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Dilma afirma seu respeito pelos evangélicos, após declaração de Gilberto Carvalho

 

PorJussara Teixeira | Correspondente do The Christian Post

A presidente Dilma Rousseff veio a público esclarecer que não compartilha da opinião afirmada recentemente pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, de que o governo deveria “fazer uma disputa ideológica com os líderes evangélicos pelos setores emergentes”.

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    (Foto: Reuters)

    Presidente do Brasil, Dilma Rousseff em uma conferência de imprensa

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De acordo com a presidenta, a firmação não seria “uma posição do governo Dilma, que tem respeito pelos evangélicos, mas uma posição pessoal do ministro, que na verdade estava fazendo uma análise política”.

A afirmação de Carvalho foi feita durante discurso no Fórum Social Temático, em Porto Alegre (RS), no dia 27 de janeiro, a uma plateia formada por ativistas de esquerda.

"Toda essa gente que emerge ficará à mercê da ideologia disseminada pelos meios de comunicação?", falou Carvalho à época, afirmando em seguida que o governo deve começar a criar, através da comunicação, condições para limitar ou anular a influência das igrejas evangélicas.

A declaração levou à reação de líderes religiosos, como o pastor Silas Malafaia, da igreja Vitória e Cristo.

Ele retrucou dizendo que os petistas “não engolem a postura firme dos evangélicos em combater o lixo moral que o PT defende” e incentivou os religiosos a não desistirem de suas convicções.

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Também o pastor Everaldo Pereira, líder da Assembléia de Deus estaria incomodado com a postura de Carvalho. Segundo a coluna Radar Online, de Veja, os dois não se falam desde agosto.

Disputas ideológicas entre os evangélicos e o PT tem sido frequentes por conta, entre outras coisas, do kit anti-homofobia, criado pelo então ministro Fernando Haddad no Ministério da Educação.

O kit conteria materiais como vídeos e cartilha que tratam dos temas da transexualidade, bissexualidade e homossexualidade.

O material foi suspenso pela presidente Dilma por ela considerar que educação sexual não é patente do governo.

Haddad é o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT e já discute com Gilberto Kassab (PSD) uma possível aliança na sucessão municipal.

Diversos evangélicos de peso já venceram as eleições e estão no governo, como Arolde de Oliveira, dono da maior gravadora gospel do país; Samuel Malafaia, irmão de Silas Malafaia; Marcos Soares, filho de R.R. Soares; e Marcelo Aguiar, um cantor gospel ligado a Igreja Renascer.

Além dos eleitos, A o eleitorado evangélico já corresponde a uma parcela expressiva da população.

Segundo um estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em agosto de 2011, a parcela evangélica cresceu em 13,13% entre 2003 e 2009, e neste ano correspondeu a 20,23 % do total da população brasileira.

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Cristãos usam linguagem inapropriada na internet, dizem pastores

 

PorJussara Teixeira | Correspondente do The Christian Post

Pastores, líderes religiosos e até políticos cristãos estão chamando a atenção em seus blogs e redes sociais para o problema da linguagem ofensiva utilizada pelos autodenominados evangélicos na internet.

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    (Foto: REUTERS/Tony Gentile)

    Cristãos usam linguajar inapropriado na internet

 

Muitas vezes tomados pela indignação, revolta ou até ira, evangélicos despejam na web palavras de baixo calão, imagens pornográficas e mensagens que resvalam grosseria.

O doutor em Teologia, escritor, e Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Reverendo Augutus Nicodemus, publicou em seu blog que se depara muitas vezes, nos comentários de leitores, com os mais diferentes tipos de linguagens.

“De vez em quando leio os murais e comentários de alguns dos mais de 3 mil ‘amigos’ que tenho no Facebook e não poucas vezes me deparo com murais compartilhando fotos meio-eróticas, para não falar de comentários cheios de palavras chulas e palavrões do pior tipo.”

Ele enfatiza que se refere aos que se identificam como crentes e lembra que “a pureza e a santidade requeridas na Bíblia para os cristãos abrange não somente seus atos como também seus pensamentos e suas palavras.”

Também vítima da agressividade linguística de ditos evangélicos, o pastor Renato Vargens, que tem um blog em que denuncia modismos teológicos e heresias, postou um texto em que se disse “amaldiçoado” por pessoas que defendem algumas bandas evangélicas ou personalidades do mundo gospel.

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“Nos últimos dias fui chamado de falso irmão, blasfemos, maldito, além é claro de ter sido aviltado com palavrões impublicáveis”, disse, em post de 19 de janeiro.

Vargens ainda diz que se diz desanimado com manifestações desse tipo, mas todavia, crê na soberania de Deus: “confesso que ao testemunhar manifestações a favor desse falso evangelho, além da violência verborrágica por parte de alguns que insistem em agredir àqueles que defendem a verdade, tenho vontade de desistir”.

“O que consola meu coração”, continuou ele, “é a certeza de que o Soberano tem tudo sobre suas mãos e que absolutamente nada foge ao seu controle”.

O deputado federal evangélico Marco Feliciano (PSC/SP) também falou sobre o tema em sua conta no Twitter.

Após chamar os evangélicos à mobilização para temas em favor da vida e família, ele reclamou do ‘nível cultural’ e das palavras utilizadas na respostas recebidas: “Agradeço a opinião de todos incluindo as mais descabidas, isso é democracia e tais respostas refletem o nível cultural destes cristãos.”

Em outro post ele comentou: “Deixemos de futilidade, transformemos o Twitter numa ferramenta do reino! Obrigado!”.

O Reverendo Nicodemus resumiu o assunto fazendo uma análise do movimento evangélico brasileiro.

“Acho que a vulgarização do vocabulário dos evangélicos é simplesmente o reflexo do que já temos dito aqui muitas outras vezes: o cristianismo brasileiro é superficial”, disse ele afirmando que muitos se dizem evangélicos sem realmente serem praticantes.

“Muita gente que se diz evangélica nunca realmente experimentou o novo nascimento”, continuou, “as igrejas evangélicas estão cedendo ao mundanismo e ao relativismo da nossa sociedade. em vez de sermos sal e luz estamos nos tornando iguais ao mundo no viver, agir, pensar e falar”.

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Pastores se reúnem para entender o que a Bíblia diz sobre feminismo

 

PorAlex Murashko | Repórter do The Christian Post tradutor Ana Araújo

Uma conferência de pastores nos Estados Unidos, organizada pelo ministério americano Desiring God, ou Desejos de Deus na tradução livre ao português, na primeira semana de fevereiro, teve o objetivo de refletir sobre o que a Bíblia diz em relação à liderança masculina e o papel das mulheres na comunidade.

  • Desiring God

    (Foto: DesiringGod.org via Christian Post)

    Pastores John Piper, Crawford Loritts, Darren Patrick, Doug Wilson, Ramez Atallah e David Mathis

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Na quarta-feira, o evangelista John Piper e outros oradores convidados da conferência abordaram a questão: "Qual é a feminilidade bíblica?" Piper tinha declarado um dia antes que a intenção de Deus para o cristianismo é para ele ter uma "sensação masculina".

O que é visto pela sociedade como tradicionais atributos masculinos e femininos são "conceitos culturais, não da Bíblia", disse o palestrante Darrin Patrick, pastor do estado de Missouri. "Então, nós adotamos estes costumes e espalhamos como de homem e de mulher".

"Eu acho que há uma distorção na interpretação de masculinidade e feminilidade. Nós temos que deixar a Bíblia nos informar e não apenas indícios culturais e pistas", disse Patrick, que no dia anterior falou sobre o tema "Ser Homens e Construção para a Missão local".

Piper disse anteriormente durante a conferência que a Igreja funciona melhor quando lideradas por homens. Durante a sessão de terça-feira, ele disse que a Bíblia o leva a concluir que "Deus conferiu ao cristianismo uma sensação masculina. E sendo Deus, um Deus de amor, Ele fez isso para o nosso máximo florescimento".

Durante o debate, ele disse em resposta à pergunta sobre a feminilidade bíblica, se referindo à sua declaração sobre a "sensação masculina": "Se for feito direito, essa sensação masculina cria um espaço. É grande. É espaçoso. É pacífica. É só plena e radiante com todas as coisas boas da vida, e as mulheres que florescem neste espaço, terão essa sensação".

"Todos os dons [dada por Deus aos homens e mulheres] vão florescer nesse espaço", continuou ele. "À medida que navega nessa comunidade haverá sentimento feminino em todo o lugar."

O fundador do ministério Desiring God, em seguida, destacou o assunto sobre características semelhantes entre homens e mulheres.

"Em uma comunidade onde há um sincero, humilde e forte sentimento masculino, os homens são livres para serem adequadamente femininos e as mulheres são livres para serem adequadamente masculinas", explicou. "Em outras palavras, quando você olhar para qualquer ser humano, os mais atraentes, interessantes, cativantes seres humanos não são só masculinos ou só femininos".

Pastor Doug Wilson, da Igreja em Cristo de Moscow, disse durante o debate que uma das virtudes que as mulheres têm é a de ser uma companheira.

Wilson disse que depois de Deus ter criado todas as coisas e antes de criar o homem Ele disse: "Isso é bom", mas quando ele criou o homem Ele disse que um homem solitário, sozinho, "não é bom."

"Então, homem sem a companheira adequada significa que ele é sozinho e insuficiente", explicou Wilson.

Crawford Loritts, pastor sênior da Fellowship Bible Church, na cidade americana de Roswell, Georgia, disse que alguns dos mal entendidos sobre os papéis entre os sexos quando se trata de cristianismo é o resultado de as pessoas não obterem uma imagem clara da Bíblia.

"Eu realmente acho que às vezes a gênese do conflito surge de uma ignorância deliberada na aceitação da verdade e da nossa insegurança", disse Loritts. "A fundação é para pregar a verdade transcendental sobre quem somos e parar de recrutar para nossas inseguranças, aceitando quem somos em Cristo. Então você pode ser adequadamente homem ou mulher".

A conferência foi realizada no Centro de Convenções de Minneapolism e teve como tema "Deus e Ministério – Homens de construção para o Corpo de Cristo", e terminou com Piper e Wilson falando sobre suas declarações de missão e pontos de vista teológicos.