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Irã condena nova queima do Corão por pastor dos EUA

 

Teerã advertiu que o ato de Terry Jones provoca ‘indignação dos muçulmanos’

Pastor evangélico americano Terry Jones, que queimou o Corão

Pastor evangélico americano Terry Jones, que queimou o Corão (EFE)

O Irã condenou nesta segunda-feira uma nova queima do Corão, livro sagrado dos muçulmanos, realizada pelo pastor evangélico americano Terry Jones e afirmou que o ato provoca a "indignação dos muçulmanos no mundo todo".
No sábado passado, Jones repetiu o que já havia feito em março de 2011 e queimou um exemplar do Corão em um culto na Flórida, exibido pela internet. O religioso prostetava contra a prisão do pastor iraniano Youssef Nadaryani, condenado à morte por ter abandonado o islamismo e se convertido ao cristianismo há 16 anos.
Em um comunicado, o ministério das Relações Exteriores iraniano classificou a queima como "um insulto e um sacrilégio" e cobrou "mais responsabilidade" do governo dos Estados Unidos para coibir atos como esse.
Histórico – Manifestações contra a primeira queima do Corão realizada pelo polêmico pastor americano causaram a morte de pelo menos dez pessoas no Afeganistão, em 2011. Em um episódio mais recente, a descoberta de exemplares do livro sagrado queimados de uma base americana perto de Cabul provocou a fúria da população afegã e desencadeou uma onda de revoltas que deixou pelo menos oito mortos.

(Com agência EFE)

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Em resposta a pastor, Igreja doa exemplares do Corão nos EUA

 

Uma igreja presbiteriana no Estado americano de Utah, no oeste do país, está oferecendo cópias gratuitas do Corão, o livro sagrado do Islã, em um gesto de boa fé na semana de Páscoa. A iniciativa também serve como uma resposta à queima de um exemplar do livro sagrado dos muçulmanos por um pastor da Flórida, o que levou a uma série de protestos e mortes em manifestações no mundo islâmico.

A Igreja Presbiteriana de Wasatch, em Utah, encomendou 50 cópias do Corão para serem distribuídas em uma livraria da cidade a partir de segunda-feira (25).

“Não estamos promovendo o Islã”, disse o pastor da igreja, Scott Dalgarno. O responsável pela comunidade disse que cada exemplar virá com um marcador de página que informa que o livro foi doado pela igreja local, que “não teme a verdade, não importando onde ela for encontrada”.

“Só queremos mostrar que, se as pessoas estiverem curiosas, podem pegar uma cópia conosco, ler e decidir por si mesmas o que pensar a respeito”.

Dalgarno afirmou que as doações são uma resposta ao pastor , líder de uma igreja fundamentalista cristã em Gainesville, no Estado da Flórida, que ateou fogo a um exemplar do Corão em março. O incidente provocou a revolta de muçulmanos no Afeganistão, onde mais de 20 pessoas foram mortas em meio a protestos contra Jones.

Segundo a agência de notícias Reuters, o reverendo Jones ainda pretende repetir o ato em frente ao Centro Islâmico de Dearnborn, a maior mesquita dos EUA, no Estado de Michigan, que concentra uma das maiores comunidades muçulmanas do país.

Dalgarno disse que já recebeu respostas negativas em relação às doações dos exemplares do livro, mas afirma que faria o mesmo por outras religiões.

“Se alguém em Salt Lake [capital de Utah] queimasse uma cópia do Livro dos Mórmons, nós provavelmente faríamos a mesma coisa. Nós compraríamos cópias do livro e diríamos para as pessoas lerem e se informarem”.

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Nova manifestação em Cabul contra queima de Corão nos EUA

07/04/2011 – 06h52

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASimage

Cerca de 300 pessoas protestaram de maneira pacífica nesta quinta-feira em Cabul, no sétimo dia de manifestações no Afeganistão contra a recente queima de um exemplar do Corão em uma igreja dos Estados Unidos.

De acordo com o porta-voz da polícia, Hashmat Stanikzai, a manifestação durou uma hora e meia e não foi registrado nenhum ato de violência.

Cerca de 20 pessoas foram mortas e quase 150 ficaram feridas desde a última sexta-feira em protestos no norte e sul do Afeganistão que degeneraram em violência, embora grandes reuniões em outras partes do país tenham terminado pacificamente.

Doze pessoas morreram e mais de 110 ficaram feridas em Kandahar no sábado e domingo, quando manifestantes agitando bandeiras do Taleban e gritando "Morte à América" incendiaram carros, depredaram lojas e saquearam uma escola secundária para meninas.

Na sexta-feira sete funcionários estrangeiros da ONU e cinco manifestantes afegãos morreram depois que manifestantes invadiram o escritório da ONU na cidade normalmente pacífica de Mazar-i-Sharif, no norte do país.

Os protestos foram motivados por ultraje suscitado pelo pregador fundamentalista radical cristão Terry Jones, que comandou a queima de um exemplar do Alcorão diante de 50 pessoas em uma igreja da Flórida em 20 de março.

Líderes políticos e militares ocidentais, incluindo o presidente norte-americano Barack Obama e o comandante em chefe das forças dos EUA e Otan no Afeganistão, general David Petraeus, condenaram a queima do Alcorão e também a violência que a seguiu.

As condenações parecem ter feito pouco para aplacar a indignação ou os sentimentos antiocidentais em boa parte da sociedade afegã.

Terry Jones não manifestou arrependimento quanto à queima do Alcorão e desde então prometeu liderar um protesto anti-islã diante da maior mesquita dos Estados Unidos, este mês.

Com a France Presse