Gesto que lembra invocação satânica também rendeu críticas ao sacerdote
por Jarbas Aragão
- gospelprime
Não é exatamente novidade alguém fazer uma versão com letras religiosas de grandes sucessos da música. O que t
Gesto que lembra invocação satânica também rendeu críticas ao sacerdote
por Jarbas Aragão
Não é exatamente novidade alguém fazer uma versão com letras religiosas de grandes sucessos da música. O que t
Kelly MartinsDo G1 MT
Frei foi preso após ser flagrado em motel com
menor (Foto: Kelly Martins/G1)
O frei de Cuiabá, Erivan Messias da Silva, de 51 anos, que chegou a ser preso após ser flagrado pela polícia saindo de um motel com uma adolescente de 16 anos, declarou ao G1 que não pretende voltar mais para o sacerdócio. Um ano depois do fato, que ocorreu em Várzea Grande, região metropolitana da capital, Erivan contou que mudou de cidade e está em uma nova fase de sua vida.
“Achei por bem começar de novo. Vou repaginar minha vida e fiz uma opção de não estar mais na função de frei”, disse. Em entrevista à reportagem, Erivan chegou a declarar que já mantinha um relacionamento amoroso com a menina há alguns meses, mas que escondeu o caso por medo do escândalo. Entretanto, após a prisão, ele também pediu perdão aos fiéis e à Igreja.
saiba mais
Ele foi preso no dia 31 de janeiro de 2011 ao sair de um motel em Várzea Grande com a menor. No entanto, a Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar determinou, no mês de março deste ano, o arquivamento do inquérito policial aberto contra o frei para apurar o suposto estupro de vulnerável. O arquivamento foi a pedido do Ministério Público Estadual.
“Foi um desgaste muito grande e acho injusto tudo o que fizeram e falaram de mim. Foi muito forte todo esse envolvimento público e me deixou marcas. Ainda bem que a Justiça foi feita. Porém, não quero mais voltar a ser sacerdote na igreja”, pontuou.
Erivan Messias contou ainda que a decisão foi tomada “por amor” e pelo fato de gostar de alguém. Questionado sobre o relacionamento amoroso, o frei preferiu não entrar em detalhes e não confirmou se ainda mantém algum tipo de contato com a adolescente. Isso porque, ele disse que mudou-se de Cuiabá e atualmente mora com a mãe em Jaciara, a 148 quilômetros de Cuiabá, e que também vai muito para Rondonópolis.
Por outro lado, Erivan relatou que pensa em um dia se casar. "É um desejo, mas não quero pensar nisso no momento", frisou. Conforme Erivan, apesar de ter exercido o ministério religioso por 22 anos, ele informou que atualmente trabalha no setor administrativo de uma indústria.
O frei trabalhava em duas paróquias da capital e foi afastado das funções por determinação da Arquidiocese de Cuiabá, no dia 1º de fevereiro de 2011.
Arquivamento
De acordo com o promotor de Justiça Cláudio Cesar Mateo Cavalcante, o fato praticado é criminalmente atípico e não constitui crime. Além disso, o parecer baseia-se em fundamentações do ponto de vista criminal. “Não há, e nem poderia haver, qualquer análise dos pontos de vista ético, moral ou mesmo religioso”, consta trecho do documento. O promotor argumentou ainda que nos autos não existem elementos para o oferecimento da denúncia.
30 de dezembro de 2011 | 20h 22
Lígia Formenti – O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA – A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu na última sexta-feira o padre Evangelista Moisés Figueiredo, acusado de estupro e atentado violento ao pudor contra seis crianças, sendo cinco irmãos. O padre trabalha há dez anos na Igreja São Francisco de Assis, na cidade-satélite de São Sebastião, e frequentava a casa dos pais das crianças. Segundo os menores – cinco meninas e um menino -, os abusos aconteciam há um ano.
Veja também:
Planos de saúde terão de cumprir 69 novas coberturas a partir deste sábado
Leite tipo B sai do mercado na segunda-feira
Parte do lixo hospitalar apreendido em PE será incinerado
Beto Barata/AE
No momento da prisão, padre estava na cama com uma mulher nua – secretaria da igreja onde trabalha
No momento da prisão, Figueiredo estava na cama com uma mulher nua – a secretária da Igreja São Camilo, onde o padre também trabalhou durante nove anos. Na casa foi encontrada uma cartucheira, calibre 36.
O padre negou a acusação de estupro e atentado violento ao pudor. Afirmou que a arma era de outra pessoa, mas não explicou as razões de ela estar na sua casa. Ele também será acusado por porte ilegal de armas.
As investigações começaram há três semanas, quando uma mães foi à delegacia denunciar abusos contra seus cinco filhos. O pai das crianças é caseiro de uma propriedade próxima da igreja liderada por Figueiredo. A outra criança, uma menina, é filha de um pedreiro que também trabalha e mora na região.
"Ele atraía os menores com a promessa de ajudar nos deveres de casa e de pagar R$ 20. O dinheiro nunca foi recebido", afirmou o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Onofre Moraes.
As crianças afirmaram que os abusos eram cometidos na casa do padre e em suas casas. "Ele fazia visitas com frequência. Almoçava, era amigo dos pais, que também frequentavam a igreja."
As crianças disseram que eram ameaçadas. "Segundo elas, ele falava que os pais seriam demitidos e sempre mostrava a arma que tinha em casa", disse a delegada Valéria Raquel Martirena, que acompanha o caso.
A versão das crianças são coerentes entre si. Elas relataram que o padre, antes do estupro, mostrava um vídeo pornográfico no celular. O telefone foi apreendido e as cenas descritas pelas crianças, reconhecidas.
História. Ordenado padre em 1993, Figueiredo, de 49 anos, exibia uma atuação marcante na vida eclesiástica. Celebrou missas na ala psiquiátrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo, integrou a pastoral de saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em Brasília, antes de trabalhar na Paróquia de São Francisco de Assis, trabalhou na Igreja São Camilo, em uma nobre de Brasília, Asa Sul. "Não há acusações confirmadas em outras paróquias. Mas investigações continuam", disse Moraes.
Após a prisão, o padre foi apresentado aos jornalistas. Descalço, com bermuda, camiseta e algemado, ele não falou com jornalistas. Figueiredo está com a prisão preventiva decretada, e o inquérito deve ser concluído em dez dias. O Ministério Público tem até dez dias para avaliar se as provas são suficientes para pedir uma ação na Justiça.
A Diocese de Brasília informou que só se manifestará quando os fatos forem esclarecidos. A assessoria de imprensa da CNBB afirmou que não está definido se o assunto será discutido pelo colegiado na próxima reunião ordinária.