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UMA DENOMINAÇÃO QUE SE IMPLODE – CBN (Convenção Batista Nacional)

cbn I Cor. 12:12-13 “12 “Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. 13 Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito”.

A diversidade doutrinária, teológica, litúrgica, histórica, filosófica etc., usando como parâmetro os vários tipos de pessoas que compõem a igreja, o corpo de Cristo. No texto citado de Paulo a ênfase é de que cada parte do corpo coopera para o crescimento deste. Essa cooperação não se dá com cada parte achando o que é melhor para si ou para o corpo, mas se integrando na dinâmica e sinergia gerada pelo Espirito Santo para crescimento ordenado do corpo.
A figura do corpo humano é fundamental para exemplificar a igreja. Cada parte ou órgão ajustado com um propósito.
Assim sendo, as mais diversas pessoas que compõem o corpo de Cristo, a igreja, pelo batismo, trabalham para unidade da igreja, observando princípios e valores que não podem ser transigidos para que o corpo não se esfacele. Agora dizer que vários tipos de pessoas na igreja é um paralelo para os vários tipos doutrinários existentes conviverem harmoniosamente é algo pueril.
Na afirmação do autor se destaca um erro sutil, mas muito significativo. A diversidade de pessoas na igreja não é base para se afirmar que a diversidade teológica seja bem vinda ou aclamada como um princípio batista de liberdade. Essa pseudo liberdade é a porta escancarada para a libertinagem teológica, doutrinária, eclesiástica, litúrgica etc.
O referido autor afirma Ipsis litteris que “o respeito pela autonomia da igreja local tem sido uma das marcas da Convenção Batista Nacional e permitiu que visões ministeriais completamente diferentes se desenvolvessem em nosso meio. Tanto na teologia quanto na liturgia, temos igrejas bem tradicionais, pentecostais e até neopentecostais e isso não nos empobrece; pelo contrário, nossa diversidade é fruto de nossa liberdade e da prova que é possível amar e viver em comunhão, a despeito das diferenças”.
Vejamos alguns pontos erráticos nesta afirmação:
a.     Se na teologia e na liturgia a CBN possui igrejas tradicionais, por que elas não permaneceram na Convenção Batista Brasileira – CBB ou mesmo pediram filiação àquela denominação?
Por que passar pelo desgaste vivido na década de 60 do século passado? Se possui igrejas pentecostais e neopentecostais, o que elas fazem na CBN?
Por que não estão em seus meios de origem?
Se as práticas teológicas, litúrgicas, eclesiásticas coadunam com outras denominações e estas nada possuem de batista, então a CBN não possui significância alguma em termos de denominação.
b.     O respeito pela autonomia das igrejas locais e uma marca de todos Batistas no mundo inteiro e não somente da CBN. Qualquer convenção Batista respeita e preserva a autonomia das igrejas locais.
c.      Esse respeito à autonomia da igreja local não é um passaporte para permitir visões dispares no meio batista renovado, mas somente é usado como pretexto para afundar a denominação no caos doutrinário, eclesiológico, litúrgico, teológico etc.
d.     O fato de termos, como afirma o autor, liturgias, teologias tradicionais, pentecostais e neopentecostais no meio da CBN, não constitui fator diferencial para o bem da denominação, nem de destaque em relação à outras denominações que não aceitam tais disparidades, mas é fator de desintegração das malhas doutrinárias, teológicas, históricas, filosóficas e bíblicas da denominação.
A proposta do autor do texto, talvez sem o perceber, é de transformar a denominação – CBN em uma colcha de retalhos,  o que, por sinal, já é um fato incontestável. Chega a afirmar que essa salada de frutas proposta não empobrece a denominação, e nisso ele acerta, pois esse pensamento e prática já detonou toda uma história de quase 50 anos. Pergunto: empobrecer o que? Diminuir o que? Aquilo que quase não existe?
Se o autor entende que essa Caixa de Pandora pode ser aberta sem causar danos irreparáveis é algo lastimável e simplório demais. Essa forma de pensamento somente descaracteriza toda uma denominação e a implode de um modo irreversível.
A verdade nua e crua é que a CBN, em vários aspectos, quase nada possui de Batista ou no mínimo sonha um dia voltar aos fundamentos batistas.
Sem medo errar afirmo que um grande percentual da liderança batista nacional (pastores, obreiros, diáconos etc.) desconhece a história dos batistas, da CBN e principalmente desconhece os princípios distintivos dos batistas.
BATISTA NÃO É PENTECOSTAL e NEM NEOPENTECOSTAL.
BATISTA PRIMA PELA COERÊNCIA E NÃO PELA INCOERÊNCIA.
PARA O BATISTA NÃO VALE TUDO DE QUALQUER JEITO E FORMA.
Acho que para o preclaro autor do texto, bem como para muitos de nós batistas nacionais, a música que mais se encaixa nessa forma de pensamento seja o do ex-cantor Tim Maia:VALE TUDO.
No final do texto o autor se mostra imerso na cultura e pensamento pós moderno. Tece uma crítica para aqueles que criticam erros de outros.
Com certeza serei apedrejado ou irei para o tribunal do Santo Ofícios Batista Nacional. Essa tolerância ampla e irrestrita advogada pelo autor do texto é antifilosófica. Então a admoestação do apóstolo Judas em sua carta V. 3 não procede para o autor. “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”. Se assim for, teremos de rasgar grande parte do N. Testamento que fala sobre os julgamentos de Paulo, Pedro e outros apóstolos.
De fato vemos uma denominação que se implode.
Necessário se faz repensarmos nossa história, não nos afastarmos dos fundamentos lançados e preservarmos aquilo que nos é caro e próprio.
Soli Deo Gloria
Pr. Luiz Fernando R. de Souza – CBN-MG.
As inserções e negritos foram incluidas pelo autor do site
06-06-16 013

Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento, referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., ex-maçon, autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível, com análise transacional e Comportamento Gerencial.

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Cresce a força das pastoras na igreja brasileira

No terceiro maior grupo religioso do Brasil, batistas abrem espaço para que as mulheres A revista Época deu amplo espaço…

por Jarbas Aragão

  • gospelprime

 

Cresce a força das pastoras na igreja brasileira
Cresce a força das pastoras na igreja brasileira

No terceiro maior grupo religioso do Brasil, batistas abrem espaço para que as mulheres

A revista Época deu amplo espaço para a questão da ordenação feminina, que ainda divide muitas igrejas e denominações pelo país. Uma das provas do crescimento da influência das pastoras foi a recente decisão da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB).

A Convenção Batista Brasileira (CBB), segundo maior grupo evangélico do país, é historicamente resistente à presença de pastoras em seus quadros. Dentre os 10.356 filiados, existem apenas dez mulheres. Contudo, em 22 de janeiro, a OPBB aprovou o ingresso de mulheres na entidade. A tendencia é aumentar a força das pastoras. Existem muitas que são reconhecidas pelas suas igrejas locais, mas não tinham a aprovação oficial da denominação.

“A decisão da Ordem facilita o caminho para a ordenação de outras mulheres que atendem ao chamado de Deus”, diz Zenilda Reggiani Cintra, da Igreja Batista Esperança, em Taguatinga, Distrito Federal. Formada em teologia desde 1980, Zenilda é casada com o pastor Fernando Cintra. Foram necessários 24 anos para ela ser reconhecida pela igreja e passar a usar o título de pastora.

A revista, contudo, se confunde ao tratar todos os batistas como um bloco homogêneo, ignorando as diferentes denominações que levam o nome de batista e que tomam decisões de forma autônoma. Mesmo assim, o fato da CBB, uma das denominações mais conservadoras do país mudar de opinião inegavelmente tem sua influência sobre os evangélicos como um todo.

“Hoje, as igrejas estão em permanente diálogo. Decisões como essa têm impacto sobre todos os grupos”, acredita Sandra Duarte de Souza, teóloga e professora da Universidade Metodista de São Paulo.
O debate acirrado sobre a inclusão (ou não) das mulheres na liderança de grupso religiosos não se restringe ao Brasil. O tema ganhou força a partir do século XX, um reflexo da mobilização das mulheres para terem posição de igualdade dentro da sociedade.

O teólogo presbiteriano Augustus Nicodemus Lopes tem escrito sobre o assunto e classifica as opiniões como “diferencialistas” (contra) e “igualitaristas” (a favor). Ambos usam trechos bíblicos para defender suas posições.

Os diferencialistas defendem que homens e mulheres foram criados com papéis distintos e que cabe ao homem exercer autoridade em casa e na igreja. Já os igualitaristas são favoráveis à participação mais ativa da mulher nas religiões, alegando que as diferenciações resultantes do pecado original foram apagadas pelo sacrifício de Cristo.

Breno Martins Campos, professor de pós-graduação em religião da PUC de Campinas, enfatiza: “A localização do texto bíblico em seu contexto histórico permite outras possibilidades de interpretação”. A argumentação não está restrita ao campo da teologia.. A teóloga Sandra Duarte de Souza acredita que argumentos sociológicos são legítimos em uma discussão religiosa. “Os argumentos contra as sacerdotisas só encontram acolhida hoje porque ainda vivemos numa cultura patriarcal”.

Ao longo do século XX, as mulheres foram conquistando maiores espaços nas denominações evangélicas. Nas Assembleias de Deus dos Estados Unidos, as primeiras pastoras foram reconhecidas na década de 1930. Nas décadas seguintes, o mesmo ocorreu nas igrejas metodistas, presbiterianas e luteranas. Isso acabou influenciando as igrejas Metodista, Evangélica de Confissão Luterana e Presbiteriana Independente, no Brasil, que também aceitam mulheres como pastoras.

Nas igrejas pentecostais e neopentecostais, a presença de pastoras é mais comum. Algumas delas como Ana Paula Valadão e Cassiane ficaram famosas por conta de sua carreira como cantoras. O sociólogo Gedeon Alencar, um estudioso das Assembleias de Deus, explica que essa prática não representa uma inclusão real, pois muitas vezes exclui do sacerdócio as mulheres sem laço familiar com pastores. A teóloga Sandra pensa diferente, defendendo que a ordenação de mulheres de pastores “ajuda a mudar as concepções sobre o papel da mulher na igreja”.

O assunto está longe de chegar a uma definição, mas a mudança de postura entre os batistas certamente é um passo importante para que em breve o quadro mude mais ainda.

Com informações de Época e Gospel Prime

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Assembléia de Deus não é mais a mesma, diz José Wellington

 

O líder criticou a aceitação de usos e costumes que não fazem parte da denominação

por Leiliane Roberta Lopes

  • gospelprime
Assembleia de Deus não é mais a mesma, diz José Wellington
Assembleia de Deus não é mais a mesma, diz José Wellington

Durante uma reunião com obreiros da Convenção Fraternal das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo (CONFRADESP) o pastor José Wellington Bezerra da Costa criticou a inclusão de usos e costumes que não fazem parte da doutrina da Assembleia de Deus.

“Nós estamos, paulatinamente, imitando e aceitando os costumes dos samaritanos”, disse ele. José Wellington lembrou a criação da Assembleia de Deus que é uma igreja avivada, não por mãos de homens, mas pelo Espírito Santo.

“Estamos caminhando para uma igualdade, já existe muitas coisas do costume dos samaritanos que nós já estamos aceitando. Há muita coisa entre nós que não é da Assembleia de Deus”, disse o líder.

José Wellington citou que essas influências estão deixando os cultos mais frios, sem a presença do Espírito Santo que cura e liberta as pessoas.

O presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) também falou sobre as igrejas que não tocam mais hinos da harpa para tocar aqueles que fazem as pessoas baterem palma.

“Os samaritanos trouxeram alguns corinhos e muita ‘bateção’ de palma,  alguns conjuntos que começam o culto para animar… irmãos, culto não é programa de auditório”, disse.

Mulheres com cabelos curtos, enfeites de jóias, homens com cavanhaque, grupos de dança nas igrejas e outras coisas foram criticados por José Wellington que afirmou que a “Assembleia de Deus já não é mais a mesma”.

Assista:http://www.youtube.com/watch?v=ZFsIj6moSPs