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Ministério Público denuncia falso pai de santo que abusou de mulheres

O homem de 31 anos foi preso em janeiro. Ele alegava estar incorporado pela entidade Exu Capitão Veludo para convencer as vítimas


(foto: Cristiano Gomes/CB/D.A Press)
(foto: Cristiano Gomes/CB/D.A Press)

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o religioso acusado de abusar sexualmente de, ao menos, quatro mulheres, frequentadoras de um templo no Distrito Federal. Wilson Rodrigo Braga de Araújo, 31 anos, conhecido como Wil, Exu Capitão Veludo, Exu Veludo e Exu Padilha, responderá por aborto e violação sexual mediante fraude.

O homem era responsável pela Tenda Espírita Caboclo Carlos Légua, em Águas Lindas (GO), onde ele se apresentava como pai de santo. A denúncia foi feita pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Ceilândia. Entre janeiro de 2017 e novembro de 2019, Wilson teria convencido a vítima a manter relações sexuais com ele, alegando estar incorporado pela entidade Exu Capitão Veludo.

 

Ele dizia que, ao estar com ele, ela estaria protegida de um estupro. Na primeira vez que o homem usou o argumento, a jovem era menor de idade. Depois disso, ele esteve com ela em um motel de Taguatinga, e na residência dele, em Ceilândia. Em setembro do ano passado, a mulher descobriu uma gravidez e comunicou ao acusado que, no entanto, novamente dizendo estar incorporado, respondeu que ela teria duas opções: ter a criança e ser expulsa de casa, ou abortar.

Diante disso, ela concordou com a retirada do feto. Wilson então teria providenciado substâncias que provocaram intenso sangramento vaginal e o aborto.  

Lembre o caso

Wilson foi preso em 14 de janeiro, acusado de abusar sexualmente de, ao menos, quatro mulheres. O homem foi detido em Ceilândia durante a Operação Veludo, deflagrada também nesta terça.  Depois de a polícia divulgar que o acusado seria um líder religioso, a Coordenadora de Políticas de Promoção e Proteção da Diversidade Religiosa da Subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Adna Santos, a Mãe Baiana, informou que ele não é uma liderança nem pai de santo. Em realidade, trata-se de um Iaô, termo usado para pessoas iniciadas no candomblé. “Ele se aproveitou do respeito que as pessoas têm pelos pais e mães de santo em Brasília para fazer o que fez.”

 

A Polícia Civil soube do caso por meio da mãe da menor. Ela começou a frequentar o terreiro procurando uma orientação espiritual para a filha. No local, conheceu o rapaz e passou a confiar nele, já que ele se dizia líder religioso daquele templo. Um dia, na casa da família, ele chamou a menina para ir até a residência dele, para que o trabalho espiritual fosse realizado com mais eficiência, pois lá haviam imagens de santos que ajudariam o processo.

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Ex-pastor é acusado de estupro e atos libidinosos contra mulheres em Recife

Violência contra a mulher
Violência contra a mulher

Rute Arruda e Bruna Oliveira
Jornal Do Commércio

Um ex-pastor de uma igreja evangélica da Zona Norte do Recife está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco após denúncias de casos de estupro e atos libidinosos.

De acordo com a delegada Bruna Falcão, responsável pela Delegacia Mulher, até o momento oito mulheres denunciaram o homem, que também é formado em psicologia.

A delegada explicou, no entanto, que quatro casos não poderão ser investigados porque os crimes já prescreveram. Um deles, inclusive, é datado do ano de 1996, quando uma das vítimas tinha 17 anos.

Quatro inquéritos já foram concluídos e o homem foi indiciado pela polícia. As denúncias, segundo a delegada, começaram a chegar em janeiro de 2020.

De acordo com a Polícia Civil, o homem usava a condição de pastor e psicólogo para praticar atos libidinosos durante o atendimento pastoral.

“Ele se prevalecia da sua função para tentar praticar atos libidinosos contra essas mulheres dizendo que eram técnicas de cura, libertação espiritual e psicológica e, com algumas dessas mulheres ele conseguiu consumar atos libidinosos e com uma delas a gente conseguiu materializar que ele praticou efetivamente o estupro”, contou.

Segundo a delegada responsável pelo caso, o ex-pastor foi intimado para prestar depoimento no dia 13 de fevereiro, mas apresentou atestado médico alegando estar afastado das suas funções habituais por problemas psiquiátricos durante 60 dias e pediu adiamento do interrogatório. Foi marcado um novo depoimento para a semana seguinte, mas foi apresentado um novo atestado psiquiátrico e os inquéritos foram concluídos e remetidos à Justiça.

“Esse segundo adiamento a gente não deferiu e resolveu não aguardar. Nós sabemos que problemas psiquiátricos a gente não tem condições de estimar a recuperação”, explicou a delegada. “Os procedimentos foram concluídos sem o interrogatório do investigado e remetidos para apreciação do Poder Judiciário”, completou.

A delegada ainda explicou que após as denúncias começarem a aparecer, o pastor foi submetido a um conselho com os líderes da instituição, no qual foi oferecido a ele a possibilidade de renunciar ao cargo ou de continuar e ser aberto um processo administrativo para apurar a conduta. “Ele preferiu firmar uma carta a próprio punho renunciando ao ministério”, disse.

Procurada pela reportagem do Jornal do Commércio (JC), a Convenção Batista no Recife disse que fará um pronunciamento em breve sobre o caso, e afirmou que a igreja está tomando todas as providências necessárias para o desligamento do pastor. O JC também procurou o Conselho Regional de Psicologia para saber se será tomada alguma providência, mas, até o momento, não houve retorno.

Apesar das denúncias contra o homem, a delegada explicou que não foi feito o pedido de prisão preventiva porque ele “em nenhum momento se furtou à intimação, se colocou à disposição para ser inquirido, embora contrariamente à recomendação médica”. “Mas, havendo motivos justificados para que a gente peça a prisão e ele responda de maneira encarcerada aos procedimentos, isso será feito. A gente não vislumbrou a possibilidade no momento, mas isso pode mudar no futuro”, disse.

Durante entrevista à Rádio Jornal, uma das vítimas relatou que o ex-pastor agia da mesma maneira com todas as vítimas. “Ele usava técnicas de manipulação para ouvir nossos problemas e dificuldades e, através do nosso relato, dizia que ia nos ajudar a sermos mais felizes. Era dessa forma que ele nos atraia para o gabinete pastoral”, disse.

Fonte: Jornal do Commércio

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Justiça decreta prisão preventiva de professor de religião acusado de nove estupros

Um professor de religião de 41 anos está preso acusado de estuprar nove meninas, com idades entre 8 e 13 anos, de uma igreja evangélica - Reprodução/EPTVUm professor de religião de 41 anos está preso acusado de estuprar nove meninas, com idades entre 8 e 13 anos, de uma igreja evangélica – Reprodução/EPTV

A Justiça decretou a prisão preventiva de um professor de religião, que estava preso temporariamente desde 20 de outubro, acusado de estuprar ao menos nove garotas em Amparo (133 km de SP), com idades entre 8 e 13 anos.

A decisão ocorreu nesta sexta-feira (18), após a Polícia Civil concluir o relatório final do inquérito sobre o caso.

Segundo o delegado Fernando Ramon Betrucelli Moralez, do 2º DP da cidade, o acusado de 41 anos deve a partir de agora responder a todo o processo preso. “Isso foi feito para evitar risco de fuga, de novos crimes e garantir a segurança das testemunhas e vítimas”, afirmou o policial.

Os abusos das meninas foram descobertos quando uma delas comentou com a mãe que havia “sido tocada” nas partes íntimas pelo acusado. “O suspeito, até então, era uma pessoa acima de qualquer suspeita. Casado, com filhos, frequentador da igreja e professor de religião”, afirmou o titular do 2º DP da cidade à época da prisão do suspeito.

Após a mãe de uma das vítimas tomar conhecimento do suposto abuso, comunicou o fato ao pastor da 1ª Igreja Batista. Moralez acrescentou que o pastor chamou o professor de religião para confirmar a denúncia. Quando o suspeito foi questionado sobre o abuso, ele teria confessado, segundo o delegado. Por causa disso, a mãe da jovem registrou um boletim de ocorrência, em 19 de setembro.

O professor foi chamado à delegacia, onde, ainda de acordo com a Polícia Civil, confessou oito crimes. No dia 20, a prisão temporária de 30 dias do acusado foi decretada pela Justiça.

Resposta

Na ocasião da prisão do professor, a 1ª Igreja Batista de Amparo afirmou “estar triste”, além de condenar as nove acusações feitas contra seu agora ex-professor de religião. “Lidamos com o fato como tem que se lidar: informando e dando apoio às famílias das vítimas e procurando a polícia e Ministério Público”, afirmou por telefone um representante da igreja, que não se identificou.

Fonte: Agora São Paulo