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Colunista da Veja critica postura ‘intolerante’ de militantes gays com Silas Malafaia em audiência pública

 

Por Luana Santiago | Correspondente do The Christian Post

Reinaldo Azevedo, jornalista e colunista da revista Veja publicou um artigo levantando a questão sobre a cura gay e a intolerância observada na audiência pública, realizada para debater o Projeto de Decreto Legislativo 234/11, na última quarta-feira, dia 28.

O decreto, de autoria do deputado federal João Campos (PSDB-GO), pretende revogar parte de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia que impõe regras aos profissionais da área na relação com pacientes homossexuais.

De acordo com o colunista, participaram do encontro militantes de movimentos gays, representantes de igrejas cristãs e profissionais da área.

Para o colunista, o debate foi “um espetáculo grotesco. A intolerância mais rombuda, envergando as vestes da liberdade, gritou, injuriou, espezinhou, partiu para a baixaria”.

O colunista revela não ser a favor da hipótese de uma cura gay, já que não considera a homossexualidade uma doença. No entanto, ressalta que não acredita também ser uma opção: “sexualidade não é uma opção — se fosse, a esmagadora maioria escolheria o caminho da maior aceitação social (…)”, comentou.

Entre alguns trechos do projeto de lei que julga apropriados, ele cita alguns que “avança o sinal”, abrindo “as portas para a caça às bruxas”.

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Reinaldo cita o trecho: “Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”; e “Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação em massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica”.

“Qual é o principal problema desses óbices?” questiona o colunista. Ele próprio conclui que, “cria-se um ‘padrão’ não definido na relação entre o psicólogo e a homossexualidade”.

Para ele, tais trechos são “tão estupidamente” subjetivos que se torna possível enquadrar qualquer profissional punindo-o com base no simples "achismo", na mera opinião de um eventual adversário.

Com base em uma pesquisa, o colunista da Veja diz que não encontrou evidências de resolução parecida em nenhum lugar do mundo, considerando esta discussão no Brasil uma forma de “usar o discurso da liberdade para solapar a própria liberdade, não se dão a desfrutes dessa natureza”.

Ele cita como exemplo os governos da Califórnia e dos Estados Unidos que proibiram a terapia forçada de “cura” da homossexualidade em adolescentes, o que julga ser “muito diferente do que fez o conselho no Brasil”.

Intolerância

Reinaldo reafirma não acreditar na cura gay por não considerar a postura uma doença. Porém, ressalta que deve haver respeito no debate entre as pessoas com diferentes opiniões.

“O sentido de um evento assim é confrontar opiniões, é permitir que as várias vozes da sociedade se manifestem.”

Reinaldo faz uma crítica a posturas dos militantes gays que defendem a tolerância, mas que agiram com intolerância no pronunciamento do pastor Silas Malafaia. Segundo o jornalista, o associaram à “suástica nazi”. “Ei-la: esta é a intolerância dos tolerantes”.

“Cartazes de puro deboche e achincalhe eram exibidos enquanto ele emitia os seus pontos de vista; ele mal conseguia articular palavra sem que a tropa de choque do sindicalismo gay o interrompesse com vaias e apupos”, comentou Reinaldo.

Reinaldo ainda critica a postura do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que de acordo com ele estava “a comandar o espetáculo”. Para ele, o parlamentar que defende a tolerância aos homossexuais deveria inspirar a atitude de tolerância nos seus seguidores, oposto ao que observou.

“Custa a esse parlamentar – que fala em nome da tolerância – inspirar a tolerância naqueles que o seguem, para que ouçam com respeito os que divergem?”

“Se é inaceitável – e é – que um gay seja alvo de discriminação, objeto de deboche – por que estimular comportamento semelhante contra aqueles que consideram seus adversários?”

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PERNAMBUCO NÃO TE QUER

 

Anúncio cristão associa pedofilia ao homossexualismo e faz polêmica

     O Fórum Permanente Pernambuco Pró-Vida (FPP-PV) é ligada ao grupo Javé, Nossa Justiça, uma organização que se denomina cristã, “ aberta a todos que professam a fé em Jesus Cristo”. Sua página na Internet afirma que seu objetivo é lutar contra os abusos do turismo sexual em Pernambuco, praticar e estimular a caridade, divulgar e estimular o conhecimento do evangelho e apoiar as boas causas em comunhão com a doutrina cristã.
     Mas sua nova campanha está gerando polêmica no Estado. O motivo é uma propaganda veiculada esta semana que está causando revolta entre os internautas nas redes sociais.
     Junto ao slogan ‘Pernambuco não te quer’, a propaganda equivale o homossexualismo a crimes como exploração sexual de menores, pedofilia, turismo sexual e prostituição.
     Isso revoltou muitos ativistas LGBT, que usaram o Twitter e Facebook para expressar suas críticas. Na página do perfil Pró-Vida no Facebook, uma postagem pede: “Lute contra a pedofilia, exploração sexual de menores, prostituição, e a proliferação do homossexualismo! Junte-se a nós! Lute pela vida e pelos valores cristãos”. Como o grupo se denomina cristão, logo começou o embate entre os evangélicos e os que os acusam de homofobia.
     Há centenas de mensagens com críticas e foi pedido, inclusive, a denúncia do grupo ao Ministério Público com as acusações de crime de homofobia e incitação ao ódio.
     Os jornais impressos de Pernambuco que publicaram o anúncio estão sofrendo pressão, com dezenas de pedidos de retratação pela veiculação da mensagem. Por esse motivo, o termo “Recife” ficou entre os temas mais comentados do Twitter nesta terça-feira.
     O jornal Folha de Pernambuco já divulgou pelo Twitter e Facebook uma nota em que afirma que essa não é a sua posição: “Com referência ao anúncio publicitário autorizado e pago pelo Instituto Pró-Vida PE, publicado na edição de segunda-feira, dia 3 de setembro, a Folha de Pernambuco afirma que o seu conteúdo de forma alguma reflete a opinião do Jornal. Ao longo dos seus 14 anos, a Folha vem construindo e mantendo uma relação de respeito junto aos seus leitores, focado na promoção dos direitos humanos, inclusive da comunidade LGBT, com quem o jornal mantém diálogo constante”.
     Alheio à polêmica, o grupo também lançou uma campanha contra o aborto e emitiu um “alerta” à população para a escolha de seus candidatos. A sugestão é que “cada cidadão procure conhecer o que pensa e como age seu escolhido em relação ao aborto, ao turismo sexual, e outros temas contra os valores cristãos”.

Data: 5/9/2012 08:38:23
Fonte: GospelPrime

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Livros de ensino religioso estimulam preconceitos

EDUCAÇÃO

 

As aulas de ensino religioso nas redes públicas de ensino do País utilizam livros com conteúdo preconceituoso e intolerante, afirma um estudo da Universidade de Brasília (UnB) que analisou as 25 obras temáticas mais usadas nas escolas.

Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o ensino religioso nas escolas deveria garantir "o respeito à diversidade cultural religiosa, vedadas quaisquer formas de proselitismo". Segundo a pesquisa, "Laicidade e o Ensino Religioso no Brasil", ocorre o contrário: as publicações estimulam homofobia; impõem o cristianismo (em especial o catolicismo); não destacam religiões afro-brasileiras e indígenas; ignoram pessoas sem religião e estigmatizam a pessoa com deficiência.

De acordo com a pesquisa, alguns livros relacionam o nazismo com falta de religião, afirmam que a ciência só é legítima quando "ligada à ética e a Deus" e criticam o homossexualismo.

Alguns números do levantamento comprovam o cenário alarmante. Das 192 vezes em que algum líder religioso e secular foi citado nas obras, Jesus Cristo apareceu em 81 delas. Líderes indígenas e Moisés, por exemplo, apareceram apenas uma vez cada um. As referências aos grupos religiosos também não apresentam equilíbrio. Predominam as religiões cristãs (65%).

Para Debora Diniz, coordenadora da pesquisa, falta controle do Ministério da Educação sobre os livros de ensino religioso. "O MEC avalia livros de todas as disciplinas, por que não avaliar esses? Isso abre espaço para discriminação religiosa e interfere na formação dos cidadãos."

Data: 1/8/2010
Fonte: Estadão