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Caio Fabio: “Na Papuda, fui tratado como se fosse Jesus, por todos!”

Líder evangélico disse que fez a diferença na cadeia

       “Na Papuda, fui tratado como se fosse Jesus, por todos!”

O pastor Caio Fabio usou as redes sociais nesta terça-feira (30) para comentar os quatro dias que passou na penitenciária da Papuda, no Distrito Federal.

Preso pela Polícia Federal no dia 24, sua detenção foi tratada como boato até que “vazou” um áudio onde ele procurava explicar a situação para as pessoas ligadas ao seu ministério. Dois dias depois, outro áudio, gravado pela sua esposa, Adriana pedia que as pessoas orassem por ele e evitassem falar no assunto, mas ressaltou que Caio Fabio estava evangelizando lá dentro.

Solto com Habeas Corpus no sábado, o pastor postou um breve vídeo nas redes sociais onde afirmou que seus dias na penitenciária foram “de envio apostólico missionário”.  Segundo ele, tudo ocorreu para que cumprisse o que havia pregado na semana anterior, sobre os cristãos serem “cartas vivas”. Declarou que foram “dias de milagres, de graça e de maravilhas” e que teve um sinal singelo “que tudo aquilo foi apenas missão”.


  No vídeo desta terça, ele mostra imagens do momento em que foi solto e foi enfático ao declarar que houve choro dos outros detentos pela sua partida. “Eu tenho 136 pessoas de testemunha lá dentro, por que eles me trataram como se Jesus tivesse ido passar 3 noites e um dia na prisão”. O texto que acompanha o vídeo diz: “”Na Papuda, fui tratado como se fosse Jesus, por todos!”

 O pastor ressaltou ainda que foi tratado “como um anjo do Senhor por todos: os internos e a administração”. Explicou que recebeu muito “carinho e reverência” e ouviu que cerca de 90% dos que estão na papuda tem o hábito de assistir suas ministrações e programas da Vem e Vê, sua TV online.

O líder evangélico disse que fez a diferença na Papuda, enchendo o lugar de luz e que “está  impregnado para todo lado, como a semente do Reino que vai entrando em todos os lugares”. Finalizou agradecendo a Deus “por tudo isso”.

Entenda o caso

O líder do Caminho da Graça responde na justiça pelo envolvimento no chamado “dossiê Cayman”, uma série de documentos falsos que vieram à tona em 1998, nas vésperas da eleição presidencial. Ele continha dados sobre uma empresa e de contas que supostamente eram controladas por Fernando Henrique Cardoso, candidato à reeleição.

O conjunto de papéis também mostrava depósitos de US$ 368 milhões nessas contas, dinheiro arrecado por meio de propina recebida pela privatização de empresas do setor de telecomunicações.

A participação de Caio teria sido uma intermediação, junto a Lula, o principal concorrente de Fernando Henrique. O pastor sempre negou ser culpado, dizendo ter sido envolvido por terceiros.  Acabou condenado em 2011, mas recorreu. Este ano, por falta de acompanhamento do seu advogado, acabou levado para a prisão. Com informações do Gospel Prime

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Processo contra pastor foi “anulado pela Justiça após dossiê Cayman

CAIO FÁBIO LIVRE

caio fábio

O reverendo Caio Fabio conseguiu na Justiça Eleitoral anular o mandado de prisão emitido pela juíza Léa Maria Barreiros Duarte, em circunstância da condenação dele a quatro anos de prisão em regime semi-aberto e quarenta dias multa no valor de dois salários-mínimos cada dia, no processo pelo crime de calúnia contra o presidente da República.

O processo foi movido a partir do suposto envolvimento de Caio Fábio com o Dossiê Cayman, que tentava incriminar os candidatos do PSDB durante as eleições presidenciais de 1998. Após a condenação, Caio Fábio apresentou recurso contra o julgamento em primeira instância, porém uma vez negado, o mandado de prisão havia sido emitido pela juíza.

Após o julgamento, Caio Fábio relatou que seu envolvimento foi involuntário: “Eu passei a vida adulta, depois de convertido, tentando fazer aquilo que realizava o bem ao meu próximo. No entanto, em 1998, eu me vi no meio de uma trama diabólica, de natureza política (ambiente no qual eu nunca havia andado, pois, nunca nele confiei), a qual, pela sua própria natureza, em sendo verdade, faria bem ao país, mas não sendo verdade, poderia fazer muito mal a algumas pessoas, entre elas o Presidente Fernando Henrique Cardoso”.

Confiante de que a justiça seria feita, Fábio afirmou que a sentença não tinha fundamento e que confiava em Deus a respeito da decisão tomada pela juíza: “Assim, aprendi mais uma importante lição na vida, e dela jamais me esquecerei: Deus é Aquele que muda o coração dos reis assim como muda as curvas de um riacho. E isso tudo sem a intervenção humana no processo. A cada dia que passa, mais aprendo que Deus tem a vida de todos em Suas mãos, e que remove reis e estabelece reis”.

Mariel Marra, teólogo que vem acompanhando o caso, escreveu artigo no site “Guerreiros da Luz” onde afirma que “Caio Fábio não corre mais risco de ser preso a qualquer momento, visto que o provimento do recurso conseguiu derrubar o mandado de prisão que estava em aberto contra ele”.

A decisão da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no dia 13/01/2012 manifestou-se pelo provimento do recurso criminal RC Nº 16889, proposto na segunda instância da Justiça Eleitoral de São Paulo pela Adv. Gysela Lohr Muller em favor Caio Fabio.

A emissão do mandado de prisão havia ocorrido pois os recursos haviam sido apresentados fora do praz legal, porém, de acordo com o parecer da PRE as decisões referentes ao processo foram declaradas nulas e os atos subsequentes foram igualmente anulados, o que gerou a emissão do contra mandado de prisão contra Caio Fábio.

O processo ainda não está encerrado, mas com a decisão, o reverendo poderá continuar recorrendo à Justiça em liberdade.