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Russomanno volta a tentar distanciar sua imagem da Universal

 

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DE SÃO PAULO

O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, refutou ontem o título de "candidato dos evangélicos" e voltou a tentar desvincular a imagem de sua campanha da Igreja Universal, instituição à qual o seu partido é ligado.

Questionado em entrevista à Record News se representava os evangélicos na eleição, respondeu: "Sou católico". Afirmou, no entanto, receber com "muita gratidão" esse apoio.

Russomanno classificou ainda como "absurda" a ideia de que tem apoio da TV Record –que pertence a Edir Macedo, fundador da Universal. Ele apresentava um quadro na emissora até o fim de junho.

O tucano José Serra foi convidado para debater com Russomanno, mas não compareceu. Outros candidatos serão entrevistados pelo canal, também em duplas, nesta semana.

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Serra defende atuação de igrejas na campanha

 

Tucano diz ser ‘legítimo’ que religiosos queiram discutir princípios em eleições; temas ligados a costumes causaram polêmica na disputa de 2010

04 de maio de 2012 | 3h 06

BRUNO BOGHOSSIAN, ESTADÃO.COM.BR – O Estado de S.Paulo

Em processo de aproximação com líderes religiosos de São Paulo, o ex-governador José Serra (PSDB) afirmou que a manifestação das igrejas na campanha eleitoral é "legítima". O pré-candidato tucano à Prefeitura disse que padres e pastores podem defender seus princípios, mas sem praticar uma "militância" formal.

Em entrevista exibida na madrugada de ontem pelo Programa Amaury Jr., da RedeTV!, Serra não citou nenhum tema presente na pauta de grupos religiosos, como aborto e homofobia, mas se disse "inteiramente aberto" a expor e dizer o que pensa.

"(Se) a pessoa tem uma religião e quer discutir princípios, é legítimo que o faça. Não são os candidatos que fazem a agenda. Quem faz a agenda são as pessoas", disse. "Nós devemos respeitar e dar a elas o direito de se manifestar. Do contrário, seria autoritarismo."

A entrada de igrejas em campanhas políticas ganhou peso após a eleição presidencial de 2010, quando grupos religiosos passaram a apoiar ou criticar candidatos. O PT acusa a equipe de Serra na época de instigar entre os evangélicos um voto contra Dilma Rousseff, eleita no 2.º turno.

O tucano afirma que sua campanha não desenvolverá "nenhuma batalha específica em relação às igrejas", mas já começou a se aproximar de grupos católicos, evangélicos e judaicos.

Em conversas recentes com representantes de diferentes religiões, a equipe de Serra confirmou a avaliação de que o tucano tem vantagem sobre seus principais adversários: Fernando Haddad (PT) e Gabriel Chalita (PMDB).

Eles afirmam que Haddad sofre uma "rejeição gigantesca" de pastores evangélicos, sob acusação de ter autorizado a elaboração de um kit didático contra a homofobia para as escolas quando era ministro da Educação.

O time do PSDB acredita ainda que Chalita só deve ter aceitação dentro da ala carismática da Igreja Católica – à qual pertence.

Argumento. Aos aliados, Serra justifica a abertura à manifestação de líderes religiosos como uma defesa da liberdade de expressão. "É legítimo que diferentes setores da sociedade se manifestem em defesa dos seus valores", afirmou o ex-governador na entrevista. "Não vejo como questão propriamente de militância eleitoral."

Os petistas classificam a aproximação entre Serra e as igrejas como "conservadora", mas também vêm dialogando com padres e pastores.

Um dos responsáveis pela interlocução entre tucanos e grupos religiosos, o deputado Walter Feldman (PSDB-SP) afirma que não tem o objetivo de repetir os temas da eleição de 2010.

"A pior eleição que o Brasil já teve foi a anterior. Os temas foram levados para o campo da emoção e não houve um debate progressista", disse.

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Na disputa pela presidência religião é foco. Mórmons são cristãos?

ELEIÇÕES NOS EUA

FOTO - ELEICAO EUA

O reverendo Philip R. Roberts, presidente de um seminário batista em Kansas, Missouri, é um evangelista com um único objetivo: ser contra as crenças dos mórmons.

Roberts viajou pelos Estados Unidos e por alguns países no exterior pregando que o mormonismo é uma heresia de acordo com o cristianismo. Ainda que sua mensagem seja puramente teológica, a teologia está prestes a entrar em debate na campanha presidencial republicana e pode passar a fazer parte do cotidiano americano.

À medida que a votação republicana migra para o sul do país, com as primárias que acontecerão na Carolina do Sul no sábado e na Flórida no dia 31 de janeiro, a religião de Mitt Romney, o favorito da disputa, pode se tornar um problema incontornável na mente de muitos eleitores.

Na Carolina do Sul, onde cerca de 60% dos eleitores republicanos são cristãos evangélicos, Romney, um mórmon devoto e ex-bispo de igreja, enfrenta um eleitorado que foi exposto ao longo dos anos a pregadores como Roberts, que ensinam que a fé mórmon é renegação.

Muitos evangélicos têm inúmeras razões, além da religião, para contestar a candidatura de Romney. Mas para entender o quão difícil é para alguns apoiarem a sua candidatura, é necessário entender a gravidade de seus ideais teológicos.

“Eu não me preocupo com a possibilidade de Mitt Romney usufruir de sua posição como candidato ou como presidente dos Estados Unidos para promover o mormonismo”, disse Roberts, autor de “Mormonism Unmasked” (Mormonismo desmascarado, em tradução livre) e presidente do Seminário Teológico Batista, que afirmou que não pretende viajar para a Carolina do Sul antes da votação.

“A preocupação entre os evangélicos é que a Igreja Mórmon tire proveito de sua posição ao redor do mundo e faça dele uma espécie de cartão de visitas para legitimar a sua igreja e converter as pessoas.”

Os mórmons se consideram cristãos – como indicado no nome de sua Igreja, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. No entanto, as diferenças teológicas entre o mormonismo e o cristianismo tradicional são tão fundamentais, segundo especialistas, que englobam a própria compreensão de Deus e de Jesus, sobre o que são as escrituras e o que acontece quando as pessoas morrem.

“O mormonismo é uma religião distinta das outras”, disse David Campbell, um mórmon e professor de ciência política da Universidade de Notre Dame que se especializa em religião e política. “Não é a mesma coisa que o presbitarianismo ou o metodismo. Mas ao mesmo tempo, houveram esforços por parte da igreja para enfatizar a sua semelhança com outras fés cristãs e esse é um equilíbrio difícil para essa igreja”.
Fonte: IG