Grécia abre 75 sítios arqueológicos para celebrar a lua cheia

 

 

DA EFE

A Grécia, seguindo uma tradição, abriu mais de 75 sítios arqueológicos ao público em diversas partes do país para celebrar a lua cheia de agosto, tudo acompanhado de vários eventos musicais e espetáculos artísticos.

Com a autorização do Conselho Central de Arqueologia, vários pontos turísticos e museus do país permaneceriam abertos para a entrada, na noite de sábado, dos visitantes –a programação incluiu espetáculos culturais.

Neste ano foram excluídas do programa noturno a Acrópole de Atenas e o templo de Poseidon em Sounion. O conselho justificou a medida pelos problemas registrados em 2010, causados pelos mais de 15 mil visitantes na Acrópole, uma das principais atrações.

Entre os demais locais abertos por causa da lua cheia, o destaque ficou para Olímpia e Pilos, os castelos bizantinos de Mistra e Corinto no Peloponeso.

Simela Pantzartzi/Efe

Ruínas do templo de Poseidon, aberto para o público no sábado; local se encontra a 75 km ao sul de Atenas

Ruínas do templo de Poseidon, aberto para o público no sábado; local se encontra a 75 km ao sul de Atenas

Grécia e Egito reivindicam patrimônios históricos de museus

07/07/2011 – 08h01

 

MARINA LANG
DE SÃO PAULO

As disputas são diversas, mas todas têm o mesmo motivo: um país ou um governo que reivindica uma obra de arte, uma relíquia ou um artefato historicamente importante junto a um museu ou instituição cultural de outro país –e que dali foi retirado em contextos que podem ser bastante diferentes.

Há o polêmico pedido de devolução feito pela Grécia, que insiste em repatriar os mármores de Elgin. Comprados pelo então embaixador britânico, estão em Londres há mais de séculos.

Ian Waldie/Reuters

Estátuas do Partenon, que lorde levou de Atenas em 1806

Estátuas do Partenon, que lorde levou de Atenas em 1806

E há também as reivindicações do Egito, cuja solicitação de devolução de relíquias históricas que estão expostas em museus do mundo inclui pelo menos cinco objetos: a pedra de Roseta (também exposta no museu Britânico); o busto de Nefertiti (atualmente no museu Egípcio de Berlim); a estátua de Hemiunu, o arquiteto da Grande Pirâmide (hoje no acervo do museu alemão Roemer-Pelizaeus); o zodíaco Dendara, que pertence ao museu do Louvre, em Paris; e, também, o busto de Kephren, que pode ser admirado no museu de Belas Artes de Boston.

CASO PERUANO

No Peru, a devolução quase voluntária das ruínas por parte da universidade Yale encerram importância mais arqueológica do que propriamente artística.

Hiram Bingham, que teria inspirado o personagem Indiana Jones, levou, há cem anos, 40 mil peças (entre fragmentos de artefatos incaico e ossadas) aos EUA.

Essas peças estão sendo repatriadas e a previsão de entrega deve ter fim até 2012.

O primeiro lote foi enviado no começo deste ano: 400 peças arqueológicas de Machu Picchu receberam uma acolhida excepcional no Peru.

A devolução teve recepção pomposa, com direito a comitiva presidencial peruana, segurança máxima e cobertura televisiva ao vivo. "O Peru recuperou patrimônio, o Peru avança", diziam as inscrições nos caminhões que levavam as peças.

Grécia possui texto decifrável mais antigo da Europa

06/04/2011 – 12h1

DA FRANCE PRESSE

Um pedaço de cerâmica com mais de 3.000 anos, com o texto decifrável mais antigo da Europa, estava em um sítio arqueológico do Peloponeso, na Grécia, informou um arqueólogo da Universidade do Estado do Missouri (EUA) na terça-feira.

"O artefato sugere que a escrita é muito mais antiga do que se acreditava até o momento", explicou o arqueólogo Michael Cosmopoulos em e-mail enviado à agência de notícias AFP.

A cerâmica surgiu durante escavações na colina de Iklena, aldeia de Messênia, a 300 km a sudoeste de Atenas, e tem um século a mais que as tábuas já descobertas até o momento, destacou o arqueólogo.

Christian Mundigler/AFP

Pedaço de cerâmica com mais de 3.000 anos parece ser um registro financeiro com cifras e nomes incrustados

Pedaço de cerâmica com mais de 3.000 anos parece ser um registro financeiro com cifras e nomes incrustados

"Trata-se da placa de argila cozida (com escrita) mais antiga já descoberta na Grécia, o que a torna a mais antiga da Europa", disse Cosmopoulos.

Ao que parece, o artefato é um "registro financeiro" procedente de uma cidade da antiga região de Messênia. "Em um dos lados figuram nomes e cifras, e do outro lado, um verbo relativo à confecção."

A inscrição está em linear B, uma escrita utilizada pelos micênios na idade do bronze (1.600 anos a.C.). Seria o equivalente à época da guerra de Tróia descrita no épico "Ilíada", de Homero.

As escavações, sob a supervisão da Escola de Arqueologia de Atenas, tiveram início em 2006 e já revelaram ruínas de uma enorme estrutura com grandes muralhas datada de 1550-1440 a.C.

Segundo Cosmopoulos, o local foi destruído provavelmente no ano 1.400 a.C, antes de ser invadido pelo reino de Pilos, cujo rei, Nestor, é mencionado na "Ilíada".