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Supostas vítimas de abusos confrontam sacerdote condenado pelo Vaticano

 

Os quatro denunciantes, hoje adultos, eram fiéis de uma paróquia em Santiago quando o suporso crime aconteceu, há 20 anos

19 de julho de 2011 | 2h 26

Efe

SANTIAGO DO CHILE – Os quatro homens que denunciaram o sacerdote chileno Fernando Karadima, condenado pelo Vaticano por cometer abusos sexuais, mantiveram na segunda-feira, 18, uma acareação com o pároco durante a investigação judicial que se segue contra ele, paralela à eclesiástica.

O advogado Fernando Batlle, o jornalista Juan Carlos Cruz, o professor José Andrés Murillo e o médico James Hamilton confrontaram, pela primeira vez e de forma separada, suas versões dos fatos que se averiguam com a do pároco, de 80 anos.

A diligência foi realizada no 34º Tribunal do Crime de Santiago na presença da juíza Jéssica González, que instrui a investigação aberta nos tribunais civis por esses supostos abusos sexuais, que teriam sido cometido há quase 20 anos.

Os quatro denunciantes, já todos adultos, eram fiéis de uma paróquia de Santiago, na qual Karadima, formador de cinco bispos, exerceu seu Ministério.

"Eu não o via há 17 anos. Não reconheceu absolutamente nada do que ele estava sendo acusado e eu esperava algum perdão ou que reconhecesse algo, mas francamente não reconheceu nada", disse Juan Carlos Cruz, na sua saída.

No entanto, James Hamilton assinalou que Karadima lhe pediu perdão, mas, segundo disse, "não era um perdão relacionado com os fatos, mas bem genérico".

O advogado da acusação, Juan Pablo Hermosilla, assinalou que não descartam pedir a condenação do ex-pároco e apontou que a investigação já se encontra em sua fase final.

Em uma decisão conhecida em fevereiro e ratificada em junho, a Congregação para a Doutrina da Fé, responsável pela investigação eclesiástica, declarou o pároco chileno culpado de abusos sexuais e, dada sua idade, lhe ordenou "retirar-se a uma vida de oração e penitência".

Após retornar em 7 de julho de uma viagem a Roma, o arcebispo de Santiago e presidente da Conferência Episcopal do Chile, Ricardo Ezzati, afirmou que o papa Bento XVI "está preocupado pelo Chile" pelo caso de Karadima.

Ezzati pediu em várias ocasiões perdão pelos abusos cometidos por membros da Igreja Católica chilena.

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Vulcão entra em erupção no Chile; moradores são retirados

04/06/2011 – 18h09

DA REUTERS, EM SANTIAGO

Um complexo vulcânico entrou em erupção no sul do Chile, neste sábado, em meio a uma elevada atividade sísmica. Uma névoa de cinzas de vários quilômetros se espalhou pela região, em direção à Argentina, o que levou o governo chileno a remover cerca de 600 pessoas das áreas próximas.

A erupção no complexo vulcânico de Puyehue-Cordón Caulle, situado no sul do país, a 920 quilômetros da capital chilena, levou as autoridades a fecharem o posto fronteiriço de Cardenal Samore, o segundo de maior tráfego entre o Chile e a Argentina.

"O processo de remoção das pessoas está em andamento e foi fechada a passagem fronteiriça de Cardenal Samore até amanhã [pelo menos]", disse o chefe do governo da região sulista de Los Lagos, Juan Sebastián Montes.

Antes da erupção, o governo havia ativado um plano de retirada preventiva de cerca de 600 pessoas num raio de 8 quilômetros ao redor do maciço.

Durante a manhã deste sábado foram registrados mais de 60 tremores de magnitude mediana nas imediações da cidade de Puerto Montt, localizada nas proximidades do complexo vulcânico.

O vice-presidente do Chile, Rodrigo Hinzpeter, disse que com essas medidas estão sendo "evitados os riscos, no caso de se produzir uma desgraça maior".

O Chile possui a segunda maior cadeia vulcânica e de maior atividade no mundo, depois da Indonésia.

Em 2008, outro vulcão do sul do Chile, o Chaitén, entrou em erupção e desencadeou uma nuvem de cinzas que alcançou até mesmo a Patagônia argentina, provocando a retirada de milhares de pessoas das cidades próximas.

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CHILE: Minerador diz que "O Pastor" foi fundamental para que ficassem unido

Richard Villarroel, um dos mineradores resgatados da jazida San José, no norte do Chile, afirmou hoje que seu companheiro José Henríquez, "O Pastor", foi o homem-chave para que se mantivessem unidos.

"Foi o homem-chave que tivemos para nos unir todos os dias", disse Villarroel, de 26 anos, que tinha mentido para sua mãe dizendo que trabalhava como comerciante.

O minerador afirmou que "O Pastor" sempre tinha uma palavra de incentivo para que levantassem "o ânimo".

Villarroel, que se tornou o 28º trabalhador a ser resgatado, após seu companheiro, o ex-jogador Franklin Lobos, assegurou que o pior momento que viveram no interior da mina foi quando aconteceu o segundo desmoronamento.

Foi o "grande susto" gerado entre todos, enfatizou.

No dia 11 de agosto, enquanto os socorristas tentavam encontrar os operários, uma rocha de 700 mil toneladas caiu sobre a mina, o que obrigou as autoridades a suspenderem a tarefa de salvamento por alguns dias para tentar entrar por outro lado.

"Aí foi que nos assustamos de verdade, porque a jazida se fechou totalmente", ressaltou o trabalhador, que em novembro será pai de um menino que também se chamará Richard.

Reconheceu que nunca duvidaram que estavam buscando por eles, e assinalou: "Também buscamos por onde escapar, como subir pelas chaminés de ventilação, mas não haviam escadas, portanto descartamos".

"Pensei que não ia voltar para minha mulher, que não ia poder conhecer meu filho. É nesse momento que mais se pensa na família", enfatizou.

Data: 18/10/2010 08:26:02
Fonte: EFE