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Cientistas estudam escrituras de Gênesis e descobrem padrão ‘vida’ e ‘morte’

 

Por Giana Guterres | Correspondente do The Christian Post

Vários "códigos da Bíblia" já foram estudados e divulgados. Dessa vez, o cientista britânico Gordon Rugg, da Universidade Keele e o americano David Musgrave, da Universidade Amridge, criaram o programa Search Analyzer. A ferramenta faz análise de textos. O estudo do livro bíblico de Gênesis mostrou que o padrão utilizado nos textos apresentam o mesmo padrão da mídia de hoje.

  • bíblia

Segundo o Science Daily, os cientistas ao submeterem o primeiro capítulo da Bíblia para análise em seu software, constataram um "padrão escondido". Com o programa, o texto completo é colocado como uma grade. Para cada palavra há um quadrado e as palavras pesquisadas serão visualizadas em quadrados coloridos.

Para exemplificar, os pesquisadores mostraram a busca pelas palavras "vida" e "morte" no Livro de Gênesis. Dispostos em escalas, faz uma espécie de "sanduíche", colocando um tema entre duas menções de outro tema. O chamado escalonamento das palavras-chaves mostra que os versículos que abrem e terminam as divisões principais do livro referem-se em maioria à "vida". Já à "morte" só é encontrada em versículos centrais.

Essa estrutura é conhecida pela retórica e utilizada pela imprensa. Quando más notícias são intercaladas por notícias boas cria-se a sensação de otimismo entre as crises. “A estruturação dos termos vida e a morte em Gênesis é que não nunca foi estudado antes”, reforça Rugg, que leciona Computação e Matemática.

A pesquisa foi apresentada em Chicago (EUA), na reunião da Associação de Escolas de Pesquisa Oriental.“Nosso novo método para visualizar textos permite que um livro inteiro seja comtemplado em apenas uma página A4, permitindo que os padrões sejam vistos facilmente. Trata-se de uma forma simples e rápida para que pesquisadores identifiquem padrões, ou vejam quando são pistas falsas, uma informação importante para quem lida com textos grandes”, explicou Rugg.

Ao pesquisar outros termos, o software não apontou nada parecido, o que mostra que não é uma fórmula aleatória. Outro termo pesquisado, "gerou", comprovou teses de téologos.Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João se assemelham aos temas e estruturas do Antigo Testamento. Quando aplicada a busca revela um padrão impressionante na primeira parte de Gênesis. O padrão é espelhado na primeira parte do evangelho de Mateus. A ferramenta está disponível no site www.searchvisualizer.com.

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Ciência Noticias

Cientistas descobrem espécies em respiradouro de vulcão sob o Índico

 

Rebecca Morelle

Repórter de Ciência da BBC News

Atualizado em  28 de dezembro, 2011 – 13:50 (Brasília) 15:50 GMT

Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, capturaram imagens impressionantes em um dos pontos mais inóspitos do fundo do Oceano Índico.

As imagens, capturadas com a ajuda de um robô na Cadeia de Montanhas Submarinas do Sudoeste Índico, foram feitas enquanto os cientistas pesquisavam as aberturas de vulcões submarinos, no fundo do oceano.

Descobertos em 1977, estes respiradouros hidrotermais são fissuras no fundo do oceano que expelem água muito quente, rica em minerais. Apesar das temperaturas altíssimas, estas áreas podem abrigar ecossistemas variados.

A equipe de cientistas britânicos se concentrou nas aberturas do sudoeste índico porque esta cadeia está ligada à Cadeia de Montanhas do Oceano Atlântico e à Cadeia Central Índica, locais onde a vida marinha já foi bem documentada.

Imagem capturada por robô submarino (Cortesia: Universidade de Southampton)

Cientistas usaram robô submarino para capturar imagens (Cortesia: Universidade de Southampton)

Nesta nova pesquisa, os cientistas da Universidade de Southampton encontraram moluscos, crustáceos, mexilhões e outras criaturas. Em seguida, eles compararam estas criaturas com as encontradas em respiradouros vulcânicos de cadeias submarinas vizinhas.

"Eu esperava (encontrar por) lá algumas semelhanças com o que sabemos do Atlântico, e algumas semelhanças com o que sabemos das aberturas do Oceano Índico, mas também encontramos animais que não são conhecidos em nenhuma daquelas áreas, e isto foi uma grande surpresa", disse o professor Jon Copley, pesquisador-chefe do projeto.

Encruzilhada

A área pesquisada pelos cientistas é diferente das outras, pois tem menos atividade vulcânica do que outras cadeias submarinas, com menos respiradouros.

Para capturar as imagens, os pesquisadores usaram um robô submarino chamado Kiel 6000, do Instituto de Ciências Marinhas de Leibniz, na Alemanha. As descobertas do robô surpreenderam os cientistas.

"Este lugar é uma verdadeira encruzilhada em termos de espécies de respiradouros no mundo todo", disse Copley.

"Uma (das descobertas) foi um tipo de caranguejo yeti. Existem atualmente duas espécies descritas de caranguejo yeti conhecidas no Oceano Pacífico, e (esta última descoberta) não é como as outras, mas é o mesmo tipo de animal, com braços longos e cabeludos", afirmou.

Imagem capturada por robô submarino (Cortesia: Universidade de Southampton)

Pesquisadores encontraram espécies desconhecidas

"Também (encontramos) alguns pepinos-do-mar, desconhecidos dos respiradouros do Atlântico ou da Cadeia Central Índica, mas conhecidos no Pacífico."

"Temos ligações com várias partes diferentes do mundo aqui", disse o cientista.

Diversidade

A diversidade das criaturas encontradas também surpreendeu os cientistas.

"Em muitos outros campos com respiradouros, nesta zona quente, você encontra animais que frequentemente são de apenas um tipo: na Cadeia do Atlântico é apenas camarão. Mas aqui vimos três ou quatro ao mesmo tempo", disse Copley.

As descobertas devem ajudar os pesquisadores a descobrir mais sobre como as criaturas se movem de abertura em abertura. Estes respiradouros têm vida curta e, se as criaturas que habitam a área não tiverem a habilidade de se mover de um sistema para outro, a vida nestas regiões seria extinta.

Imagem capturada por robô submarino (Cortesia: Universidade de Southampton)

Diversidade de espécies surpreendeu cientistas

Apesar destas descobertas, os pesquisadores temem pelo futuro da região.

A China conseguiu uma licença para explorar o potencial de mineração destes respiradouros, concedida pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, sigla em inglês), entidade que regula a exploração nos oceanos.

"Seria muito prematuro começar a perturbar (as espécies da região) antes de descobrirmos totalmente o que vive lá", afirmou o cientista.