Marina Silva diz que “ódio” contra ela se deve ao fato de ser “filha de pobre, preta e evangélica”

Avatar de Tiago ChagasPublicado por Tiago Chagas em 15 de setembro de 2014

Marina Silva diz que “ódio” contra ela se deve ao fato de ser “filha de pobre, preta e evangélica”A candidata à presidência da República pelo PSB, Marina Silva, afirmou que tem sido vítima de preconceito justamente por se enquadrar em estereótipos que culturalmente são discriminados.

Num discurso no último sábado (13) em João Pessoa (PB), Marina disse que se tornou alvo de uma “campanha de ódio” por ser “filha de pobre, preta e evangélica”.

“Onde já se viu querer que a gente diga a verdade sobre a sua trajetória e a sua biografia? Filha de pobre, preta e evangélica é para ser desrespeitada, caluniada, tratada com preconceito”, disse Marina, com alta dose de ironia.

Seu discurso era direcionado aos adversários políticos do PT, que têm convocado militantes para “desconstruir” a imagem que Marina tem junto aos eleitores.

Marina afirmou que luta para melhor o país, pois o povo brasileiro é tolerante com as diferenças, e as pessoas convivem “de forma respeitosa, amorosa, acolhedora entre quem crê e quem não crê, entre quem é católico e quem é evangélico”, e lamentou que em época de eleição, a ânsia por vencer abre espaço para o “ódio”.

A jornalista Isadora Peron, que cobriu a visita da ex-senadora a João Pessoa, escreveu em sua reportagem que “desde que subiu nas pesquisas, Marina tem sido alvo de fortes ataques, principalmente do PT, partido do qual fez parte por mais de duas décadas”.

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Rede Fale lança campanha contra o “voto de cajado”: “Foco é combater curral eleitoral em igrejas”

Avatar de Tiago ChagasPublicado por Tiago Chagas em 12 de setembro de 2014

Rede Fale lança campanha contra o “voto de cajado”: “Foco é combater curral eleitoral em igrejas”As indicações de candidatos com tom de determinação feitas por pastores evangélicos é uma prática recorrente nas igrejas, e a Rede Fale iniciou uma campanha para coibir a ocorrência desses casos.

A proposta de conscientização do público é baseada no slogan “Diga Não Ao Voto de Cajado”, numa referência ao instrumento utilizado pelos pastores de ovelhas para guiar seu rebanho.

Com o objetivo de tornar o eleitor evangélico um pouco mais consciente do peso do voto, a campanha quer combater o uso da fé como ferramenta de manipulação eleitoral: “Nosso foco é trabalhar para combater a estratégia de angariação de votos dos membros da igreja como curral eleitoral”, afirma a secretária-executiva da Rede Fale, Morgana Boostel, 27 anos, que é psicóloga e fiel da Igreja Batista.

A Rede Fale reúne membros de diversas igrejas evangélicas, e na entrevista concedida por Morgana ao jornal Estado de Minas, a psicóloga

Um dos cartazes da campanha

afirmou que a entidade é contra o uso do espaço religioso como plataforma eleitoral. Segundo ela, além da prática não ser um exemplo da “melhor tradição cristã de participação política”, também é proibida pela legislação eleitoral vigente, que proíbe pastores, bispos e padres de fazer propaganda eleitoral e fixar ou distribuir material de campanha nos templos.

Um manifesto divulgado pela Rede Fale pondera que um dos equívocos que podem ser facilmente cometidos por cristãos que se lançam na política é achar que, por ser “crente”, tem uma benção divina para exercer um mandato.

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“PT pratica preconceito religioso boçal contra a fé de Marina Silva”, escreve jornalista

Avatar de Tiago ChagasPublicado por Tiago Chagas em 5 de setembro de 2014

“PT pratica preconceito religioso boçal contra a fé de Marina Silva”, escreve jornalistaO jornalista Reinaldo Azevedo criticou o que chamou de “preconceito religioso boçal” que a campanha petista e parte da imprensa tem praticado contra a candidatura de Marina Silva (PSB).

Num artigo publicado em sua coluna no site da revista Veja, Azevedo afirmou que é correto propor o debate na campanha, e confrontar a ex-senadora com seu passado e suas propostas atuais, e que a própria Marina deve lidar com isso da melhor maneira possível.

“Marina tem de aprender a ser confrontada. Afinal, a vida pública é distinta da militância numa ONG, em que todos partilham do mesmo propósito. É forçoso lidar com o contraditório”, escreveu Azevedo.

O texto do jornalista reforça que é obrigação dos demais candidatos expor os pontos que acham frágeis ou incongruentes nas propostas do programa de governo do PSB: “Dilma e Aécio têm o dever de confrontar Marina, porque não é menos verdade que Marina os confronta, dizendo por que tem de ser ela, não eles, a assumir a Presidência da República em 2015”, ponderou.

Porém, o jornalista – que é católico praticante – afirmou ser uma “baixaria” os questionamentos e ataques feitos a Marina por ela ser uma evangélica, membro da Assembleia de Deus Plano Piloto, em Brasília (DF).

Em sua conclusão, o jornalista – que é um notório crítico do governo petista – diz que os militantes do Partido dos Trabalhdores dizem combater o preconceito usando outro pensamento simplista e pejorativo: “Tenta-se fazer blague com ela [Marina}, ridicularizá-la, porque leria a Bíblia antes de tomar decisões. Se ela lesse bula de remédio, seria melhor? E se lesse os Diários de Che Guevara ou alguma obra sobre budismo? Aí poderia ser incensada ou por esquerdistas ou por cultores de orientalismos? Qual será o paradigma do PT? Combater o suposto preconceito contra gays com o preconceito contra evangélicos?”, questionou.