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Cientistas dizem que os macacos vieram dos humanos…

 

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Criacionismo nas ecolas: tendência mundial?

 

PorJussara Teixeira | Correspondente do The Christian Post

Os defensores do criacionismo estão agindo para difundir seus preceitos. Nos EUA, às vésperas do 203º aniversário de nascimento de Charles Darwin, parlamentares estão tomando medidas para limitar o ensino da teoria da evolução em escolas públicas.

Enquanto o criacionismo defende que o mundo foi criado por uma força sobrenatural, associada a Deus pelos religiosos, a teoria darwinista defende que as espécies foram evoluindo através da seleção natural.

  • Pintura feita por Michelangelo representando Deus e o homem

    (Foto: Reprodução / Michelangelo Buonarroti)

Este processo significa que os mais fortes sobrevivem e com a combinação de seus genes geram filhos mais fortes. Assim, cada geração é mais forte que a anterior, e os fracos da espécie são extintos.

Muitos ligam o ensino deste pensamento a conceitos de ateísmo, segundo o Urban Christian News.

O norte-americano republicano Jerry Bergevin, por exemplo, associa o ensino da teoria da evolução às atrocidades de Hitler e à falta de respeito aos direitos humanos em países como a União Soviética, Cuba, os nazistas e a China atual.

Segundo sua declaração à publicação Concord Monitor, a ideia evolucionista “é uma visão mundo que não contempla Deus. O ateísmo tem sido tentado em várias sociedades e tem induzido a crimes de desrespeito aos direitos dos cidadãos”.

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Diversas organizações de ateus vêm pedindo a retirada dos projetos de lei contra o evolucionismo. David Silverman, presidente da organização American Atheists (Ateus Americanos, em tradução livre ao português), tem chamado os defensores do criacionismo de “fanático, ignorante e até irritante”.

No Brasil

No Brasil, onde o evolucionismo é ensinado em larga escala nas escolas, o criacionismo já está crescendo e ocupando um espaço maior nos livros didáticos.

Essa é a opinião do professor de Novo Testamento do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper e chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, reverendo Augustus Nicodemus.

De acordo com entrevista concedida por ele ao site Origem e Destino, “as igrejas precisam promover mais encontros e eventos para debater o assunto e dissipar os mitos em torno tanto do evolucionismo quanto do criacionismo”.

Para o reverendo, os jovens cristãos muitas vezes não têm fundamentos sólidos para responder aos ataques de ateus e evolucionistas nas salas de aula e principalmente nas universidades.

“Não é de admirar que muitos jovens evangélicos percam a fé quando entram na universidade, onde são confrontados com uma visão de mundo evolucionista, naturalista e ateia”, diz.

Um dos poucos argumentos que unem fé e ciência é a teoria do “design inteligente”, que afirma a existência de uma ‘mente inteligente’ por trás de cada aspecto da vida, particularmente nas informações contidas nas moléculas de DNA das células.

Baseado em sua experiência pessoal, Nicodemus afirma que o fato de saber que é um ser humano criado à imagem do Criador do universo, faz toda a diferença.

“Entre outras coisas me traz uma base epistemológica para apreciar e defender os valores como o amor ao próximo, a misericórdia e o perdão, a bondade, a busca da paz e da justiça e da defesa da vida humana e do meio ambiente”, conclui o estudioso.

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Republicanos tomam "bênção" de eleitorado conservador em feira

 

 

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

A poucos passos do estande que vende camisetas e bottons com dizeres como "Antiaborto, pró-armas, direitista e cristão, e daí?" um panfleto promete a suposta conversão: "É OK ser ex-gay".

Adiante, assinaturas são colhidas para exigir do governo o fim do financiamento ao planejamento familiar. Do outro lado do corredor, defensores da Ciência Criacionista explicam suas teses.

Entre as banquinhas, circulam sujeitos paramentados como americanos do século 18, peruca inclusa, e casais com crianças que esperam pelo Jantar de Gala da Fé, Família e Liberdade.

Estamos na Cúpula dos Eleitores pelos Valores Morais, que teve sua sexta edição anual na semana passada, em Washington.

À primeira vista, o circo em um grande hotel parece uma coleção de grupos radicais que atrai uma parcela marginal do eleitorado. Com o acirramento da polarização eleitoral nos EUA e o espectro político recalibrado para a direita, porém, ele se tornou uma escala inevitável para os pré-candidatos republicanos.

Neste ano, 7 dos 8 possíveis adversários de Barack Obama que pontuam nas pesquisas discursaram ali (a exceção foi Jon Huntsman). "Com uma lutadora na Casa Branca, finalmente venceremos em questões como aborto, casamento, família e liberdade religiosa", disse Michele Bachmann, deputada.

Sem a ex-governadora do Alasca Sarah Palin na disputa, a direita cristã ainda não se comprometeu com nenhum candidato.

Bachmann foi recebida aos gritos de "te amamos". O empresário Herman Cain, novo líder das pesquisas, foi o mais aplaudido. Já o governador do Texas, Rick Perry, corteja esse público como um bote salva-vidas para sua campanha, enquanto Mitt Romney, favorito entre os moderados, tenta contornar a rejeição ao fato de ser mórmon.

Com isso em vista, parábolas envolvendo Deus e profissões de fé não faltaram em nenhum dos discursos à cobiçada plateia de cerca de mil pessoas que pagou US$ 99 (R$ 174) para estar ali.

Segundo a pesquisa mais recente do Gallup, feita no meio do ano, apenas 4% do eleitorado coloca as questões comportamentais e morais como sua maior prioridade na hora de votar.

O poder do grupo, porém, não se ampara em números, mas nos decibéis de uma mensagem amplificada por radialistas conservadores e na exposição na mídia que a polêmica lhe garante.

Além disso, em um país onde o voto não é obrigatório, a história mostra que eleitores que defendem uma certa causa com afinco têm mais motivação (portanto, probabilidade) de irem às urnas.