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ELEIÇÕES 2012: Samuel Ferreira contraria Chalita e apoiará Serra

    Presidente da Assembleia de Deus no Brás – Ministério Madureira, o pastor Samuel Ferreira, que esteve no 1.º turno com Gabriel Chalita (PMDB), agora embarcado na campanha de Fernando Haddad (PT), declara neste 2.º turno apoio a José Serra (PSDB). O motivo? As posições da senadora Marta Suplicy (PT-SP), hoje ministra da Cultura, em relação a temas morais. "A Marta pensa o avesso do que a igreja pensa. A Marta defende o aborto com alma e corpo. Nós não. A Marta pensa em relação ao movimento LGBT como nós não pensamos", diz, em entrevista ao Estado. "Onde a Marta está não dá para a gente estar."

   Apesar das críticas, Ferreira afirma que continua dando "grande apoio" à presidente Dilma Rousseff, mesmo com Marta em seu ministério. "A presidente tem um jeitinho especial de trabalhar com a Marta", diz.O pastor se reuniu na semana passada com Serra, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Do candidato, diz ter obtido o compromisso de que criará uma comissão "de alto nível" para estudar a flexibilização da expedição de alvarás para as igrejas. "O Serra ficou de, assim que ganhar, levantar essa comissão."

  Embora diga que o pastor Silas Malafaia "não fala por todos os evangélicos" quando ataca Haddad por causa do chamado "kit gay", o líder da Assembleia de Deus no Brás afirma que o produto encomendado pelo Ministério da Educação é uma "grande lástima" e que as explicações dadas pelo petista até agora são "absolutamente insatisfatórias"."Agora ninguém quer ser pai dessa desgraça. O que posso te garantir é que o Serra não é o pai", disse. "O Ulysses Guimarães dizia que quando a gente começa tendo que explicar, já está tudo errado. Mas há momentos em que fugir da explicação é pior. Seria muito útil que ele (Haddad) explicasse".

  Segundo Ferreira, o material só não foi distribuído porque os evangélicos pressionaram Dilma. / F.G e B.B.

Data: 15/10/2012 08:29:06
Fonte: MSN

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‘A religião está sendo usada de maneira desonesta ‘, diz Chalita

 

Em entrevista ao iG, pré-candidato fala sobre eleições 2012, relação com o tucanato, religião, aborto e vida amorosa

Nara Alves e Ricardo Galhardo, iG São Paulo | 06/12/2011 06:00

  • Ávido por concorrer à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB, o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) descarta ceder às pressões para se retirar da disputa. “Eu não aceitaria ser ministro da Educação ou de qualquer outra área, ou candidato a vice-prefeito de São Paulo. Eu só aceito ser candidato a prefeito de São Paulo”, garante o deputado, que minimiza a afirmação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para demovê-lo da ideia de concorrer. Recém-filiado ao PMDB, ele afirma em entrevista ao iG que entra na campanha com a consciência de que ainda paga o preço pelo apoio à então candidata à Presidência Dilma Rousseff, no auge da polêmica sobre a descriminalização do aborto em 2010.

"Quando eu resolvi apoiar Dilma, começou uma rede de boatos na internet de que eu havia virado abortista", lembra o deputado. Ele insiste em exaltar sua afinidade com a presidenta e deixa claro que não se arrepende de apoiá-la. Chalita também critica o uso da religião como ferramenta de campanha eleitoral, reforça sua posição contrária à descriminalização do aborto e faz críticas ao fundamentalismo religioso. “A religião está sendo usada de maneira desonesta”, diz o parlamentar. Segundo ele, um “grupo restrito” comandou “um bombardeio na internet”, que culminou, por exemplo, no cancelamento de seu programa na emissora de televisão Canção Nova, na semana passada.

Para a disputa na capital paulista, o deputado cobra uma postura ética dos demais candidatos, que terão por trás de suas campanhas três máquinas governamentais – o governo federal, que trabalha pela pré-candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad (PT); o governo estadual, que dará sustentação ao candidato do PSDB do governador Geraldo Alckmin; e o governo municipal, que poderá ser representado na corrida pelo PSD do prefeito Gilberto Kassab. "Espero que as máquinas não sejam usadas”, afirma.

Na entrevista ao iG, o deputado fala, ainda, sobre sua relação com o ex-governador tucano José Serra. “Ficou uma relação difícil. Em alguns momentos eu tentei cumprimentá-lo e ele não me cumprimentou”, conta. E completa: “Mas eu era muito pequeno para ele (Serra) ter tanta raiva de mim”. Já com relação a Alckmin, ele nega enxergar qualquer possibilidade de o governador, seu padrinho político, trabalhar nos bastidores a favor de sua candidatura: “Alckmin não é dissimulado”.
Sobre seus 63 livros publicados, Chalita analisa, sem falsa modéstia, que “todos são bons”. Admite ter ficado chateado com críticas, mas propõe um desafio: “Seria interessante se as pessoas, antes de não gostarem, lessem primeiro”. Solteiro aos 42 anos, ele desconversa sobre sua vida amorosa, mas não descarta a possibilidade de se casar em um futuro próximo. Ele conta que seu pai se casou aos 44 anos, apenas três meses depois de conhecer sua mãe. "Ainda tenho dois anos", brinca.