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HOMOFOBIA É A PRIMEIRA DA LISTA

POLÍTICA

 

Na pauta de discussões tema será debatido pelos congressistas

Depois de protagonizar a campanha presidencial, a polêmica sobre o aborto e temas ligados à comunidade gay promete acirrar ânimos no novo Congresso, que toma posse nesta terça-feira.
Arquivado no início de janeiro pelo Senado, o projeto que criminaliza a homofobia vai ser a primeira pauta a causar polêmica no Legislativo. A proposta prevê punição para uma série de discriminações e preconceitos, entre eles pela orientação sexual.
Senadores ligados à causa gay se articulam para recolher as 27 assinaturas necessárias para desarquivá-lo. O texto acabou indo para o arquivo depois de tramitar por duas legislaturas sem ir à votação no plenário –como determina o regimento da Casa.
A senadora eleita Marta Suplicy (PT-SP) lidera o movimento para a retomada da matéria. "Assim que estiver empossada, iniciarei as conversas para obter as assinaturas. A relatoria, desde já, tenho me manifestado em assumir", disse ela.
A principal barreira para a aprovação do texto está na bancada evangélica, que vê a possibilidade de censura às pregações dos pastores.
O presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), Toni Reis, disse que adotará estratégia mais enérgica em favor do projeto. "Fizemos todas a concessões possíveis."
Reis antevê outra batalha, para o segundo semestre: o projeto que regulamenta o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Até então, o foco vinha sendo a aprovação da união homoafetiva, mas a comunidade gay quer ampliar o debate.
Outra polêmica engatilhada é a legalização do aborto. Uma nova minuta de projeto de lei está em discussão pelas feministas e pode chegar ao Congresso este semestre.
Telia Negrão, secretária-executiva da Rede Feminista de Saúde, esteve com os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) este mês para discutir o assunto, entre outros itens da pauta. O movimento de mulheres quer o engajamento do governo na aprovação da proposta.
O outro lado da disputa não está paralisado e se articula para frear as iniciativas. O dia da posse dos novos congressistas, na terça-feira, será festejado com o "Show Vida", evento católico que ocorrerá em Brasília e é articulado por parlamentares ligados à igreja _caso do recém-eleito deputado Eros Biondini (PTB-MG).
"Já fiz outros shows desse. No dia da posse, [o objeto] é fincar uma das nossas bandeiras", afirma o eleito. Biondini promete reapresentar, se necessário, o chamado Estatuto do Nascituro, projeto que garante o direito à vida mesmo antes do nascimento.
Como medida imediata, o grupo "pró-vida" no Congresso vai tentar a revogação da resolução do Conselho Federal de Medicina que confirmou o uso da reprodução assistida por casais gays.

Data: 1/2/2011 08:08:37
Fonte: Folha On Line

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Estudos

Homens aceitam melhor traição de mulher com mulher

 

Estudo mostra também que as mulheres fazem o contrário

Do R7

 

Getty ImagesGetty Images

Medo de ser pai dos filhos dos outros faz com que homens
aceitem traições lésbicas; o inverso acontece com as mulheres

Os homens têm mais que o dobro de chances de continuar namorando mulheres que os traíram com outra mulher do que aquelas que ficaram com um homem, revelou uma pesquisa da Universidade do Texas, nos Estados Unidos. 
Já as mulheres fazem o contrário: a tendência maior é de elas continuarem namorando um homem que teve um caso heterossexual , comparada com a que se percebe no caso de o parceiro ter mantido uma relação homossexual. 
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O estudo ofereceu uma nova visão sobre as adaptações psicológicas por trás do desejo do homem por uma variedade de parceiras e do desejo da mulher por um parceiro comprometido – situações que tiveram um papel importante na evolução da psicologia do acasalamento. 
Segundo Jaime Confer, autor do estudo, “um robusto mecanismo de ciúme é ativado em homens e mulheres por diferentes tipos de pistas, aquelas que ameaçam a paternidade nos homens e o abandono nas mulheres".  
Os pesquisadores pediram a 700 estudantes universitários para imaginar que estavam em uma relação romântica e sexual com alguém que estivessem namorando havia três meses. Depois, eles tiveram que dizer como reagiriam à infidelidade do parceiro imaginado. 
Alguns voluntários souberam que seus parceiros tinham sido infiéis com um homem. Outros, com uma mulher. Alguns souberam que a infidelidade aconteceu uma vez. Outros, duas. 
Independentemente do número de vezes ou de parceiros, o estudo revelou que, em geral, 50% dos homens tendiam a continuar a namorar alguém que tinha tido um caso homossexual e 22% a ficar com uma mulher depois de um caso heterossexual. 
Em relação às mulheres, 28% tinham chances de continuar com um namorado que teve um caso heterossexual e 21% de continuar com alguém que teve um caso homossexual. 
As descobertas sugerem que os homens ficam mais aflitos com o tipo de infidelidade que poderia ameaçar a paternidade de seus filhos e veem um caso homossexual de sua parceira como uma oportunidade de acasalar com mais de uma mulher ao mesmo tempo, satisfazendo o desejo por mais parceiros, dizem os autores.

– Isso é ainda mais surpreendente porque pesquisas anteriores mostraram que os homens têm uma atitude mais negativa em relação à homossexualidade e são menos favoráveis aos direitos civis de casais do mesmo sexo do que as mulheres. Mas essa tendência de os homens serem menos tolerantes com a homossexualidade do que as mulheres muda quando o assunto é a homossexualidade feminina. 
Já as mulheres se recusaram a continuar uma relação, principalmente depois do caso homossexual de seu namorado. Segundo os pesquisadores, uma situação dessa pode ser vista como um sinal de insatisfação com a relação atual e de um futuro abandono.
Os participantes da pesquisa também disseram o que fariam diante dessas situações na vida real. Mais do que as mulheres, os homens acabariam com suas atuais relações depois de um caso (supostamente heterossexual).
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Alunos transexuais e travestis podem escolher nome que vão usar na USP

 

Decreto visa diminuir preconceito e prevê adoção de nome social em órgãos públicos

Do R7

Elza Fiúza/ABr

Elza Fiúza/ABr

Travesti participa de ato contra a homofobia
em frente ao Congresso Nacional, em Brasília

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A USP (Universidade de São Paulo) aprovou uma regra que permite que alunos transexuais e travestis possam escolher o nome que querem usar nos registros da instituição.

Na prática, isso vai permitir que eles adotem nomes femininos ao invés dos masculinos, com o qual não se identificam, ou vice-versa (no caso de transexual nascido no sexo feminino).

A mudança cumpre um decreto do Estado de São Paulo, assinado em 17 de março de 2010 pelo ex-governador José Serra.

A legislação, de número 55.588/10, diz que todos os órgãos de administração estadual direta ou indireta devem tratar os funcionários "trans" (travestis e transexuais) pelo nome social, ou seja, o nome pelo qual ele se identifica.

Inicialmente, o registro vai valer para os diplomas fornecidos pela USP. No futuro, a ideia é que o uso do nome social seja permitido também em sala de aula, nas listas de chamada e no vestibular.

Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), afirma que medidas como essa ajudam a diminuir o número de faltas e o abandono escolar dessa parcela da população.

– Um dos grandes problemas nas escolas é o desrespeito com a identidade do aluno, mais até do que o desrespeito à opção sexual. Normalmente os gays são vítimas de piada e chacota no ambiente escolar. Os “trans” [sofrem] mais ainda, e vários acabam abandonando os estudos. A maioria acaba vendo na prostituição a única alternativa de trabalho.

A nova regra segue o exemplo de colégios, hospitais, secretarias e outros órgãos do governo paulista. Normas similares, de uso do nome social por transexuais e travestis (os chamados "trans"), já valem para escolas de 14 Estados – Pará, Goiás, Paraná, Alagoas, Piauí, Santa Catarina e Pernambuco, entre outros. Maranhão foi o último a aderir. 

Os "trans" que trabalham em órgãos federais também têm o direito garantido de usar o nome social  – uma portaria do Ministério do Planejamento regulamentou a decisão.

Ódio contra gays

Em 2010, a USP (considerada a melhor do Brasil por rankings internacionais) viveu polêmicas ligadas a homofobia e ódio contra gays. Um jornal produzido por estudantes continha piadas que incitavam outros universitários ajogar fezes em homossexuais.

Em outubro, um casal gay foi agredido durante uma festa organizada por alunos da USP. Henrique Peres, uma das vítimas, foi alvo de socos e chutes vindos de três agressores.