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Tormenta solar não destruirá a Terra em 2012

27/12/2011 – 12h28

 

DE SÃO PAULO

A Nasa (agência espacial norte-americana) previu alguns anos atrás a ocorrência de uma intensa tempestade solar em 2012.

Segundo as estimativas da NCAR (Centro Nacional de Investigações Atmosféricas), ela seria 30% a 50% mais forte que a anterior e também a maior dos últimos 50 anos.

Nasa/Associated Press

Atividade solar se intensifica de forma cíclica, a cada período de 11 anos, segundo estimativa da Nasa

Atividade solar se intensifica de forma cíclica, a cada período de 11 anos, segundo estimativa da Nasa

A tormenta solar não tem, porém, a capacidade de destruir fisicamente a Terra e tampouco as pessoas comuns precisam se precaver contra o fenômeno. Há sites na internet que chegam ao ponto de indicar guias de sobrevivência para a tormenta solar.

O calor que é emitido nas tempestades solares não chega à Terra, mas a radiação eletromagnética e as partículas energizadas podem afetar temporariamente as comunicações, como os GPS e os telefones celulares, da mesma forma que os furacões o fazem.

O prognóstico da próxima tempestade solar tem como base a intensificação da atividade solar, que surge em ciclos com cerca de 11 anos de duração, após longos períodos de calmaria do Sol. Mais recentemente, a Nasa estipulou como 2013 ou 2014 a data provável para acontecer o fenômeno.

A última tempestade solar de grande proporção é de 1958. Uma de suas consequências que costuma ser lembrada é que a aurora boreal pôde ser vista em regiões distantes como o México.

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Ciência Estudos

Entrevista: Cientista Cristão Fala Sobre ‘Partícula de Deus’ Vs ‘Origem do Universo’

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Por Jussara Teixeira| Correspondente do The Christian Post

Recentemente, dois grupos de pesquisadores do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês) apresentaram os resultados sobre a busca pela partícula conhecida como “bóson de Higgs” – apelidada de “partícula de Deus”.

A eventual descoberta do boson de Higgs poderá fazer com que a física tenha mais subsídios para compreender sobre a matéria da qual o universo é formado.

A explicação é de Adauto J. B. Lourenço, formado em Física e Matemática pela Universidade Cristã Bob Jones, da Carolina do Sul, físico das áreas de matéria condensada e física de superfície e pesquisador em trocas de energia entre superfícies metálicas e gases.

Cientista, cristão e criacionista, Lourenço é autor dos livros “Como Tudo Começou: Uma Introdução ao Criacionismo” e “Gênesis 1 & 2: A Mão de Deus na Criação”, além de “A Igreja e o Criacionismo”, todos da Editora Fiel.

Em entrevista ao The Christian Post, o cientista nos explica como a possível descoberta da partícula pode mudar os conceitos da física e explicar sobre a matéria da qual o universo é formado.

Mas ele salienta: “é importante ressaltar que o modelo padrão ainda está distante de ser uma teoria completa”. Segundo o cientista, os atuais modelos utilizados pela física, ainda não fornecem os dados necessários para nenhuma afirmação sobre a origem da matéria.

Veja as explicações do cientista sobre a “partícula de Deus”:

CP: O que é a física de partículas?
Lourenço: A física de partículas é um campo da física que estuda as partículas sub-atômicas e as interações que ocorrem entre elas. Um dos modelos que procura descrever tanto as partículas como as interações é conhecido por “modelo padrão”. Este modelo está voltado principalmente para as interações das forças nucleares, conhecidas por eletromagnética, fraca e forte.

CP: Quando esta teoria foi desenvolvida?
Lourenço: Essa teoria foi desenvolvida na metade do Século XX pelos pesquisadores Sheldon Glashow, Steven Weinberg e Abdus Salam. Os três compartilharam o prêmio Nobel em física de 1979. Dentre as muitas partículas propostas (ainda teóricas) e pesquisadas (já encontradas) por esse modelo encontra-se o bóson de Higgs.

CP: O que seria o bóson de Higgs? Esta partícula explica a origem da matéria? De que forma?
Lourenço: Uma comparação bem simples pode ser feita para se entender a função do bóson de Higgs no modelo padrão. Na biologia encontramos as células estaminais (conhecidas por células tronco). Elas possuem a capacidade de dividirem-se e diferenciarem-se em diversos tipos especializados de células. Já na física de partículas, o bóson de Higgs teria uma função similar. Ele seria o progenitor das demais partículas. é importante notar que não estamos dizendo que todas as partículas existentes no universo teriam vindo de um único bóson de Higgs, mas que, segundo a teoria, todas as partículas seriam provenientes de bósons de Higgs. O bóson de Higgs, caso comprovado, não dará uma explicação sobre a origem da matéria, pois ainda não há uma teoria que explique como ele teria surgido.

CP: O que é o CERN e como ele funciona?
Lourenço: O CERN (antigo Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire) é uma organização internacional conhecida atualmente por Organização Européia para Pesquisa Nuclear (European Organization for Nuclear Research). Ela foi estabelecida em 1954. Essa instituição opera o maior laboratório de física de partículas do mundo, conhecido como LHC (Large Hadron Collider), Grande Colisor de Hádrons.

CP: O que exatamente os cientistas estão pesquisando?
Lourenço: Os cientistas esperam poder responder as questões fundamentais da física, referentes às leis básicas que governam as interações e as forças das partículas elementares, incluindo a estrutura do tempo e do espaço, e especialmente a junção da mecânica quântica com a teoria da relatividade. A pesquisa também irá revelar se o modelo padrão de partículas está correto ou não. Caso não esteja, um novo modelo deverá ser proposto.

CP: Qual a importância da descoberta?
Lourenço: As informações oficiais do CERN, até a data desta entrevista, mencionava que o bóson de Higgs ainda não havia sido descoberto. Os pesquisadores do CERN já procuraram e não encontraram o bóson de Higgs em 95% de todos os níveis de energias possíveis. Esses níveis de energia representam a massa que o bóson de Higgs poderia ter. Resta apenas 5% para pesquisar, entre os níveis 116-130 GeV (Giga Electron Volts) no detector ATLAS (A Toroidal LHC ApparatuS) ou 115-127 GeV (Giga Electron Volts) no detector CMS (Compact Muon Solenoid). Esses são dois dos seis detectores existentes no LHC.

CP: E se a partícula for realmente encontrada?
Lourenço: Caso o bóson de Higgs seja encontrado, a física terá ganho um pouco mais de compreensão sobre a matéria da qual o universo é formado. é importante ressaltar que o modelo padrão ainda está distante de ser uma teoria completa.

CP: Ela irá mudar os atuais conceitos sobre a origem da matéria na física?
Lourenço: Caso o modelo padrão seja confirmado, com a descoberta do bóson de Higgs, a física terá uma ferramenta a mais para continuar a sua pesquisa sobre a origem da matéria. Como já foi mencionado, o modelo padrão estuda as partículas sub-atômicas e as interações que correm entre elas. Por meio dos modelos utilizados pela física, ainda estamos muito distantes de termos condições de afirmarmos qualquer coisa sobre a origem da matéria.

CP: Por que a referida partícula tem o apelido de “partícula de Deus”?
Lourenço: A “partícula de Deus” é um apelido dado ao bóson de Higgs. O termo bóson faz referência ao físico e matemático indiano Satyendra Nath Bose (colaborador com Albert Einstein na teoria dos condensados de Bose-Einstein). O apelido “partícula de Deus” foi dado pela mídia fazendo referência ao título do livro “The God Particle: If the Universe Is the Answer, What Is the Question?” de Leon Lederman (físico americano, prêmio Nobel pelo seu trabalho com neutrinos).

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Nasa encontra dois planetas do tamanho da Terra

 

GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Criado para caçar um planeta gêmeo da Terra, o telescópio espacial Kepler já encontrou, pelo menos, dois "primos". A Nasa (agência espacial americana) anunciou a descoberta de uma dupla que tem quase o mesmo tamanho do nosso planeta.

Associated Press

A partir da esq., o Kepler-20e, Vênus, a Terra e o Kepler-20f; veja galeria com mais planetas descobertos pela Nasa

A partir da esq., o Kepler-20e, Vênus, a Terra e o Kepler-20f; veja galeria com mais planetas descobertos pela Nasa

Os dois novatos orbitam uma estrela do mesmo tipo do Sol, localizada a quase 950 anos-luz da Terra e são, até agora, os dois menores planetas já registrados fora do Sistema Solar.

Um deles é ligeiramente menor do que a Terra. O Kepler-20e tem 0,86 vez o raio terrestre. Já seu companheiro, o Kepler-20f, tem praticamente o mesmo tamanho. Seu raio é só 0,03 vez maior.

Os cientistas acreditam que os dois planetas sejam rochosos, como a Terra, e tenham uma composição química parecida com a do nosso planeta.

Apesar das semelhanças, ambos são provavelmente quentes demais para abrigar vida. Eles estão bem próximos da sua estrela, a uma distância relativamente menor até a que a de Mercúrio com o Sol.

Por conta disso, em Kepler 20e a temperatura fica em torno de escaldantes 760°C. Já o Kelpler-20f, com 430°C, é um pouco mais ameno, mas ainda infernal.

"Essa descoberta é um marco, pois se trata de planetas muito pequenos. Os pesquisadores estão refinando cada vez mais sua capacidade de localização", diz Carolina Chavero, pesquisadora de astronomia e astrofísica do Observatório Nacional.

Além da dupla, a estrela Kepler-20 também têm outros três planetas ligeiramente maiores em sua órbita.

O trabalho foi publicado na versão on-line da revista "Nature".