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Veja: Preparem-se para os 15 dias mais sujos da história política brasileira!

16/10/2010

Esta já é a campanha eleitoral mais suja desde a redemocratização do país. Luiz Inácio Lula da Silva, com a sua falta de decoro e de apreço pela liturgia do cargo, é o seu comandante. As duas semanas que vêm pela frente vão fazer o país ferver. Na raiz da baixaria está uma concepção de poder que é essencialmente antidemocrática: o PT não admite a possibilidade de ser derrotado. Se vislumbra essa risco no horizonte, não tem nenhum receio de, com uma das mãos, fazer o jogo sujo e, com a outra, denunciar o jogo sujo dos adversários, reivindicando, assim, licença para enlamear ainda mais o processo. Vamos pensar um pouco.

Aqueles que decidem exercer o que chamo “poder da vítima” pretendem sempre uma de duas coisas: ou imaginam mesmo haurir algum benefício na esperança de que os outros sejam mais tolos do que eles próprios ou estão em busca de uma desculpa moral para recorrer à patifaria e, ainda por cima, culpar as vítimas: “Só agi assim fiz porque eles começaram; por mim, só faria coisas boas!” Nas relações pessoais, isso é muito comum; nas amorosas, é comuníssimo — em qualquer dos casos, afaste-se de gente assim: estamos falando de pessoas perigosas, sem limites.

No que concerne à política, o “poder da vítima” está na raiz psico-sociológica das duas tiranias do século passado. Socialismo e fascismo representam justamente a vingança do ressentido. Num caso, excita-se o ódio e o desejo de vingança “justa” (!) de uma “classe”; no outro, de uma nação. São construções ideológicas, que mobilizam, não obstante, ressentimentos individuais dos militantes. Ninguém se torna fanático de uma causa só porque foi convencido por um conjunto de valores ou porque se encantou com o corpo conceitual de uma doutrina. O fanatismo é só o casamento de uma falha psíquica ou de caráter — individual, privada — com o momento, que é coletivo. A paixão cega não é uma convicção, mas uma doença. Danton, goste-se ou não de suas idéias (eu não gosto muito, hehe…), era um convicto; Robespierre era um doente! Mas me desviei um tantinho. Volto ao leito.

Os que decidem exercer “o poder da vítima” delinqüem, mentem, trapaceiam, cometem crimes e tentam sempre nos convencer de que só o fazem premidos por circunstâncias — ou em nome da causa. Para eles, os limites da lei são imposições que impedem a justiça,  não instrumentos para discipliná-la. Peguemos, então, o exemplo de Luiz Inácio Lula da Silva. O partido que criou, com efeito, desafiou alguns limites da ditadura — já bastante enfraquecida, sejamos justos e precisos —, cresceu e se fortaleceu. Na ordem democrática, continuou a desafiá-los, por intermédio de seus “movimentos sociais”,  e não abandonou a prática mesmo depois de ter chegado ao poder. Na ditadura, a afronta à ordem tinha a justificativa plausível da justiça; na democracia, o desrespeito às instituições tem como objetivo único o fortalecimento do próprio partido. Nesse caso, se o partido prevalece, quem fenece é a sociedade.

Poderia fazer aqui o elenco das dezenas de vezes em que o PT mandou a democracia às favas em nome do seu próprio fortalecimento. Mas acho que vocês conhecem o roteiro. Quero me ater, como anunciei lá no primeiro parágrafo, à disputa eleitoral deste ano. Já na largada, ficou claro que o partido tinha voltado àquele costume que adquiriu no tempo em que estava na oposição: a mobilização de um verdadeiro exército de arapongas para atingir o adversário. Naquele tempo, como “vítimas”, os petistas tinham  uma boa desculpa: do outro lado, estariam os “reacionários”, que precisavam ser combatidos. A imprensa, infelizmente, colaborou bastante na construção dessa perversão.

No poder, os métodos continuaram os mesmos. Quando o bunker montado pela pré-campanha de Dilma Rousseff foi denunciado — o sigilo fiscal do tucano Eduardo Jorge estava com eles —, os petistas fizeram o quê? Denunciaram, vítimas eternas que são, uma grande conspiração do que chamam “mídia”!!! Passado algum tempo, surgiram evidências de que os sigilos de outros tucanos e da filha e do genro de José Serra também tinham sido violados. Uma investigação rasa foi o bastante para chegar à autoria: bateu nos petistas. Agora, a investigação se arrasta, no que tem todo o jeito de ser mais um crime sem criminosos nem culpados.

Flagrados, denunciados, expostos, qual foi a reação dos petistas? “Tudo não passa de uma tentativa desesperada de Serra de ganhar a eleição; ele está fazendo exploração eleitoreira do episódio”. O presidente da República, ninguém menos, foi à TV com essa mensagem, na fala em que Serra foi chamado de “candidato da turma do contra”. O tucano passou a ser tratado pelos petistas — e até por setores da imprensa — como responsável pelo mal que lhe impingiam. Esse é o jogo clássico do “vitimismo triunfante”. Descobre-se logo depois que uma verdadeira quadrilha atua na Casa Civil, o que custa a cabeça da ministra, braço-direito de Dilma Rousseff. O PT, inicialmente, denuncia o jogo sujo da oposição, em conluio com a mídia (!).

A religião
É claro que os escândalos, especialmente o de Erenice Guerra, abalaram a reputação do PT. Ainda que 80% dos eleitores realmente aprovassem o governo Lula, isso não significa endosso às lambanças. Dilma começou a cair nas pesquisas, e o PT decidiu descobrir os motivos. E então chegamos à pauta religiosa. A imprensa — os meus coleguinhas — sabe muito bem que os tucanos não estão na raiz da corrente “Dilma-aborto”. A sociedade existe, e esse nunca foi um tema muito popular no país. Os tucanos, ao contrário, até demoraram para se dar conta do fenômeno. Mas o PT, o “partido das vítimas”, precisava culpar alguém. Nesse particular, colheu mais efeitos negativos do que positivos.

Terrorismo
Como é mesmo? Quem se diz vítima, sem ser, só está buscando um motivo para delinqüir. E foi o que fez o PT. A exemplo de 2006, levou para a TV uma campanha sórdida, atribuindo aos tucanos a intenção de privatizar a Petrobras e o pré-sal — o que é mentira. E partiu para a desconstrução agressiva dos governos tucanos em São Paulo, especialmente em áreas em que o petismo não tem nada de bom a oferecer nos estados em que é governo: segurança e educação. A resposta no horário eleitoral de Serra é, a meu ver, até agora, muito tímida, fraca. O PSDB parece considerar ainda a máxima “quem bate sempre perde” — o que considero uma bobagem não-comprovada na prática. Mas deixo isso para outra hora.

Pesquisa Datafolha divulgada ontem aponta seis pontos de diferença entre Dilma e Serra  — sete nos votos válidos (o instituto diz que são oito, mas a conta não me convenceu). É pouco. É quase nada. O que a muitos parecia um delírio no dia 2 de outubro é uma possibilidade absolutamente plausível 14 dias depois: o risco de Dilma perder é real. E há mais 14 pela frente. É claro que aqueles “institutos”, vocês sabem, já estão prontos para, daqui a uns dois ou três dias, apontar um novo alargamento da diferença. Já antecipo o título: “Diferença volta a crescer” — ou algo assim. A imprensa que não vende, mas se vende,  mergulha na lama — lama que está no horário eleitoral e que chega aos palanques.

O PT prepara um cenário em que a eventual vitória será experimentada como o triunfo das vítimas contra os seus algozes — como se “os pequenos”, nessa disputa, não fossem os oposicionistas. E vai tentar se vingar depois. Em caso de derrota, essas mesmas “vítimas” acusarão, então, uma grande conspiração — sabe-se lá de quem — contra os “interesses populares” (aqueles a que se agregaram hoje patriotas como José Sarney, Fernando Collor e Renan Calheiros) e estarão prontas para fazer o que sempre fizeram: sabotar o governo sob o pretexto de exercer suas convicções.

Ganhando ou perdendo, eles não tem limites porque não têm princípios e consideram que mentira ou verdade são só exigências da necessidade.

Por Rein

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Bispos da CNBB negam apoio à PT e são contra patrocínio de panfletos

CABO ELEITORAL

 

Bispos do braço paulista da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) recuaram e divulgaram nota neste domingo na qual agora dizem que "não indicam nem vetam candidatos ou partidos" e enfatizam "que não patrocinam a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra" os que disputam as eleições presidenciais.

O mesmo bispo que assina a nota, d. Nelson Westrupp (Santo André), também assinou texto da Regional Sul 1 da CNBB (que reúne os bispos paulistas) datado de 26 de agosto que atribuía posições pró-aborto ao PT, ao governo federal, ao presidente Lula e à presidenciável petista Dilma Rousseff.

A Regional Sul 1 é presidida por dom Nelson. Além dele, também assinavam o texto antipetista dom Benedito Beni dos Santos (vice-presidente da Regional Sul 1) e dom Airton José dos Santos (secretário-geral).

No texto de agosto, chamado "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", os bispos recomendaram aos eleitores que votassem "somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto".

O texto virou um panfleto e foi distribuídos em missas em Belo Horizonte (MG) e em Aparecida (SP) por cabos eleitorais contrários ao PT.

Os panfletos que recomendavam votos contra o PT nas eleições presidenciais foram encomendados pela Diocese de Guarulhos _atualmente dirigida pelo bispo dom Luiz Gonzaga Bergonzini.

"O Regional Sul 1 da CNBB desaprova a instrumentalização de suas declarações e notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos", diz um trecho da nota divulgada neste domingo, em Indaiatuba (SP), onde os bispos paulistas se reuniram neste fim de semana.

A nota diz ainda que os bispos "não indicam nem vetam candidatos ou partidos e respeitam a decisão livre e autônoma de cada eleitor".

Cerca de 50 bispos paulistas se reuniram durante duas horas na noite de sábado para redigir a nota que demonstra o recuo da regional.

Os bispos avaliaram que o erro do texto de agosto –já retirado do site da regional– foi ter citado a sigla do PT e ter feito referência direta à presidenciável petista.

"O erro que foi a apresentação de siglas partidárias. Isso não poderia ter acontecido. Você pode fazer uma nota tranquilamente, mas a partir do momento que você cita nomes e cita partidos políticos aí você fere as pessoas", disse o bispo de Limeira (SP), dom Vilson Dias de Oliveira, coordenador da comissão de comunicação da regional.

Agora a seção paulista da CNBB recomendou que bispos evitem citar nomes de partidos ou de políticos em manifestações públicas _como cartas ou declarações.

Os bispos que comandam a regional não quiseram se manifestar neste domingo.

Data: 18/10/2010 08:16:02
Fonte: Folha Online

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Sob liderança de Lula o Brasil pode caminhar para uma ditadura civil, alerta Hélio Bicudo

 

por Mel Bustamante, domingo, 17 de outubro de 2010 às 03:04

* Vale a pena ler a entrevista completa do o Jurista Hélio Bicudo… Revelações incríveis, que poderiam nos ajudar a despertar par a realidade,  antes de escolher o candidato do dia 31 de outubro.

* Ao ler sobre a opiniao deste sério jurista, que foi cofundador do PT e que ali esteve por anos… fico pensando qe nós, amigos, estamos com um tremendo desafio – abrir os olhos, ouvidos e a bocado nosso povo!

Eduardo Anizelli/Folha

Durante 25 anos, a biografia de Hélio Bicudo enfeitou os quadros do PT.

Com o passar do tempo, o promotor franzino tornou-se um estorvo.

Em 2005, ano do mensalão, achou que era hora de se desfiliar.

Há semanas atras, Bicudo, 88, voltou ao meio-fio num em defesa da democracia e da liberdade de imprensa.

Uma reação a Lula.

Acha-o diferente do Lula de quem fora vice, nos anos 80, numa chapa que disputou o governo de São Paulo.

Em entrevista veiculada em ‘A Gazeta’, Bicudo declara: sob a liderança de Lula, “o Brasil pode caminhar para uma ditadura civil”.

Vão abaixo algumas de suas declarações:

– A democracia está sob ameaça?

Acho que sim, porque o presidente da República ignora a Constituição, se acha acima do bem e do mal, e, com uma vitória que está delineada em favor da sua candidata, concentrará todos os poderes da República em suas mãos, além do apoio da maioria dos Estados e da população em geral.

Com uma pessoa com esse potencial, e que não vê no ordenamento jurídico do país a maneira de estabilizar as discussões e debates, o Brasil pode caminhar para uma ditadura civil, sem dúvida.

Depois de 25 anos no PT, imaginou que isso pudesse acontecer?

De início, não, mas no final, achava que aconteceria essa reviravolta.

Foi marcante aquela carta aos brasileiros que Lula escreveu antes da sua primeira eleição, demarcando uma posição muito mais para o neoliberalismo do que para o socialismo.

Vê diferenças entre o neoliberalismo de FHC e de Lula?

Não há nenhuma diferença, porque quem comanda as decisões políticas hoje, como ontem, é o próprio capital.

– O PT indicava uma prática diferente?

O PT fazia uma oposição bastante forte nos governos Sarney e Fernando Henrique.

A partir do governo Lula, a unanimidade popular que ele foi conquistando afastou a oposição do seu caminho.

E o que aconteceu?

Sobre o mensalão e os outros atos de corrupção apontados, nada se fez.

Quando Lula diz que é presidente da República até sexta-feira à noite, e depois fecha a gaveta e só volta na segunda-feira, pratica crime de responsabilidade.

Afinal, como presidente ele jurou obedecer às leis do país.

E a Constituição não permite que um presidente da República participe da campanha eleitoral como ele está participando. >

É crime que leva ao impeachment, mas nem os partidos políticos, nem a sociedade civil movem nenhuma pedra contra isso.

– O que esperar de Dilma?

Quem continuará mandando no país vai ser Lula.  Dilma diz que ela é o Lula.

Então as coisas continuarão como estão, com a mesma corrupção, o mesmo manejo da coisa pública.

– Imaginava voltar às ruas em defesa da democracia?

A gente fica frustrado, depois de uma longa luta em prol da democracia, ver o que estamos vendo.

E acho que não temos democracia, até pela maneira pela qual se conduz a vida pública, onde um grupelho toma conta do governo, pondo nele seus parentes, seus amigos…

Não é o governo do povo.

Veja a própria constituição do Supremo Tribunal Federal, onde não se fez uma consulta maior para a escolha dos ministros. Ela foi pessoal, feita pelo próprio presidente.

Leis passam na Câmara e no Senado, por atuação da presidência da República, que transformou o Legislativo em algo sem a menor expressão. […]

Quem manda no país, passa por cima das leis é ele, Lula.

Vai eleger a presidenta que fará o que ele quiser.

– Como vê Lula?

Ele, que poderia usar essa inteligência para implementar e fortalecer a democracia no país, mas optou por incrementar o poder pessoal. […]  Ele sempre mandou no partido, afastou as lideranças que pudessem competir com ele.

É o dono, sente-se acima do bem e do mal.

Os escândalos e o ‘eu não sabia’: 

Ele sabia de tudo, deixou as coisas escaparem.

A oposição não atuou e, hoje, chegamos onde estamos.

– Incompetência da oposição?

Foi inexistência de oposição

– A saída do PT, em 2005:   Saí porque achei que o partido não estava trilhando a estrada que havia traçado no seu nascedouro. ( Por quê a marina não fez isso junto com ele… ??? )

Lulla deixou de representar o povo.

Pode até ter o voto do povo, mas representa os interesses daqueles que o comandam.

– Lula e a imprensa:

Olha, Lula vive dizendo que a imprensa o prejudica. Eu acho que a imprensa tem ajudado Lula e seus candidatos.

Você não pega um jornal, um programa de televisão, que não exiba um retrato dele.

O povo não vê o que está escrito além dá manchete. Funciona como propaganda.

– Lula e a popularidade:

Mis-en-scène…

Pergunto: com tudo isso, o que o Brasil conseguiu, do ponto de vista internacional? Zero.

A questão da popularidade não tem relação com a eficiência. Olha o caso do Irã. Tem maior vergonha do que isso? </span>

Nossa política externa é péssima.

O Brasil não conseguiu colocar uma pessoa em cargo relevante no conceito internacional.

Em matéria de Direitos Humanos , botaram lá em Genebra uma pessoa que jejuna nessa área.

– O  ‘ato contra o golpismo midiático’, com CUT, UNE, movimentos sociais e políticos governistas:

Lula sempre diz que há uma revolução midiática para retirá-lo do poder.

Os pelegos dele é que fizeram o movimento em contrário ao nosso.

– O manifesto pró-liberdade de expressão:

No primiro dia, mais de 20 mil pessoas já tinham assinado o nosso documento. A semente foi plantada, e agora depende da sociedade.

Porque o problema é também de pós-eleição. Repetindo o que já foi dito: se você não vigia, não tem democracia.

Deve-se vigiar permanentemente quem governa o país, para que não haja desvios.

Seja quem for eleito, independentemente do partido político.

– Vê méritos neste governo?

A questão é: o que o governo pretende com sua atuação? Para mim, só autoritarismo.

– O convívio com Lula:

Sim, mas os tempos mudaram completamente.

Ele acabou com as lideranças do partido, e lançou uma pessoa que nem era do partido, tradicionalmente, à presidente …

Hoje o PT não tem diferença nenhuma dos outros partidos.

http://www.noticiasagricolas.com.br/noticias.php?id=75752