, pois estamos tratando de um problema de cem anos atrás, deixando de lado outros problemas reais da atualidade, como a maneira correta de lidar com o homossexualismo”. O pastor diz que há mais presbíteros do que pastores maçons – caso de seu pai, que era diácono e também ligado à associação. “Eu nunca fui maçom, mas descobri coisas curiosas, como por exemplo, o fato de haver líderes maçons de várias igrejas, inclusive daquelas que atacam mais violentamente a maçonaria. “Não acredito que promover caça às bruxas faça bem a nenhum grupo religioso”, encerra o ministro. “Melhor do que aprovar uma declaração contra alguém é procurá-lo, orar por ele, conversar, até ganhar um irmão.”

O presidente do Centro Apologética Cristão de Pesquisa (CACP), pastor João Flávio Martinez, por sua vez, não deixa de fazer sérios questionamentos à presença de evangélicos entre os maçons. “O fato é que, quando falamos em maçonaria, estamos falando de outra religião, que é totalmente diferente do cristianismo.

Portanto, é um absurdo sequer admitir que as duas correntes possam andar juntas”. Lembrando que as origens do movimento estão ligadas às crenças misteriosas do passado, Martinez lembra o princípio bíblico de que não se pode seguir a dois senhores. “Estou convencido de que essa entidade contraria elementos básicos do cristianismo. Ela se faz uma religião à medida que adota ritos, símbolos e dogmas, emprestados, muitos deles, do judaísmo e do paganismo”, concorda o pastor batista Irland Pereira de Azevedo.

Aos 76 anos de idade e um dos nomes mais respeitados de denominação no país, Irland estuda o assunto há mais de três décadas e admite que vários pastores de sua geração têm ou já tiveram ligação com a maçonaria. Mas não tem dúvidas acerca de seu caráter espiritual: “Essa instituição contraria os mandamentos divinos ao denominar Deus como grande arquiteto, e não como Criador, conforme as Escrituras”.

Embora considere a maçonaria uma entidade séria e com excelentes serviços prestados ao ser humano ao longo da história, ele a desqualifica do ponto de vista teológico e bíblico. “No meu ponto de vista, ela não deve merecer a lealdade de um verdadeiro cristão evangélico. Entendo que em Jesus Cristo e em sua Igreja tenho tudo de que preciso como pessoa: uma doutrina sólida, uma família solidária e razão para viver e servir. Não sou maçom porque minha lealdade a Jesus Cristo e sua igreja é indivisível, exclusiva e inegociável.”

Ligações perigosas
Crentes reunidos à porta de templo da IPI nos anos 1930: denominação surgiu por dissidência em relação à maçonaria.

As relações entre algumas denominações históricas e a maçonaria no Brasil são antigas. Os primeiros missionários americanos que chegaram ao país se estabeleceram em Santa Bárbara (SP), em 1871. Três anos depois, parte desses pioneiros, entre eles o pastor Robert Porter Thomas, fundou também a Loja Maçônica George Washington naquela cidade. O espaço abrigou, em 1880, a reunião de avaliação para aprovação ao ministério de Antônio Teixeira de Albuquerque, o primeiro pastor batista brasileiro. Tanto ele quanto o pastor que o consagrou eram maçons.

Quando o missionário americano Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou, na então província de São Paulo, cerca de 700 alemães protestantes. Sem ter onde reuni-los, Simonton – que mais tarde lançaria as bases da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) – aceitou a oferta de maçons locais que insistiram para que ele usasse sua loja, gratuitamente, para os trabalhos religiosos.

A denominação, que abrigava diversos maçons, sofreu uma cisão em 31 de julho de 1903. Um grupo de sete pastores e 11 presbíteros entrou em conflito com o Sínodo da IPB porque a denominação não se opunha a que seus membros e ministros fossem maçons. Foi então fundada a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPI).

Ultimamente, a IPB vem reiteradamente confirmando a decisão de impedir que maçons exerçam não só o pastorado, como também cargos eclesiásticos como presbíteros e diáconos. As últimas resoluções do Supremo Concílio sobre o assunto mostram o quanto a maçonaria incomoda a denominação.

Na última reunião, ficou estabelecida a incompatibilidade entre algumas doutrinas maçons e a fé cristã. Ficou proibida a aceitação como membros à comunhão da igreja de pessoas oriundas da maçonaria “sem que antes renunciem à confraria” e a eleição, ao oficialato, de candidatos ainda ligados àquela entidade.

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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BATISTAS QUEREM INAUGURAR OBELISCO PAGÃO

obelisco-queverdadeeessa  Em comemoração aos seus 140 anos no país, os batistas irão realizar uma grande celebração na cidade de Santa Bárbara do Oeste no dia 10 de setembro de 2011, onde será inaugurado nada menos que um obelisco pagão  em homenagem a todos os seus membros brasileiros.

Qual teria sido o motivo de terem escolhido justamente o obelisco, um símbolo muito adorado pela Maçonaria e pelo ocultismo?

A divulgação do vídeo feito pela Convenção Batista Brasileira (CBB), convida todos a participarem da celebração, onde o Pastor Ruben Nazareth dos Santos é quem anuncia a tal construção. (veja aos 03:50s)

É lamentável que alguns pastores tomem esse tipo de atitude, seja para atender interesses políticos ou seus próprios interesses. É muito difícil acreditar que pastores, homens de Deus, estudiosos da palavra, seriam tão ignorantes ao ponto de não ter entendimento sobre esse assunto.

Portanto, visto que temos este ministério pela misericórdia que nos foi dada, não desanimamos.
Antes, renunciamos aos procedimentos secretos e vergonhosos; não usamos de engano nem torcemos a palavra de Deus. Pelo contrário, mediante a clara exposição da verdade, recomendamo-nos à consciência de todos, diante de Deus. 2 Co 4:1-2

Mas afinal, o que é um Obelisco e qual a sua finalidade?

O obelisco foi criado pelos egípcios, que acreditavam que o espírito do deus-sol “Rá” habitava nele. O obelisco também retrata o órgão sexual masculino e a adoração ao deus Baal. Na bíblia, Deus ordenou a reis justos que matassem os sacerdotes de Baal e destruíssem seus obeliscos.

“Sucedeu, pois, que, acabando de fazer o holocausto, disse Jeú aos da sua guarda, e aos oficiais: Entrai e matai-os! Não escape nenhum! Então os feriram ao fio da espada; e os da guarda e os oficiais os lançaram fora e, entrando no santuário da casa de Baal, tiraram as colunas que nela estavam, e as queimaram.” [2 Reis 10:25-26]

Você que é membro da igreja Batista, gostaria de ter esse obelisco em sua homenagem?

06-06-16 013Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Tabernáculo Metropolitano: Breve Histórico

 

Metropolitan Tabernacle

Pórtico original do Tabernáculo
Pórtico original do Tabernáculo

Local  – Londres Elefanth & Castel, Newginton

Reino Unido

Religião – Batista

Ano de consagração 1861

Arquiteto -Wilmer Wilmer Pocok

Início da construção – 1859 (primeira construção)

Fim da construção –  1957 (última e atual construção)

O Tabernáculo Metropolitano, (em inglês Metropolitan Tabernacle) é uma Igrejal batista em Elefanth & Castel, na cidade de Londres, na Inglaterra. Atualmente é pastoreada por Peter Master. O edifício atual, foi edificado em 1957, é o terceiro desde 1861. O edifício original foi construído no pastoreado de Charles Haddon Spurgeon[1].

Índice

Os primeiros 200 anos

A Congregação batista reunida hoje no Tabernáculo Metropolitano começou a reunir-se por volta de 1650[1], 30 anos depois da partida dos pais peregrinos às Colônias Americanas, após o Parlamento inglês proibir, em 1645, no reinado de Carlos I reuniões cristãs independentes. A Igreja reunia-se clandestinamente em Kennington, na casa de uma viúva, Seu primeiro pastor foi Willian Riderde 1653 a 1665, quando provavelmente morreu pela praga de Londres desse ano.Em 1688, a lei de restrição de culto foi revogada, e a partir disso, a Congregação, sob a liderança de Benjamin Keach, que assumira o pastoreado nesse ano, estabeleceram a irmandande num local de culto próximo onde hoje é a Torre de Londres[1].

Benjamin Keach foi pastor até 1704. Foi um eminente evangelista e pastor, que chegou a firmar e aderir a Confissão de Fé Batista de 1689, e pregou durante algum tempo em Buckinghamshire e Winslow. Sofreu perseguição e prisões por parte das autoridades conformista devido suas convicções batistas e contrárias ao batismo infantil, em especial com a publicação de um livro chamadoo Instrutor dos Meninos. Keach morreu em 16 de julho de 1704, foi enterrado num cemitério batista em Soutweark. antes de seu falecimento, convidou seu genro, BenjamÌn Stinton, para assumir o pastoreado, e esse foi convidade e confirmado pela igreja; foi pastor da congregação de 1704 a 1718.

John Gill

Em 1718, John Gill foi convidado a assumir o pastoreado da congregação;[1] foi ordenado em 22 de maio de 1720. Gill foi um dos mais eminentescalvinistas e um dos mais famosos teólogos do século XVIII, considerado o primeiro teólogo batista. É conhecido por ter sido em muitos aspectos um hipercalvinista. Porem, durante o ministério de Gill, a igreja apoiou fortemente a pregação de George Whitefield em Kennington Common, local onde em 1739, pregou vários sermões.

Especializou-se em Hebraico e línguas orientais. Em 1748, publicou uma exposição do Novo Testamento, e também outros livros, como “Corpo de divindade” e “Antiguidades Judaicas” . Em 1748, Gill foi agraciado com o grau honorário de Doutor em Teologia pela Universidade de Aberdeen. No seu pastoreado, em 1757 a congregação, necessária de maiores instalações, mudou-se para Carter-lane, Tooley Street. Nessa época, Gill escreveu uma declaração de fé e pratica usada para admissão de membros, que posteriormente não foi mais usada, sendo anexada a biografia de Charles Haddon Spurgeon.

Gill faleceu em 14 de outubro de 1771. Para substituir seu posto, John Rippon foi convidado. Ao fim de seu tempo de prova na Igreja, 40 pessoas decidiram separar-se da congregação por não concordar do voto da maioria dos membros. Rippon propôs que, como esses irmãos procediam de acordo com suas consciência, que fundassem una nova Igreja e fossem despedidos com amor e oração; ajudou na construção da nova Capela, e ainda ordenou seu primeiro pastor. John Riponn ficou bastante conhecido por compilar um hinário, chamando, em inglês , The Selection of Hymns from the Best Authors, Intended to Be an Appendix to Dr.Watts , vulgarmente conhecida como a Seleção Rippon , que fez muito sucesso, e foi reimpresso 27 vezes em mais de 200.000 cópias,e que Spurgeon usou durante seu ministério.

New Park Street

Foi no pastoreado de John Rippon que, por ocasião da construção da Torre de Londres no terreno em Carter-Lane, a capela localizada nessa região foi demolida, e uma nova foi levantada, em New Park Street, Southwark, em 1833. Tinha capacidade para 1200 pessoas sentadas e 300 em pé.

New Park Street, em 1855.

John Rippon morreu em 1836. Em 1837, Joseph Angusfoi ordenado pastor de New Park Street em seu lugar, ocupando esse posto até 1839, quando foi convidado para ser secretário da Sociedade Missionária Batista de Londres. Foi também diretor de Stepney College, escola batista de ensino, conhecida como Regent’s Park College, e é parte da Universidade de Oxford. Deve-se Notar que curiosamente, Angus e Spurgeon se conheceram em 1852, e chegaram a marcar uma entrevista para a admissão de Spurgeon no seminário, mais por um desencontro, esse encontro nunca ocorreu. Spurgeon sentiu a direção divina de não entrar no Seminário, e posteriormente ocupou o pastoreado outra ocupado por Angus. Joseph Angus fez parte do comitê de revisão da King James Version em 1881. Faleceu em 1902.

em 1841, James Smith assumiu o pastoreado vago de Angus, e o exerceu por 8 anos e meio. em 1851, William Walters assumiu o cargo, mas não permaneceu por muito tempo, demitindo-se por não ter a confiança do diaconato da Igreja. Nos anos 1840-1850, a frequência da Igreja decairá muito, a Igreja se apresentava numa condição fria espiritualmente.

Charles Haddon Spurgeon

em 1853, George Gold, participou de uma reunião da União das Escolas dominicais em Cambridge, e escutou pregar nessa ocasião o jovem Charles Haddon Spurgeon, com apenas 19 anos, pastor da Igreja Batista de Waterbeach. Gold informou sobre ele a Thomas Olney, diácono de New Park Street, que estava à procura de um pastor para o cargo vago. Spurgeon foi convidado a pregar em Londres, pela primeira vez, em 18 de dezembro de 1853. Foi tão bem sucedido que voltou a ser convidado em 1º e 8 de janeiro, e no dia 29 de janeiro de 1854, quando a Congregação o convidou a ser provado por seis meses em vista de assumir o ministério. Porem, em 19 de Abril de 1854, a Igreja lhe convidou imediatamente. Spurgeon aceitou.

A pregação e a mensagem de Spurgeon atraiu muitos a New Park Street. Spurgeon tornou-se o pastor mais famosos de Londres. Logo, não suportava mais o numero de ouvintes. em 1855, New Park Street passou por reformas, e decidiu-se alugar o Exerter Hall, um salão público com capacidade de 5.000 membros, para as reuniões da congregação, até junho de 1855. Em 1856, tornaram a alugar Exerter Hall em janeiro e junho, devido a pressão dos multidões, por falta de espaço em New Park. Porem, os proprietários de Exerter Hall recusaram-se a alugar o salão por largos períodos para Spurgeon, afim que outras denominação o usassem. Foi necessário outro local para os cultos.

A tragédia do Surrey Garden Music Hall

Spurgeon pregando no Surrey Garden.

O Surren Garden Music Hall tinha capacidade para 10.000 lugares, era o maior edificio público de Londres. Foi alugado pela congregação de New Park para os cultos vespertinos de domingo. Em 19 de outubro de 1856, com 7.000 pessoas presentes para a primeira pregação de Spurgeon, um princípio de tumulto causado por alguns baderneiros e falsos avisos de incêndio provocaram tal correria e pânico na multidão, que resultou em 28 feridos e a morte de 7 pessoas. Esse fato traumatizou Spurgeon profundamente. Foi posteriormente instituído um fundo de ajuda as vítimas. Desse fato, porem, em vista da necessidade de um local seguro e suficiente para abrigar as multidões de assistentes e ouvintes, a congregação de New Park Street decidiu iniciar um fundo para construção de um novo templo. Os serviços de Spurgeon e de New Park Street em Surrey Garden Music Hall ocorreram até 11 de dezembro de 1859.

A construção do Tabernáculo Metropolitano

Conforme a decisão adotada, um largo terreno em Newington, em Elefanth & Castel, foi adquirido, onde no momento era um espaço para prática de tiro ao alvo, e vários séculos antes fora um campo utilizado para o martírio de diversos dissidentes batistas. Em 16 de agosto de 1859, foi lançada a pedra fundamental do futuro edifício, juntamente com uma Bíblia e um exemplar da Confissão de Fé Batista de 1689. Para a construção do edifício, muitas coletas e e fundos foram realizados, e Spurgeon pregou em diversos lugares. Várias Igrejas e denominações ajudaram na edificação da Igreja, que em sua época, foi a maior Igreja Batista do mundo, influenciando muitos outros templos que forma construídos posteriormente ao redor do mundo.

O projeto do Tabernáculo foi encabeçado pelo arquiteto Willmer Willmer Pocok , que ganhou um concurso feito para tal obra. O projeto original incluía quatros torres em cada ângulo do Tabernáculo, mas elas foram retiradas para diminuir o custo da obra. O edifico foi construído de tal forma que a acústica do templo fosse favorável a voz de Spurgeon. Comportava 6000 pessoas sentadas.

Interior do Tabernáculo, em 1861.

Durante a construção, a congregação saiu do Music Hall, (que posteriormente foi destruído por um incêndio) e ocupou temporariamente oExerter Hall, de novo, até 1º de março de 1861. A obra custou, na época, 31.332 libras esterlinas. Foi concluída em 1º de março de 1861, e dedicado em um dia de oração no dia 18. O primeiro sermão pregado por Spurgeon na Igreja foi no dia 25 de março, e o primeiro culto de domingo, dia 29. Cinco semanas foram dedicadas aos festejos da abertura, sendo que nas duas primeiras, várias palestras foram realizadas por vários pastores e igrejas não-conformistas diferentes.

Quanto a New Park Street, a antiga capela foi utilizada ainda por alguns anos como sede do Spurgeon College, e finalmente fechado, vendido e demolido em 1866.

O Tabernáculo pós Spurgeon: primeira metade do século XX

Thomas Spurgeon, filho de Charles, que sucedeu seu pai no pastoreado do Tabernáculo

Em 1888, a Igreja, apoiando a Charles Haddon Spurgeon em decorrência a Controvérsia do Declínio, desligou-se oficialmente da União Batista da Inglaterra, da qual fazia parte. multidões de pessoas afluíam ao local, tanto que em várias ocasiões, o próprio Spurgeon pedia aos membros regulares da congregação que cedessem seus lugares em benefício daquelas que não tinhan tido oportunidade de frequentar o Tabernáculo.

Spurgeon pregou no Tabernáculo Metropolitano até 1891; vários pregadores pregaram nesse edifício, dentre eles D.L.Moody, que influenciaria muitos pregadores posteriores a Spurgeon no Tabernáculo. Os sermões impressos de Spurgeon a partir dessa data passaram a integrar os volumes denominadosThe Tabernacle Metroplitan Pulpit. Spurgeon, já muito doente, convidou o pastor Presbiteriano Arthur Tappan Pierson para assumir seu posto temporariamente enquanto estava convalescente na França, porem, com a morte de Spurgeon em 31 de janeiro de 1892, Pierson continuou a frente do Tabernáculo. Spurgeon foi velado no Tabernáculo Metropolitano em fevereiro de 1892. Seu funeral contou com a presença do famoso compositor de hinos Ian Sankey. Pierson ficou a frente do serviços pastorais Tabernáculo ininterruptamente até junho de 1892, e James Spurgeon, irmão de Spurgeon, que era pastor de outra igreja batista e encarregado dos trabalhos e obras do Tabernáculo propôs que ele assumisse o pastoreado em definitivo, o que não aconteceu.

Thomas Spurgeon, um dos filhos gêmeos de Charles Spurgeon, foi chamado de seu trabalho pastoral na Nova Zelandia à Londres, e muitos membros do Tabernáculo quiseram que ele assumisse o cargo outrora ocupado por seu pai. Em março, em votação, Thomas foi convidado ao pastoreado, e James Spurgeon renunciou as suas funções, e Pierson encerrou seu ministério nessa Igreja, regressando ao Estados Unidos. Thomas Spurgeon foi eleito em 1894.

Thomas Spurgeon foi muito influenciado pelos métodos evangelísticos de D.L.Moody e de muitos pastores e pregadores evangelicais americanos, que em certa medida, utilizavam de alguns métodos evangelísticos aplicados por Charles Finney por volta de 1850; tanto que, nessa época, muito dessas práticas americanas foram implantados e executados no Tabernáculo, em detrimento da simplicidade dos cultos dominicais da época de Spurgeon, entre eles, “reuniões especiais” e “chamados do altar” etc

Em abril de 1898, o Tabernáculo Metropolitano foi destruído por um incêndio causado por um acidente em uma conzinha do local. O prédio foi totalmente consumido, só restando o pórtico frontal. Foi reconstruído e inaugurado em outubro de 1900. Em 1908, por motivos de saúde, Thomas Spurgeon renunciou ao pastoreado, assumindo em seu lugar o pastorArchibald G. Brown, que era amigo de Spurgeon. Em 1910, esse também renunciou, e assumiu o púlpito da Igreja o pastor americano Dr. Amzi Clarence Dixon, advindo da Igreja Moody, Chicago. Uma de suas primeiras mudanças foi a instalação de um piano no Tabernáculo, com fim de tocar musicas comoventes, alem de incentivar abertamente muitas reuniões de decisões por Cristo, reuniões pós culto, e várias práticas não usadas por Charles Spurgeon. Em 1918, vários irmãos da Igreja se mostravam insatisfeitos com as novidades e a baixeza doutrinaria de Dixon, o acusando de arminiano e de dominar a congregação ( alguns diáconos forma demitidos e forçados a renunciar) .Em 1919, Dixon, desgastado, renunciou, retornando aos Estados Unidos, e assumiu o pastoreado o pastor calvinista Harry Tydeman Chilvers de 1919 a 1935.

O terceiro Tabernáculo: os dias atuais

Em 1935, assumiu o pastoreado o pastor Dr. W Graham Scroggie. Em 1941, devido ao bombardeio alemão em Londres devido a Segunda Guerra Mundial, o Tabernáculo foi novamente destruído, só restando, novamente, do projeto original de 1861, o pórtico frontal. Seria totalmente reconstruído em 1957 (com um projeto arquitetônico diferente do original, e menor que o original) sobre o pastoreado de Eric W Hayden (que foi sucessor de Gerald B Griffiths, até 1954)

Dennis Pascoe foi pastor da Igreja de 1963 até 1970, quando Peter Master assumiu o pastoreado, e o mantêm até os dias de hoje. Ele resgatou muito do que foi ensinado por Spurgeon, e re-colocou em prática no serviço dominical, nas escolas dominicais, e nas ações evangelísticas.

[1]

Lista dos pastores do Tabernáculo Metropolitano

  • William Rider, c1653–c1665 (12 anos)
  • Benjamin Keach, 1668–1704 (36 anos)
  • Benjamin Stinton, 1704–1718 (14 anos)
  • Dr. John Gill, 1720–1771 (51 anos)
  • Dr. John Rippon, 1773–1836 (63 anoss)
  • Joseph Angus, 1837–1839 (2 anos)
  • James Smith, 1841–1850 (8 ½ anos)
  • William Walters, 1851–1853 (2 anos)
  • Charles Spurgeon, 1854–1892 (38 anos)
  • Arthur Tappan Pierson, 1891–1893 (Temporário, não eleito ao pastoreado – 2 anos)
  • Thomas Spurgeon, 1893–1908 (15 anos)
  • Archibald G. Brown, 1908–1911 (3 anos)
  • Dr. Amzi Clarence Dixon, 1911–1919 (8 anos)
  • Harry Tydeman Chilvers, 1919–1935 (15 ½ anos)
  • Dr. W Graham Scroggie, 1938–1943 (5 anos)
  • W G Channon, 1944–1949 (5 anos)
  • Gerald B Griffiths, 1951–1954 (3 anos)
  • Eric W Hayden, 1956–1962 (6 anos)
  • Dennis Pascoe, 1963–1969 (6 anos)
  • Dr. Peter Masters, 1970– a hoje

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.