Frei Betto compara Lula a Jesus e diz que Cunha traiu o ex-presidente “por 30 dinheiros”

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias – em 8 de dezembro de 2015

Frei Betto compara Lula a Jesus e diz que Cunha traiu o ex-presidente “por 30 dinheiros”

O ex-presidente Lula foi comparado ao Messias pelo ex-padre Frei Betto, que é conhecido por seus livros em defesa do comunismo e do regime ditatorial mantido pelos irmãos Castro em Cuba.

Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, é membro da Juventude de Esquerda Católica, entidade política que atua entre fiéis católicos fazendo apologia política às ideologias de esquerda.

Na entrevista concedida ao site Brasil 247, que adota linha editorial também de esquerda, Betto comparou o atual cenário político do país com o cenário retratado por Leonardo Da Vinci no quadro “A Última Ceia”, colocando Lula como Jesus Cristo, cercado por seus apóstolos.

“Lula ainda é o Messias que, na esperança de muitos, poderia salvar o Brasil do retrocesso, e promover a partilha do pão e do vinho, da comida e da bebida. Dilma, a discípula que deveria dar ouvidos ao Mestre. Temer, o apóstolo que aguarda pacientemente a oportunidade de ocupar o lugar do Mestre. Renan, o discípulo que ora fica ao lado do Mestre, ora de Caifás. E Cunha, o Judas, que se vendeu por 30 dinheiros”, disse Betto.

A criatividade irresponsável de Betto ao comparar Lula a Jesus pode ser resultado de anos de militância na vertente extrema dos adeptos da teologia da libertação, movimento com profundas raízes políticas existente há décadas no meio católico.

O ex-padre segue com sua sandice afirmando que, assim como Lula, Jesus e o papa Francisco “são de esquerda”, e justifica o motivo de atribuir ao Messias um status de colega ideológico do ex-presidente observando apenas a posição de seus julgadores: “Morreu como prisioneiro político. Preso, torturado, julgado por dois poderes políticos e condenado à pena de morte dos romanos, a cruz”, disse o escritor comunista, demonstrando ter se desvinculado do sentido primário profetizado para a figura messiânica personalizada em Jesus.

Sobre os evangélicos, Betto afirma que os políticos oriundos dessa tradição religiosa no país são fundamentalistas: “Qualquer participação é legítima, desde que não queira impor ao conjunto da sociedade valores e preceitos que são próprios de um determinado segmento religioso. Isso é fundamentalismo”.

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Eduardo Cunha cede a pressão e deverá iniciar processo de impeachment contra Dilma

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias – em 28 de outubro de 2015

Eduardo Cunha cede a pressão e deverá iniciar processo de impeachment contra Dilma

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), integrante da bancada evangélica, voltou a ser pressionado para dar andamento aos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), por conta dos crimes de responsabilidade fiscal apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Na última semana, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) cobrou de Cunha – investigado por suspeita de corrupção – uma “postura de servo de Deus” para enfrentar o desafio de julgar a chefe da nação: “Tenha coragem de entrar para a história, não como um vilão, como alguém que está barganhando, mas como alguém que vai libertar essa nação, para que essa nação volte a viver, a respirar, a ter fé”, disse, em discurso na tribuna do plenário.

Agora, os demais partidos da oposição a Dilma, incluindo o PSDB, estariam pressionando Cunha de maneira mais enfática: “A oposição fixou o dia 15 de novembro como data-limite para que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, abra o processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Se até a data isso não acontecer, os partidos que defendem a saída da presidente dizem que deixarão de dar apoio a Cunha e trabalharão, efetivamente, para tirá-lo da presidência da Câmara”, informou a jornalista Vera Magalhães, na coluna Radar Online, da Veja.

Como resposta a esse movimento, Cunha já teria dado “sinais para a oposição de que pode nos próximos quinze dias definir a questão do impeachment de Dilma”, segundo noticiou Lauro Jardim, do jornal O Globo. “De acordo com o que [Cunha] tem dito, dará mais duas semanas para o STF se posicionar” sobre seu recurso contra a liminar que derrubou o rito de trâmite estipulado por ele para o processo de impeachment.

“A chance de Eduardo Cunha cair hoje é igual a zero. Até porque ele tem o apoio do PSDB”, acrescentou Jardim.

Diante desse cenário de pressão, conforme informou o jornal Folha de S. Paulo, a Câmara já teria definido que emitirá parecer técnico favorável ao pedido de impeachment apresentado pela oposição, com análise dos juristas Hélio Bicudo (fundador do PT), Miguel Reale Jr. (ex-ministro da Justiça) e Janaína Paschoal.

Ideia de usar igreja para receber propina partiu de Eduardo Cunha, diz delator do petrolão

 Publicado por Tiago Chagas – gnoticias – em 19 de outubro de 2015

Ideia de usar igreja para receber propina partiu de Eduardo Cunha, diz delator do petrolãoO lobista Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no petrolão, afirmou à Operação Lava-Jato, em delação premiada, que a ideia de repassar propinas através de doações à Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira foi do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Baiano contou que Júlio Camargo, outro lobista do esquema de corrupção na Petrobrás, realizou o depósito de parte das propinas que seriam destinadas a Cunha em uma conta da Assembleia de Deus Madureira após sugestão do próprio, como forma de “limpar” a entrada dos valores.

“Cunha sugeriu que Júlio Camargo fizesse duas doações [à igreja], no total de R$ 250 mil, cada uma no valor de R$ 125 mil”, afirmou Baiano, de acordo com informações do jornal Valor Econômico.

O depoimento de Baiano corrobora as afirmações de Camargo e os dados obtidos durante as investigações da Polícia Federal através da Operação Lava-Jato, apontando que os R$ 250 mil seriam parte de uma propina acertada após a assinatura de um contrato para fornecimento de navios-sonda à Petrobrás.

De acordo com Fernando Baiano, Cunha teria se aproximado dele para conseguir uma forma de cobrar as propinas que haviam parado de ser pagas: “Júlio Camargo começou a dizer que estava tendo dificuldade para disponibilizar dinheiro em espécie para pagar Eduardo Cunha, então, o depoente [Baiano] sugeriu que Júlio Camargo fizesse uma doação oficial para Eduardo Cunha ou para o PMDB”, diz trecho do relatório do depoimento.

No entanto, o lobista argumentou que existiam limites impostos por lei para doações oficiais, e aí foi que surgiu a ideia de usar a igreja como repassadora: “O depoente [Baiano] informou isso [impossibilidade de doação oficial] a Eduardo Cunha e então Eduardo Cunha pediu ao depoente para questionar se Júlio Camargo poderia, então, fazer uma doação para uma igreja”, diz o documento.

Agora, esse depoimento de Fernando Baiano está anexado à denúncia feita pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra Eduardo Cunha no Supremo Tribunal Federal (STF).