Categorias
Artigos

Diretrizes da ONU sobre HIV ajudarão homossexuais e transexuais

 

Homens homossexuais têm um risco 20 vezes maior de serem infectados pelo vírus do que heterossexuais

21 de junho de 2011 | 16h 11

STE – REUTERS

Homossexuais e transexuais devem ter acesso igual aos programas de HIV/Aids, de acordo com as primeiras diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) destinadas a pôr fim ao estigma que nega assistência de qualidade a muitas pessoas, disse a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira.

A OMS também registrou evidências do aumento de infecções pelo HIV entre homens que fazem sexo com homens e entre pessoas que mudam de gênero, especialmente nos países ocidentais. Os dois grupos já são duramente atingidos pela epidemia de Aids, iniciada há 30 anos.

"Esta é a primeira vez que a OMS, como agência da ONU em conjunto com outros parceiros, coloca isso adiante. Isso é delicado, mas vai direto ao ponto e é de fato crítico para a epidemia", disse o médico Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de HIV/Aids da OMS, em entrevista coletiva.

As 21 recomendações são "as primeiras diretrizes globais de saúde pública" a centrar o foco nos homens homossexuais e nos transexuais, disse a OMS em comunicado. Elas foram desenvolvidas para ajudar os trabalhadores da saúde e os políticos a superar a discriminação e a oferecer testes, aconselhamento e tratamento.

Os homens homossexuais têm um risco 20 vezes maior de serem infectados pelo vírus do que os homens da população geral. As taxas são ainda mais altas no México, na Tailândia e na Zâmbia, de acordo com a agência da ONU. As taxas de infecção pelo HIV entre os transexuais variam de 8 a 68 por cento, dependendo do país.

Estima-se que entre 2 e 4 por cento dos homens tenham feito sexo com outro homem ao longo da vida, disse Hirnschall.

"Com certeza uma coisa que sabemos é que o comportamento MSM (sigla em inglês para homens que fazem sexo com homens) existe em todas as culturas. Obviamente, o nível de aceitação e de mistificação cultural varia de cultura para cultura", acrescentou ele.

Mais de 75 países consideram crime a atividade sexual com pessoas do mesmo gênero, de acordo com a OMS. "E os transexuais não são reconhecidos legalmente na maioria dos países", diz a agência.

Categorias
Artigos Noticias

Jovens da escola gay de Campinas irão à Parada de SP em excursão

25/06/2011 08h13 – Atualizado em 25/06/2011 08h13

 

Ônibus deixarão cidade no interior de SP neste domingo (26).
Alguns jovens irão prestigiar evento paulistano pela primeira vez.

Luciana BonadioDo G1 SP, em Campinas

 

Anderson, Raí e Michael se preparam para evento em São Paulo (Foto: Luciana Bonadio/G1)Anderson, Raí e Michael se preparam para evento em São Paulo (Foto: Luciana Bonadio/G1)

Alunos da Escola Jovem LGBT de Campinas, a 93 km da capital paulista, irão conhecer a Parada de São Paulo, considerada a maior do mundo, neste domingo (26). A organização do evento diz que, no ano passado, 3 milhões de pessoas se reuniram na Avenida Paulista. O grupo de jovens viajará a São Paulo em uma excursão, em dois ônibus que sairão de Campinas na manhã de domingo.
O estudante Raí Santos, de 16 anos, está muito animado para participar pela primeira vez da Parada de São Paulo. “Vou me divertir, dançar muito, tirar muita foto”, contou. Apesar disso, ele demonstrou preocupação com a segurança, por causa das informações sobre furtos nos últimos eventos. “Eu estou curioso, mas com medo de ser roubado”, afirmou.

Ele viajará para a capital paulista vestido de “Barrigoncé”, uma “irmã perdida” da cantora americana Beyoncé. “É uma brincadeira minha e de um amigo meu. Até gravamos um vídeo e colocamos na internet”, disse. O adolescente defende a importância desses eventos para os gays. “Lá podemos mostrar quem somos e também nosso trabalho.”

A 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo também será a primeira do subgerente de posto Anderson Arruda, de 22 anos. Ele mudou de uma cidade em Rondônia para Campinas em setembro de 2010. O jovem contou que foi expulso de casa pela família, que não aceitou sua opção sexual, e, por isso, decidiu mudar de estado.

Anderson disse que se sentirá “mais seguro” encontrando outros homossexuais no evento. “É a primeira vez que vou ver tantos gays e lésbicas reunidos. É uma forma de a pessoa se sentir mais segura, porque a gente se sente meio isolado. Quando você vê tanta gente reunida, percebe que há tantos outros iguais a você”, afirmou.

O subgerente e o representante de atendimento Michael Alberto de Sousa, de 22 anos, participaram da turma de dança da escola, fizeram um espetáculo que conta a história do primeiro protesto pelo direito dos homossexuais e decidiram apresentar a montagem em cidades no interior de São Paulo. Eles pensam em ir à Parada de São Paulo caracterizados como os personagens para divulgar o trabalho. “Depende da disposição no dia”, disse Michael.

Deco Ribeiro, diretor da Escola Jovem LGBT de Campinas (Foto: Luciana Bonadio/G1)

Deco Ribeiro, diretor da Escola Jovem LGBT
de Campinas (Foto: Luciana Bonadio/G1)

Ele afirmou que sempre acompanhou o evento paulistano pela televisão, mas resistia em ir. “Nunca tive vontade porque é muita bagunça. Neste ano meus amigos vão e quero ver como é. Acho importante a perspectiva de mostrar que nós existimos”, afirmou.

Veterano na Parada
O diretor da Escola Jovem LGBT, Deco Ribeiro, de 39 anos, é veterano na Parada de São Paulo. “A primeira vez que fui à Parada foi em 1999. A gente faz parte da comissão organizadora da Parada de Campinas. Neste ano, esperamos 150 mil pessoas no evento daqui”, disse. Segundo ele, todos os anos cerca de dez ônibus deixam a cidade rumo à Parada da capital. Deco incentivou a participação dos jovens neste ano. “É uma forma de eles conhecerem a maior Parada do mundo, que é aqui do lado.”

Ele disse que os gays já conseguiram “ser vistos”, muito por causa da Parada: “a grande expressão da cultura LGBT”. “A 2ª onda agora da cultura LGBT é produzir discurso. Porque o preconceito vem muito da ignorância, no sentido de falta de conhecimento mesmo. As pessoas têm que parar só de ver, mas escutar a gente, o que temos para dizer.”

Com o intuito de produzir cultura, a Escola Jovem LGBT foi criada em março de 2010. Ela disponibiliza cursos como teatro, música, revista e dança. Os jovens montam peças, espetáculos de dança e revistas. Em 2012, haverá um curso de formação de drag queen.

Categorias
Artigos

QUEM É A MISSIONÁRIA QUE ABRIU ”IGREJA GAY” EM SÃO PAULO.

 

Junho de 2011

A missionária Lanna Holder, pregadora que fez muito sucesso no meio pentecostal, e que se separou do esposo por causa de um romance homossexual, volta ao cenário religioso com uma proposta bombástica: Juntamente com sua companheira, a pastora Rosania Rocha, Lanna Holder inaugurou no dia 3 de junho de 2011 a Comunidade Crista Cidade de Refúgio, na cidade de São Paulo (Capital). “Somos uma igreja que ama a todos e não exclui a ninguém, que anseia ser UM LUGAR AOS ESCOLHIDOS, pela convicção de que Deus não faz acepção de pessoas”, diz o site da igreja.

Lanna Holder e Rosania Rocha fazem convite para a inauguração da igreja “inclusiva”

“Com apenas 12 anos de idade conheci o lesbianismo. Aos 17, fui a uma boate gay e tive a minha primeira intimidade sexual com mulher. Logo depois desse acontecimento, saí de casa para morar com uma mulher 12 anos mais velha do que eu”, revelou Lanna Holder em uma entrevista ao portal ELNET. Sobre a experiência de conversão, ela acrescenta: “Foi no dia 12 de dezembro de 1995, aos meus 21 anos. Larguei todas as minhas práticas imediatamente. Pedi à minha mãe, que ligasse para a minha ex-companheira e avisasse que eu não iria mais voltar, pois havia me convertido.. Milagrosamente o álcool, as drogas e o homossexualismo ficaram para trás.

Tendo alcançado fama depois de suas aparições no congresso dos Gideões Missionários da Última Hora realizado em (Camboriú) contando o testemunho de como Deus a havia livrado do lesbianismo, a missionária contraiu matrimonio e se projetou em uma carreira singular no âmbito pentecostal.

Conhecida pelos admiradores pela grande capacidade de memorizar textos bíblicos, Lanna Holder chegou a ser uma espécie de protótipo ministerial, sendo imitada em suas roupas e gestos por centenas de mulheres assembleianas, tal como acontece hoje com o pastor Marco Feliciano.

Lanna Holder: Divórcio e relação homossexual mancham a carreira da pregadora

No ano de 2003 a igreja evangélica foi sacudida por um escândalo envolvendo a missionária: um caso homossexual envolvendo Lanna Holder e Rossania Rocha, então dirigente de louvor da World Revival Church – Igreja do Avivamento Mundial, nos Estados Unidos, Presidida pelo Pr. Ouriel de Jesus, uma igreja freqüentada por brasileiros que vivem na região. Em entrevista concedida à revista Eclésia no ano em que ocorreram os acontecimentos, a pregadora comenta: “Eu fui curada por Jesus e não tenho dúvidas quanto a isso. Fico triste quando vejo gente por aí dizendo: ‘A Lanna caiu porque não era liberta de verdade’. Isso é coisa de quem não conhece a Bíblia. As Escrituras narram que vários personagens que viviam segundo os desígnios do Senhor caíram – isso é do homem. Vemos gente que saiu do adultério voltar a adulterar; alcoólatras libertos que um dia caem e tomam a beber. A pessoa que tem um passado negro como o meu está sempre sujeita e suscetível a uma queda”.

Neste tempo, Lanna Holder ainda se referia ao homossexualismo como uma doença pecaminosa da qual ela foi vítima durante grande parte da sua vida, e se referia ao acontecimento em termos de “queda”.

Volta aos púlpitos em 2010

Em 2010, a missionária ensaia um retorno aos púlpitos: “Sei que pequei. Não me orgulho disto e estou trabalhando minha restauração com Deus”, desabafa. Em um site dedicado ao seu recomeço ministerial, a pregadora começou a produzir e comercializar novos DVDs com mensagens, e prometeu lançar sua autobiografia com o nome “O diário de uma filha pródiga”. Na ocasião, ela publicou uma carta de recomendação em sua página web, que a apresentava novamente como pregadora. Estranhamente, a carta não contém data de emissão. Nela , a Igreja Assembléia de Deus em Cidade Nova – RJ, a recomendava como membro desta igreja desde 1997. Assim, Lanna conseguiu acesso novamente ao púlpito das igrejas no Brasil.

Em Junho de 2011: Lanna e sua companheira abrem Igreja Gay em São Paulo

“O que estava em meu coração não contei a ninguém”, diz o site da mais nova comunidade “inclusiva” do Brasil. O texto encontra-se no livro do profeta Neemias e foi usado como base bíblica para justificar o fato de Lanna Holder e Rossania Rocha não revelarem previamente ao público suas intenções.

Apesar da proposta de ser uma comunidade acolhedora, a nova igreja fere a doutrina bíblica ao promover a banalização do pecado do homossexualismo, o qual é condenado em várias passagens bíblicas como (Levítico cap.18 vers.22), (1 Coríntios cap.6 vers.9,10) e (Romanos cap.1 vers.26-27).Apesar da incoerência bíblico-teológica, as fundadoras não estão dispostas a retroceder: “Fomos concebidas sob essa expectativa e não vacilaremos em prosseguir para o alvo que nos está proposto pelos céus”.