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Casal de negros fica chocado com o nascimento de filho branco e loiro

 

Apesar de ter explicação genética, homem é alvo de suspeitas quanto à sua paternidade

   Reprodução

Um casal de negros contou ao jornal Daily Mail o quão surpreso ficou com o nascimento de Daniel, ummenino branco e loiro. O pai, Francis Tsibangu, admitiu: “meu primeiro pensamento foi: será que ele é mesmo meu?”. Ele e Arlette já eram pais de Seth, 2 anos, um garoto que, assim como eles, reflete as características da ascendência africana.
A explicação para o caso está na genética, pois houve uma ligeira mutação, o que não significa que Daniel seja albino. Francis, que nasceu no Congo, explicou que até mesmo os médicos suspeitaram de suapaternidade. “Então olhei para Arlette e tive certeza de que o filho era meu. Estamos juntos há 3 anos e nunca houve problemas de infidelidade entre nós.
A certeza de que Daniel era mesmo seu filho veio quando Francis abaixou-se para beijar o menino. Nesse momento, ele pode perceber traços dele e da mulher na criança. “Ele tem o meu nariz e a boca da Arlette”, afirmou o homem ao jornal britânico.
A mãe disse que a reação na sala de cirurgia foi de silêncio, todos estavam chocados, inclusive ela. “Os olhares dos médicos e enfermeiras diziam tudo: todos se perguntavam como é que eu podia ter tido um bebê branco. No entanto, como qualquer mãe que acaba de dar à luz, a minha principal preocupação era se ele era saudável”, afirmou ela.
Francis afirmou que sabe sobre as suspeitas que irão acontecer em torno da família. “Eu sei que vai existir quem diga que minha mulher teve um caso, mas eu confio nela completamente e sei que isso não aconteceu. Mesmo se ela tivesse se envolvido com um homem branco, o bebê nasceria mestiço, com os cabelos pretos, por exemplo, e não lisos e loiros como os de Daniel.”
Apesar de toda a especulação, o casal afirma que a cor da pele do menino não é o mais importante. “O que vale é que temos um filho saudável e que é muito amado”, acrescentou Francis.

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Estudos

Patriarca de índios dos Andes viveu há 5.000 anos, diz DNA

20/04/2011 – 10h54

 

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA

Pesquisadores brasileiros, junto com colegas da Bolívia, do Equador e do Peru, estão começando a usar o DNA para investigar a pré-história das poderosas civilizações dos Andes que floresceram antes de Colombo.

Em comunidades atuais habitadas por descendentes dos incas, eles flagraram a assinatura genética do que o pesquisador Fabrício Rodrigues dos Santos, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), chama de um "Adãozinho andino".

A comparação com o personagem bíblico se justifica porque a assinatura genética vem do cromossomo Y, a marca genética da masculinidade em mamíferos como nós.

Todo pai lega uma versão de seu cromossomo Y aos filhos do sexo masculino. E são justamente mutações nas "letras" químicas desse cromossomo que ajudam a diferenciar linhagens de homens ligadas a grandes eventos históricos, como migrações, expansões populacionais e guerras.

Foram dados do cromossomo Y, por exemplo, que sugeriram o brutal impacto reprodutivo do conquistador mongol Gêngis Khan (1162-1227) sobre a população do mundo: nada menos que 12 milhões de homens carregariam uma variante de seu Y.

Ivan Luiz/Arte

MODÉSTIA

O diminutivo empregado por Santos já mostra que o anônimo patriarca andino provavelmente não realizou um feito tão impactante.

Segundo cálculos dos pesquisadores, ele teria vivido há pouco mais de 5.000 anos. Pelo que os dados indicam até agora, ele possui descendentes espalhados por nove comunidades indígenas, oito delas nos Andes peruanos e uma na Bolívia. Em algumas populações estudadas, seus "filhos" chegam a ser perto de 70% dos homens.

O dado é importante porque até agora os geneticistas tinham sofrido para achar variantes do cromossomo Y que ajudassem a contar a história das populações da América do Sul.

As versões bem estudadas do cromossomo valem só para grandes divisões populacionais, que não dizem muita coisa sobre a origem de tribos ou civilizações.

A coisa começa a mudar no novo trabalho, cuja primeira autora é Marilza Jota, colega de Santos na UFMG. A assinatura genética que os cientistas identificaram é sutil, a troca de uma única "letra" química do DNA, um C (citosina) que virou um T (timina).

O momento em que essa linhagem se originou é, em si, sugestivo: trata-se da época imediatamente anterior ao avanço da agricultura do milho nos Andes. Os descendentes do portador do Y poderiam, em tese, ter se multiplicado graças a essa nova tecnologia agrícola.

"Quem sabe não achamos outro marcador que ajude a contar a história de ancestralidade e descendência dos incas? É disso que estamos atrás agora", afirma Santos, para quem os dados sugerem que a meta pode ser viável.

O estudo sobre o patriarca andino será publicado numa edição futura da revista científica "American Journal of Physical Anthropology". O trabalho integra o Projeto Genográfico, iniciativa patrocinada pela National Geographic para mapear a história humana com a ajuda dos genes de povos indígenas.

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Casa Branca dá sinal verde à pesquisa de vida artificial

16/12/2010 – 16h02

DA FRANCE PRESSE

A Casa Branca anunciou nesta quinta-feira que o campo controverso da biologia sintética ou da manipulação de DNA de organismos para criar novas formas de vida traz riscos limitados e seu avanço deveria ser permitido.

Um painel de especialistas reunido pelo presidente americano, Barack Obama, recomendou vigilância e autorregulação enquanto os cientistas procuram formas de criar novos organismos que pudessem resultar em inovações úteis em energia limpa, controle da poluição e medicina.

A Comissão Presidencial para o Estudo de Questões Bioéticas concluiu: "Abiologia sintética é capaz de feitos significativos, mas limitados, com riscos limitados."

"Os desenvolvimentos futuros podem despertar novas objeções, mas a comissão não encontrou razões para endossar regulações federais adicionais ou uma moratória no trabalho neste campo por enquanto", acrescentou o relatório.

O painel com 13 cientistas, especialistas em ética e em políticas públicas foi criado por Obama no ano passado. Sua primeira missão foi considerar a questão da biologia sintética, depois que o Instituto J. Craig Venter anunciou, em maio, ter desenvolvido a primeira bactéria autorreplicável controlada por um genoma sintético.

Para os críticos, a descoberta era o equivalente a "brincar de Deus", criando organismos sem o entendimento adequado sobre as consequências, perturbando a ordem natural.

Ao anunciar a criação da "primeira célula sintética", o chefe das pesquisas Craig Venter disse na época: "Certamente mudou minha visão sobre as definições da vida e de como ela funciona."

Mas a comissão informou que a equipe de Venter não criou vida realmente, já que o trabalho envolveu, sobretudo, a alteração de uma forma de vida já existente