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Single “Decretado Está” de Peter Quintino traz reflexão sobre o chamado de Deus

O cantor Peter Quintino lançou recentemente o single Decretado Está. Uma canção poderosa, que lembra aos cristãos sobre o desafio que é permanecer obedecendo ao chamado de Deus.

A música já pode ser conferida em todas as plataformas digitais através do link NovaFase.ffm.to/Decretado, inclusive no YouTube.

Peter, líder do Ministério Ipiranga, conta o que lhe inspirou para compor Decretado Está. “Fui impactado por uma conferência do Ministério Ipiranga, chamada Escola de Adoradores. Uma das matérias falava exatamente desse tema, sobre os profetas, sobre os que servem e sobre a forma que nós somos chamados por Deus”, explica.

“Cristo nos convida para fazer parte de um movimento que vai além da adoração. Um movimento que oferece ao Senhor vidas que possam ser ferramentas para mudar os ambientes, para trazer a presença de Deus através da adoração. Todo esse processo gerou essa música”, pontua.

“Chamado para uma vida inteira“

Para o cantor, há desafios na missão de continuar obedecendo ao chamado de Deus. Mas, Peter acredita que o convite divino não é para uma temporada, mas para a vida inteira. “É preciso ter muita convicção e coragem, pois hoje em dia há muitos cristãos talentosos e capacitados, mas que são apenas aventureiros e não têm convicção de quem são no Senhor”, ressalta.

“Eu acredito que aqueles que são convictos e que sabem quem são, não param no caminho. Entendi que o ministério não tem prazo de validade, é um chamado para uma vida inteira. E é dessa forma que a gente permanece firme, sem deixar de obedecer”, conclui.

Fonte: Karlos Aires – Nova Fasehttp://https://youtu.be/w8JgDjqCYQE

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O avanço do Evangelho e a perseguição contra os cristãos

Dados revelam que houve um aumento acentuado nas restrições impostas por governos à religião.

O avanço do Evangelho e a perseguição contra os cristãos

Cristão de braços abertos diante da cruz (Foto: The Digital Artist)

À medida que o Evangelho avança mundo afora, alcançando os mais longínquos lugarejos e sendo ouvido por povos de todas as raças e línguas, mais explícita se torna a perseguição contra os cristãos.

Entendo que isso pareça controverso, mas é exatamente isso que acontece: quanto mais avançam no anúncio da mensagem de Cristo, maior se torna o ódio contra os que levam as Boas Novas. E posso afirmar, que em todo o mundo, não existe comunidade mais perseguida que a Igreja.

Alguns ainda insistem em negar a existência de uma intolerância colossal contra nós, cristãos, mas trata-se de algo inegável. Ao longo da história humana nenhum povo sofreu tanto como os seguidores do cristianismo.

Pra quem reputa a narrativa como teoria da conspiração, vale lembrar como morreram os discípulos de Cristo, que em quase sua totalidade foram vítimas de martírio. Pedro, por exemplo, que era um dos mais chegados do Mestre, foi morto crucificado de cabeça para baixo.

Filosofias, ideologias, doutrinas políticas e religiosas estão entre as motivações para prender, torturar e matar os cristãos. A intolerância contra o povo da cruz é perceptível a qualquer pessoa.

Somente nas mãos de regimes totalitários comunistas foram mortos mais de 15 milhões, com o objetivo de cumprir o ideal de Lênin, que era de “extirpar o cristianismo da face da Terra”. Mas esse objetivo não será alcançado.

Richard Wurmbrand, um pastor e escritor evangélico romeno, fundador da Missão A Voz dos Mártires, denunciou em sua obra “Marx and Satan” (Bartlesville, Oklahoma, The Voice of the Martyrs, 1986), a visão satanista de Karl Marx para a implantação do Comunismo.

Segundo estudo divulgado pela Pew Rearch Center, as pressões governamentais e sociais contra prática religiosas aumentaram, principalmente contra cristãos. Os dados são referentes ao período entre 2007 e 2017.

Os dados revelam que houve um aumento acentuado nas restrições impostas por governos à religião, o que inclui “leis, políticas e ações de funcionários do Estado que restringem crenças e práticas religiosas”.

A pesquisa corresponde ao alerta feito pela Portas Abertas, organização que há anos vem denunciando o aumento da intolerância religiosa contra os cristãos, alertando para o número crescente dos casos de restrições, assédio, violência e outras ações.

Países de maioria muçulmana são os que causam maior preocupação, o que faz do Oriente Médio e Norte da África os lugares onde a pressão contra este grupo religioso está em evidência.

Mas na Europa e África Subsaariana a intolerância cresce a cada dia, o que acende o sinal de alerta sobre como a missão nestes lugares deve ser intensificada. Atualmente há 73 países com altos níveis de perseguição contra cristãos.

A Portas Abertas aponta que existem mais de 245 milhões de cristãos perseguidos hoje no mundo. A Lista Mundial da Perseguição avalia o tema em 150 países, classificando os lugares onde as restrições são maiores.

E todo esse ódio foi predito por Jesus, que disse: “E, por causa do meu Nome, sereis odiados de todos.” (Mateus 10.22). Alertando que “lançarão mão de vós, e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões, e conduzindo-vos à presença de reis e presidentes” (Lucas 21.12).

Mas o que até então era negligenciado por autoridades mundiais, agora vem sendo denunciado pelos Estados Unidos e seus aliados, como Brasil e Israel. Os cristãos perseguidos ganham voz.

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Seita ‘Jesus Army’ praticava lavagem cerebral, estupro e agressão contra crianças

Noel Stanton, fundador da seita 'Jesus Army', pregava sobre os pecados da carne (Imagem: John Angerson)Noel Stanton, fundador da seita ‘Jesus Army’, pregava sobre os pecados da carne (Imagem: John Angerson)

Alegando ter sido vítimas de abusos dentro da seita religiosa Jesus Army (Exército de Jesus, em tradução livre), centenas de ex-membros estão pedindo indenização.

Ex-integrantes relataram à BBC que crianças foram alvo de abuso sexual, físico e emocional em “grande escala”. A maioria das denúncias são referentes a incidentes ocorridos nas décadas de 1980 e 1990.

Essa seita deve ser fechada, mas está no centro de uma investigação policial. A Jesus Army pediu desculpas a qualquer um “que sofreu danos no passado” e pediu às vítimas que contassem o que sofreram às autoridades.

Dez pessoas da Jesus Fellowship Church (Igreja da Irmandade de Jesus, em tradução livre) – que mais tarde viria a ser conhecida como Jesus Army – foram condenadas por vários crimes de natureza sexual.

‘Espancado com varas’

Criada no presbitério de uma pequena capela em Northamptonshire, na Inglaterra, em 1969, a Jesus Army cresceu rapidamente tanto em patrimônio quanto em número de membros. No seu auge, tinha mais de 2.000 integrantes, centenas dos quais viviam em casas comunitárias no centro da Inglaterra.

Oferecia às pessoas desabrigadas ou vulneráveis ?? e às famílias tementes a Deus a promessa de transformação por meio de um modo de vida devoto.

Os moradores eram submetidos a um intenso regime de trabalho e culto. Toda sua renda era direcionada a um fundo comum, e tudo era compartilhado – das roupas íntimas às responsabilidades parentais.

As crianças podiam ser disciplinadas por qualquer adulto, enquanto jovens e recém-chegados eram designados a um pastor do sexo masculino que supervisionava seu desenvolvimento espiritual.

Aos 12 ou 13 anos de idade, as crianças eram frequentemente separadas dos pais. Ex-membros dizem que era um comportamento comum entre os adultos entrar em seus quartos enquanto se despiam ou assistir aos mais jovens tomar banho.

A BBC ouviu relatos de que crianças de até três anos que se comportavam mal podiam ser despidas da cintura para baixo, obrigadas a se curvar e a segurar seus tornozelos enquanto eram espancadas com uma vara.

Estupro, intimidação, lavagem cerebral

Os membros da comunidade viviam sob a autoridade inconteste do criador do movimento, Noel Stanton (1926-2009). Ele pregava diariamente sobre os pecados da carne e amaldiçoava os membros rebeldes como “apóstatas” e dizia que seu destino seria o inferno.

Stanton fundou a Jesus Fellowship Church baseada em um grande conjunto de lojas e outros negócios, além de duas fazendas, que geravam milhões de libras em faturamento anual.

Após sua morte em 2009, a igreja informou à Polícia de Northamptonshire sobre denúncias de crimes sexuais contra Stanton e outros membros. Ao todo, 43 pessoas que estavam ativas na igreja foram ligadas a um histórico de relatos de abusos sexual e físico.

Outras acusações também vieram à tona, como estupros, intimidação, lavagem cerebral, trabalho forçado, servidão financeira e “surras bárbaras” de meninos por grupos de homens.

Foi aberta uma ampla investigação sobre o histórico de abusos cometidos dentro da igreja e evidências de que cinco ex-líderes agiram para encobrir as denúncias.

Um grupo de vítimas insatisfeito com as indenizações propostas pela igreja está agora preparando uma ação legal coletiva envolvendo centenas de pessoas.

British MuseumOs ônibus coloridos do Exército de Jesus levavam membros para recrutar novos integrantes Imagem: British Museum

Segundo um porta-voz da Jesus Fellowship Church, há um plano de reparação formal sendo criado “para fornecer dinheiro e aconselhamento” para “aqueles que haviam sofrido maus tratos no passado”.

Ele disse que o plano foi estabelecido com os envolvidos para garantir que todos fossem tratados de maneira “transparente e imparcial”.

A história de Rose

“Não me lembro de me sentir segura quando criança, acho que as pessoas imaginavam que Deus protegeria seus filhos”, diz Rose*, uma das mulheres que contaram à BBC sobre suas experiências na Jesus Army.

Rose era bebê quando sua família se mudou para uma casa comunal da seita nos anos 1980. Ela diz ter sido um lugar assustador para alguém crescer, com “exorcismos barulhentos e aterradores” praticados em todas as reuniões. “Lembro-me muito bem, quando criança, de um homem ao meu lado que gritava e vomitava no chão.”

Fervorosas sessões de adoração eram realizadas à noite com canções, orações e conversas em línguas, enquanto, na maioria dos fins de semana, campanhas de recrutamento em vilas e cidades eram realizadas. Os seguidores vestiam uniformes de estilo militar e dirigiam ônibus coloridos.

Rose explicou que um dos principais ensinamentos era “não há nada de bom em você como pessoa”. “Tudo em nós era resultado do pecado, e desenvolvi uma completa aversão a mim mesma por causa dessa mensagem”, relata.

Segundo ela, as crianças eram regularmente “disciplinadas” por adultos, incluindo sem-tetos e viciados em drogas tirados das ruas. “Este método de disciplina em público, ser espancado na frente de toda uma congregação de pessoas, era muito humilhante.”

Ela diz que, quando tinha 12 anos, um homem mais velho em sua casa comunitária começou a assediá-la e molestá-la “todo fim de semana”. Rosie afirma que ele costumava tocar a perna dela sob a mesa de jantar ou acariciar seus seios enquanto dava dinheiro para ela comprar sorvete.

“Na época, eu não sabia o que estava acontecendo. Não tinha pensado ou falado sobre meu corpo, e ele usou isso para me molestar todo fim de semana.” Rosie afirma que sabia que a situação era “estranha e desconfortável”, mas sentia “ele deveria ter uma razão para fazê-lo”.

Quando tinha 15 anos, ela diz que outra figura proeminente na igreja a conduziu para trás de um prédio e a forçou a realizar um ato sexual com ele. “Eu sabia que havia acontecido algo errado e sentia muita vergonha”, diz Rose, acrescentando que “as mulheres estavam lá para servir”. “Sempre fomos inferiores.”

Era comum mulheres serem vistas como seres sedutores que corrompiam membros do sexo masculino, disseram antigos integrantes da seita. Então, quando seu agressor contou à igreja o que havia acontecido, Rose disse que ela foi considerada culpada por isso.

Ela agora espera receber uma indenização da igreja e considera denunciar à polícia seus supostos abusadores.

A história de Ben

Ben* nasceu na comunidade nos anos 1980. Quando tinha seis anos, diz que ficou na casa comunitária com um membro do sexo masculino que se despiu e abusou sexualmente dele.

“A mãe do meu pai costumava que eu era muito feliz e sorridente, mas [depois de ser abusado] não me lembro de alguém dizer isso de novo. Minhas memórias posteriores depois são todas de isolamento. Eu me recolhi e não tinha amigos.”

Ele se distanciou de sua família e deixou a igreja quando tinha 17 anos. Recentemente, descobriu que seus irmãos haviam passado por experiências semelhantes, incluindo um de seus irmãos que ele diz ter sido estuprado durante grande parte de sua adolescência.

“Acredito que pelo menos cinco de nós foram abusados ?? de uma forma ou de outra. Tenho raiva da igreja por causa do que fizeram com minha família. Se eles escolheram ignorar isso ou deixar a cargo de Deus, ainda são culpados por terem deixado acontecer. Ainda há pessoas boas na igreja que tem as melhores intenções. Mas tudo foi ofuscado pelo que aconteceu nas casas comunitárias.”

Ben tem falado com a polícia sobre a investigação criminal contra seu agressor, mas diz ter havido pouco progresso até agora.

A história de Philippa

A família de Philippa Muller mudou-se de Surrey para o local onde a Jesus Fellowship Church foi criada, o New Creation Hall, em Northamptonshire, quando ela tinha sete anos.

Seu pai trabalhava no escritório de impostos local e entregava cada centavo de seus ganhos ao fundo comunitária da igreja. A mãe de Philippa, como a maioria das outras mulheres, era uma “serva” e passava seu tempo cozinhando e limpando para garantir que os homens da casa pudessem fazer seu “trabalho piedoso”. “Eu cresci com uma impressão muito negativa sobre o que era ser mulher”, diz Philippa.

Os jovens eram instados a falar de seus pecados – reais ou imaginários -, ensinados sobre manifestações demoníacas e a estar presentes durante exorcismos.

BBCO Jesus Center foi a sede do grupo em NorthamptonImagem: BBC

Eu cresci com uma impressão muito negativa sobre o que era ser mulher’, diz Philippa ? Foto: BBC Eu cresci com uma impressão muito negativa sobre o que era ser mulher’, diz Philippa ? Foto: BBC

Philippa ficou cada vez mais isolada. “Você não podia simplesmente ir tomar um café com alguém, ou ir ao cinema. Tudo era proibido. Não nos permitiram socializar. Não tínhamos TVs. As coisas eram censuradas, pedaços dos jornais eram cortados.”

Um dos amigos íntimos de Philippa fugiu da igreja depois que ela foi agredida por um ancião do sexo masculino.

Philippa tornou-se uma testemunha chave no processo judicial – no qual o ancião foi condenado – mas diz que ela foi “perseguida” pela comunidade da igreja, que a tratou como traidora e mentirosa. Ela saiu da igreja pouco depois.

Agora, à beira do fechamento da Jesus Army, a seita tem um patrimônio acumulado no valor de 50 milhões de libras (R$ 233,2 milhões). Mas deixa um legado angustiante – e um futuro incerto para Philippa e muitas outras vítimas.

*Os nome dos entrevistados foram alterados para preservar a identidade

Fonte: Gazeta Web e BBC News