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Bispos da CNBB negam apoio à PT e são contra patrocínio de panfletos

CABO ELEITORAL

 

Bispos do braço paulista da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) recuaram e divulgaram nota neste domingo na qual agora dizem que "não indicam nem vetam candidatos ou partidos" e enfatizam "que não patrocinam a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra" os que disputam as eleições presidenciais.

O mesmo bispo que assina a nota, d. Nelson Westrupp (Santo André), também assinou texto da Regional Sul 1 da CNBB (que reúne os bispos paulistas) datado de 26 de agosto que atribuía posições pró-aborto ao PT, ao governo federal, ao presidente Lula e à presidenciável petista Dilma Rousseff.

A Regional Sul 1 é presidida por dom Nelson. Além dele, também assinavam o texto antipetista dom Benedito Beni dos Santos (vice-presidente da Regional Sul 1) e dom Airton José dos Santos (secretário-geral).

No texto de agosto, chamado "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", os bispos recomendaram aos eleitores que votassem "somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto".

O texto virou um panfleto e foi distribuídos em missas em Belo Horizonte (MG) e em Aparecida (SP) por cabos eleitorais contrários ao PT.

Os panfletos que recomendavam votos contra o PT nas eleições presidenciais foram encomendados pela Diocese de Guarulhos _atualmente dirigida pelo bispo dom Luiz Gonzaga Bergonzini.

"O Regional Sul 1 da CNBB desaprova a instrumentalização de suas declarações e notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos", diz um trecho da nota divulgada neste domingo, em Indaiatuba (SP), onde os bispos paulistas se reuniram neste fim de semana.

A nota diz ainda que os bispos "não indicam nem vetam candidatos ou partidos e respeitam a decisão livre e autônoma de cada eleitor".

Cerca de 50 bispos paulistas se reuniram durante duas horas na noite de sábado para redigir a nota que demonstra o recuo da regional.

Os bispos avaliaram que o erro do texto de agosto –já retirado do site da regional– foi ter citado a sigla do PT e ter feito referência direta à presidenciável petista.

"O erro que foi a apresentação de siglas partidárias. Isso não poderia ter acontecido. Você pode fazer uma nota tranquilamente, mas a partir do momento que você cita nomes e cita partidos políticos aí você fere as pessoas", disse o bispo de Limeira (SP), dom Vilson Dias de Oliveira, coordenador da comissão de comunicação da regional.

Agora a seção paulista da CNBB recomendou que bispos evitem citar nomes de partidos ou de políticos em manifestações públicas _como cartas ou declarações.

Os bispos que comandam a regional não quiseram se manifestar neste domingo.

Data: 18/10/2010 08:16:02
Fonte: Folha Online

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Sob liderança de Lula o Brasil pode caminhar para uma ditadura civil, alerta Hélio Bicudo

 

por Mel Bustamante, domingo, 17 de outubro de 2010 às 03:04

* Vale a pena ler a entrevista completa do o Jurista Hélio Bicudo… Revelações incríveis, que poderiam nos ajudar a despertar par a realidade,  antes de escolher o candidato do dia 31 de outubro.

* Ao ler sobre a opiniao deste sério jurista, que foi cofundador do PT e que ali esteve por anos… fico pensando qe nós, amigos, estamos com um tremendo desafio – abrir os olhos, ouvidos e a bocado nosso povo!

Eduardo Anizelli/Folha

Durante 25 anos, a biografia de Hélio Bicudo enfeitou os quadros do PT.

Com o passar do tempo, o promotor franzino tornou-se um estorvo.

Em 2005, ano do mensalão, achou que era hora de se desfiliar.

Há semanas atras, Bicudo, 88, voltou ao meio-fio num em defesa da democracia e da liberdade de imprensa.

Uma reação a Lula.

Acha-o diferente do Lula de quem fora vice, nos anos 80, numa chapa que disputou o governo de São Paulo.

Em entrevista veiculada em ‘A Gazeta’, Bicudo declara: sob a liderança de Lula, “o Brasil pode caminhar para uma ditadura civil”.

Vão abaixo algumas de suas declarações:

– A democracia está sob ameaça?

Acho que sim, porque o presidente da República ignora a Constituição, se acha acima do bem e do mal, e, com uma vitória que está delineada em favor da sua candidata, concentrará todos os poderes da República em suas mãos, além do apoio da maioria dos Estados e da população em geral.

Com uma pessoa com esse potencial, e que não vê no ordenamento jurídico do país a maneira de estabilizar as discussões e debates, o Brasil pode caminhar para uma ditadura civil, sem dúvida.

Depois de 25 anos no PT, imaginou que isso pudesse acontecer?

De início, não, mas no final, achava que aconteceria essa reviravolta.

Foi marcante aquela carta aos brasileiros que Lula escreveu antes da sua primeira eleição, demarcando uma posição muito mais para o neoliberalismo do que para o socialismo.

Vê diferenças entre o neoliberalismo de FHC e de Lula?

Não há nenhuma diferença, porque quem comanda as decisões políticas hoje, como ontem, é o próprio capital.

– O PT indicava uma prática diferente?

O PT fazia uma oposição bastante forte nos governos Sarney e Fernando Henrique.

A partir do governo Lula, a unanimidade popular que ele foi conquistando afastou a oposição do seu caminho.

E o que aconteceu?

Sobre o mensalão e os outros atos de corrupção apontados, nada se fez.

Quando Lula diz que é presidente da República até sexta-feira à noite, e depois fecha a gaveta e só volta na segunda-feira, pratica crime de responsabilidade.

Afinal, como presidente ele jurou obedecer às leis do país.

E a Constituição não permite que um presidente da República participe da campanha eleitoral como ele está participando. >

É crime que leva ao impeachment, mas nem os partidos políticos, nem a sociedade civil movem nenhuma pedra contra isso.

– O que esperar de Dilma?

Quem continuará mandando no país vai ser Lula.  Dilma diz que ela é o Lula.

Então as coisas continuarão como estão, com a mesma corrupção, o mesmo manejo da coisa pública.

– Imaginava voltar às ruas em defesa da democracia?

A gente fica frustrado, depois de uma longa luta em prol da democracia, ver o que estamos vendo.

E acho que não temos democracia, até pela maneira pela qual se conduz a vida pública, onde um grupelho toma conta do governo, pondo nele seus parentes, seus amigos…

Não é o governo do povo.

Veja a própria constituição do Supremo Tribunal Federal, onde não se fez uma consulta maior para a escolha dos ministros. Ela foi pessoal, feita pelo próprio presidente.

Leis passam na Câmara e no Senado, por atuação da presidência da República, que transformou o Legislativo em algo sem a menor expressão. […]

Quem manda no país, passa por cima das leis é ele, Lula.

Vai eleger a presidenta que fará o que ele quiser.

– Como vê Lula?

Ele, que poderia usar essa inteligência para implementar e fortalecer a democracia no país, mas optou por incrementar o poder pessoal. […]  Ele sempre mandou no partido, afastou as lideranças que pudessem competir com ele.

É o dono, sente-se acima do bem e do mal.

Os escândalos e o ‘eu não sabia’: 

Ele sabia de tudo, deixou as coisas escaparem.

A oposição não atuou e, hoje, chegamos onde estamos.

– Incompetência da oposição?

Foi inexistência de oposição

– A saída do PT, em 2005:   Saí porque achei que o partido não estava trilhando a estrada que havia traçado no seu nascedouro. ( Por quê a marina não fez isso junto com ele… ??? )

Lulla deixou de representar o povo.

Pode até ter o voto do povo, mas representa os interesses daqueles que o comandam.

– Lula e a imprensa:

Olha, Lula vive dizendo que a imprensa o prejudica. Eu acho que a imprensa tem ajudado Lula e seus candidatos.

Você não pega um jornal, um programa de televisão, que não exiba um retrato dele.

O povo não vê o que está escrito além dá manchete. Funciona como propaganda.

– Lula e a popularidade:

Mis-en-scène…

Pergunto: com tudo isso, o que o Brasil conseguiu, do ponto de vista internacional? Zero.

A questão da popularidade não tem relação com a eficiência. Olha o caso do Irã. Tem maior vergonha do que isso? </span>

Nossa política externa é péssima.

O Brasil não conseguiu colocar uma pessoa em cargo relevante no conceito internacional.

Em matéria de Direitos Humanos , botaram lá em Genebra uma pessoa que jejuna nessa área.

– O  ‘ato contra o golpismo midiático’, com CUT, UNE, movimentos sociais e políticos governistas:

Lula sempre diz que há uma revolução midiática para retirá-lo do poder.

Os pelegos dele é que fizeram o movimento em contrário ao nosso.

– O manifesto pró-liberdade de expressão:

No primiro dia, mais de 20 mil pessoas já tinham assinado o nosso documento. A semente foi plantada, e agora depende da sociedade.

Porque o problema é também de pós-eleição. Repetindo o que já foi dito: se você não vigia, não tem democracia.

Deve-se vigiar permanentemente quem governa o país, para que não haja desvios.

Seja quem for eleito, independentemente do partido político.

– Vê méritos neste governo?

A questão é: o que o governo pretende com sua atuação? Para mim, só autoritarismo.

– O convívio com Lula:

Sim, mas os tempos mudaram completamente.

Ele acabou com as lideranças do partido, e lançou uma pessoa que nem era do partido, tradicionalmente, à presidente …

Hoje o PT não tem diferença nenhuma dos outros partidos.

http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=75752

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Irmão de diretor da Eletrobras negocia projetos de energia

17/10/2010 – 05h06

DE SÃO PAULO

O irmão do diretor de Engenharia e Planejamento da Eletrobras, Valter Cardeal –homem forte de Dilma Rousseff (PT) no setor elétrico–, atua como consultor de empresas interessadas em investir em energia eólica, área que terá R$ 9,7 bilhões em investimentos do PAC 2. A informação é da reportagem de Silvio Navarro e Fernanda Odilla publicada na edição deste domingo da Folha e disponível na íntegra para assinantes do jornal e do UOL

Edgar Luiz Cardeal é dono da DGE Desenvolvimento e Gestão de Empreendimentos, criada em 2007 para elaborar projetos no setor.

O responsável pela gestão do Proinfa, programa de incentivo ao uso de energias alternativas –como a eólica– é o irmão do empresário.

Valter Cardeal é braço-direito de Dilma no setor elétrico há 20 anos. Quando a presidenciável do PT foi secretária de Minas e Energia do RS, ele era diretor da CEEE, empresa estadual de energia.

Ele também preside o Conselho de Administração da Eletrosul, que gerencia a política energética no Sul –onde atua a empresa do irmão–.