Por Tayguara Ribeiro | Correspondente do The Christian Post
A ex-candidata à presidência da República, Marina Silva, criticou nesta quinta-feira (14) a eleição do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC) para a presidência da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. No entanto, ela enfatizou que a crítica deve ser feita pela trajetória das pessoas e não por sua religião.
-
(Foto: Reuters)
"Eu acho que a gente não pode fazer uma discussão baseada na religião dos deputados ou de quem não tem religião. Você tem que analisar a posição política, o deputado tem de ser olhado pelas suas posições políticas", afirmou Marina que também é evangélica, além de ser a fundadora do partido Rede Sustentabilidade.
Ela comparou ainda a eleição de Blairo Maggi (PR-MT) para a presidência da Comissão de Meio Ambiente do Senado. "O debate em torno da religião do deputado ou do fato de o senador ser grande agricultor não é o caso. O caso é quais as trajetórias deles em relação a essas bandeiras e questões. O Blairo Maggi não tem uma atuação na defesa do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. O mesmo com o Feliciano”, disse.
O nome de Marco Feliciano para a Comissão de Direitos Humanos tem gerado muitos protestos, principalmente entre parlamentares e ativistas dos direitos civis. O deputado é acusado de ser racista e homofóbico por conta de algumas declarações que deu sobre os negros e sobre os homossexuais. Ele ainda responde a um processo por falsidade ideológica no Supremo Tribunal Federal. O deputado nega as acusações.