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Bruxa exige que livro de feitiços seja distribuído em escolas públicas

Seguidora da Wicca, pagã questiona distribuição de Bíblias aos alunos

Ginger Strivelli e sua filha Sybilsue.

Uma autointitulada “pagã” e seguidora da Wicca, um tipo de bruxaria, está questionando se não tem o mesmo direito que osGideões em distribuir seu “livro sagrado”. Seu pedido tem feito a Secretaria de Educação da Carolina do Sul reavaliar suas políticas sobre liberdade de culto.

Ginger Strivelli, que pratica bruxaria afirmou ter ficado chocada quando sua filha de 12 anos voltou para casa trazendo uma Bíblia que ganhou na escola de ensino médio North Windy Ridge. Os Gideões Internacionais haviam entregado várias caixas de livros sagrados na secretaria da escola. Todos os estudantes interessados podiam levar um exemplar para casa.

De acordo com Strivelli, ela questionou que as escolas não deveriam distribuir materiais de uma religião e não de outras. Ele teria respondido que a escola disponibilizaria da mesma forma textos religiosos doados por qualquer grupo. Porém, quando Strivelli apareceu na escola levando livros de feitiços da Wicca, disse que foi mandada embora. Por isso decidiu protestar.

A história ganhou espaço na mídia e os funcionários da administração do Condado onde fica a escola emitiu uma nota oficial. “No momento estamos revisando políticas sobre essa prática com os advogados do conselho escolar. Durante este período, nenhuma escola no sistema estará aceitando doações de materiais que defendam uma determinada religião ou crença”. O conselho escolar deve anunciar sua decisão sobre a questão dia 2 de fevereiro.

“Você deve abrir as escolas públicas para todo tipo de material religioso, ou você pode proibir todo tipo de material religioso”, explica Michael Broyde, professor e pesquisador no Centro para o Estudo do Direito e Religião da Emory University. ”Você não pode dizer: ‘Vamos distribuir material religioso, mas apenas de uma fé em particular”.

Embora possa parecer um problema apenas nos Estados Unidos, o fato é que esse tipo de discussão ocorre em todo o mundo e já causou grandes problemas como na Alemanha e Irlanda, enfatiza Broyde.

Tradicionalmente, os ensinamentos predominantes nas escolas seguem a tradição judaico-cristã dos países ocidentais, com seus feriados religiosos e celebrações como Páscoa e Natal que afetam cristãos e não cristãos.

Bobby Honeycutt defende “Nosso país foi fundado sobre os princípios judaico-cristãos, não nos princípios da Wicca. Além disso, nossas crianças têm acesso a mais material não-cristão nas bibliotecas e on-line do que a coisas cristãs”, disse ele.

Enquanto a maioria dos pais cristãos que tem filhos na escola North Windy Ridge acreditam que os eventos recentes são uma ameaça à tradição, outros defendem a separação entre Igreja e Estado em escolas públicas.

“Muitos cristãos têm dito que concordam comigo”, disse Strivelli. ”Porque, entendem que não gostariam de ver na porta da escola as Testemunhas de Jeová distribuindo suas revistas ou católicos entrando ali distribuindo Rosários. Do mesmo modo eu não gostei de saber que distribuíram Bíblias”

Traduzido e adaptado de Fox News

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O júri da ”bruxa de Guaratuba”

Dezenove anos após morte de menino de 6 anos em ritual de magia negra no Paraná, acusada é condenada a 21 anos e 4 meses de prisão

 

Flávia Tavares – O Estado de S.Paulo

Quatro mulheres e três homens assistiram, silenciosamente, aos discursos do promotor e do advogado de defesa e aos depoimentos das testemunhas, na sexta-feira gelada de Curitiba. Eles tinham a responsabilidade de julgar Beatriz Cordeiro Abagge, de 47 anos, acusada de assassinar Evandro Ramos Caetano, de 6, em um ritual de magia negra há 19 anos. Sua mãe, Celina, também era acusada, mas por causa da idade não será mais julgada. O crime ficou conhecido como o caso das bruxas de Guaratuba, em referência à cidade litorânea do Paraná onde o menino foi morto. O julgamento acabou na tarde de ontem. Por quatro votos a três, Beatriz foi condenada a 21 anos e 4 meses de prisão, mas poderá aguardar o recurso da decisão em liberdade.

Denis Ferreira Netto/AE

Denis Ferreira Netto/AE

Sentença. Beatriz Abagge, amparada por um de seus advogados, chora no tribunal ao ouvir o veredito; ela poderá recorrer em liberdade

A defesa vai pedir a anulação do júri. “Eu sou inocente e vou continuar gritando a minha inocência”, disse Beatriz. “Fui torturada para confessar um crime que jamais cometi.” Com um terço nas mãos, a mãe de Evandro, Maria Ramos Caetano, e o marido, Ademir, acompanharam o julgamento. “Foram 19 anos esperando. Terminou em termos, porque o filho não volta mais”, disse o pai. “Sempre confiei na Justiça”, afirmou a mãe.

Nesses anos, as versões tanto da defesa quanto pela acusação passavam tão perto do inimaginável que o episódio gerou paixões e reviravoltas ao longo de quase duas décadas. O caso é permeado por intrigas políticas, disputas de poder, adultério e violência.

A acusação. O principal articulador das acusações contra Beatriz e Celina era Diógenes Caetano Filho, primo do pai de Evandro. Diógenes Caetano, pai, foi fiscal de renda de Guaratuba e prefeito em 1973. Segundo Diógenes Filho, foi também amante de Celina por 16 anos. Quando o suposto romance começou, ela já era casada com Aldo Abagge, que se elegeu prefeito em 1989. Ele exercia o cargo quando o caso Evandro explodiu na cidade. Aldo morreu em 1995.

“Todo mundo sabe que ela era uma macumbeira de longa data”, afirma Diógenes. Apesar do adultério, diz que os Caetanos e os Abagges eram próximos. Uma disputa política, porém, separou os amigos. Diógenes passou a criticar a atuação da Câmara de Vereadores e do prefeito Aldo. Estava prestes a se lançar candidato à prefeitura quando Evandro desapareceu, no dia 6 de abril de 1992.

Ex-policial civil e militar, Diógenes se envolveu nas investigações desde o princípio. Celina e Beatriz, que é terapeuta ocupacional e cuidava de crianças com necessidades especiais em Curitiba, também ajudavam nas buscas. Relatórios das primeiras investigações indicam que Beatriz poderia estar envolvida no desaparecimento. Ela seria amante do pai de santo Osvaldo Marceneiro.

O corpo de Evandro foi encontrado no dia 11 de abril, um sábado. Escalpelado, sem face, olhos, vísceras, mãos e os dedos dos pés, com o calçãozinho branco que ele adorava, chinelos e a chave de casa ao lado. Estava no meio do mato, próximo à serraria de Aldo Abagge. “O que mais me dói é que duvidem que o corpo seja de Evandro. Eu vi o corpinho. Estava desfigurado, mas sei que era meu filho”, disse Ademir, pai do garoto, ao lado de Maria, a mãe, dias antes do julgamento, em Guaratuba.

Ela era secretária da Escola Olga Silveira na época. Foi no caminho de menos de 100 metros entre a escola e sua casa que Evandro foi sequestrado. Uma testemunha do momento em que o menino teria entrado no carro da primeira-dama e sua filha foi desqualificada no primeiro julgamento por usar drogas. “Celina proibiu as professoras de ir ao enterro”, disse Maria.

Diógenes buscou o Ministério Público e conseguiu que o Grupo Águia, da Polícia Militar, assumisse o caso. Começava aí uma disputa entre as polícias que teria contaminado as investigações. A Civil passaria a defender que Celina e Beatriz são inocentes. A Militar, que são culpadas.

No dia 1.º de julho, a PM prendeu Osvaldo Marceneiro, Vicente de Paula e Davi dos Santos Soares, o pai de santo e seus auxiliares. No dia seguinte, levam Celina e Beatriz – embasados na confissão dos três homens, que acusavam as duas de ter encomendado a morte de Evandro para conseguir fortuna e poder e de ter participado do ritual. Elas também confessaram a participação no crime.

Na serraria, foi achada, em uma “casinha de Exu” (altar a entidades espirituais), pote de barro usado em sacrifícios de animais. Nele havia sangue humano. Não ficou provado se era de Evandro. “Nunca tive dúvida da culpa de Celina e Beatriz. Tenho confiança nos laudos que mostram que o corpo é de Evandro e nas provas contra elas”, garante Paulo Sérgio Markowicz Lima, promotor da acusação.

A defesa. Celina e Beatriz têm certeza, por sua vez, que quem está por trás da trama e até do desaparecimento de Evandro é Diógenes Caetano. Em entrevista dias antes do julgamento, elas choraram ao relatar, com detalhes, as torturas físicas, psicológicas e sexuais a que teriam sido submetidas por PMs para confessar o assassinato. Celina lembrou de ter sido jogada no banco de trás de um carro e, apesar de não poder ver, ter deduzido que estava sendo levada para uma casa que seria do pai de Diógenes.

Na versão das Abagges, Marceneiro, Vicente de Paula e Soares teriam sido levados para a mesma casa na véspera e, também sob tortura, forçados a apontá-las como mandantes do crime. “Depois de seviciada, espancada e submetida a choques elétricos por horas, não aguentei e confessei uma coisa que não fiz”, disse Beatriz. As denúncias de tortura foram investigadas pelas Polícias Civil, Militar e Federal, mas nada foi concluído.

Celina afirmou ser católica praticante fervorosa. “Apreenderam um livro do Paulo Coelho, um caderno com o Garfield de chifrinhos e o filme Ghost como provas de que eu era bruxa”, diz Beatriz. “Diógenes pôs na cabeça que eu fui a responsável pela separação de seus pais, que eu era amante do pai dele, e queria vingança”, disse Celina. Segundo elas, antes de o corpo ser encontrado, Diógenes alardeava que elas eram assassinas.

As Abagges atribuíam a acusação contra elas também a um cenário maior, que envolve até o governo do Paraná. Havia uma onda de desaparecimentos de crianças no Estado e as autoridades não conseguiam contê-la. Em Guaratuba, dois meses antes de Evandro, o garoto Leandro Bossi também havia sumido. “Acharam um corpo com as roupas dele, mas ficou provado que era uma menina. Como confiar que o corpo é de Evandro mesmo?”, questionava Adel El Tasse, advogado de defesa. Leandro continua desaparecido. Para ele, a história da magia negra caía como uma luva para explicar os sumiços. A Promotoria nega. / COLABOROU EVANDRO FADEL

06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria,A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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