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Discriminação e ameaças contra igrejas

 

     Desafiando a chuva e as ruas alagadas, mais de duas dúzias de pessoas se reuniram em frente à igreja de Putalisadak, que fica  no coração da capital, Kathmandu, na quinta-feira, para sua reunião de estudo bíblico, trazendo um sorriso de satisfação ao rosto do pastor Dev Kumar Chetri.
     O sorriso desaparece, porém, quando ele fala sobre os problemas da igreja do Nepal, a segunda mais antiga a enfrentar perseguição. Centenas de outras igrejas espalhadas pelo país têm o mesmo problema.
     “De acordo com as antigas leis, as igrejas não foram autorizadas a se registrar como instituições religiosas”, disse Chari Gahatraj, um pastor protestante. “Em 2006, quando o Parlamento declarou formalmente que o Nepal era uma nação secular, pensamos que tudo iria mudar e que as igrejas seriam reconhecidas como instituições religiosas.”
     Cinco anos mais tarde, no entanto, a discriminação contra os cristãos continua, segundo Gahatraj. “Nem sequer fomos mencionados nas novas políticas e programas que o governo propôs ao Parlamento este ano”, disse ele.
     A igreja de Putalisadak também sofreu uma crise, quando os dois homens que eram coproprietários daquela terra foram ao tribunal para pedir suas partes. O terreno da igreja teve de ser retalhado para se resolver a disputa.
     “Esta é a história mais triste”, disse o pastor Chetri. “Nossa igreja possui registros que dizem que existem cerca de dois milhões de cristãos e quatro mil igrejas no Nepal atualmente. Mas a maioria deles não tem um lugar para realizar os cultos, pois o cristianismo ainda não é reconhecido no Nepal. É como se nós não existíssemos.”
     A estimativa de dados internacionais é de que o número de cristãos no Nepal é inferior aos dados da igreja – 850 mil. Mas a última pesquisa estima um número maior de congregações – 9.780 – do que os dados da igreja de Putalisadak.
     A terceira igreja mais antiga do Nepal, Nepali Isahi Mandali, fundada em 1957, também foi levada ao tribunal por causa de um vizinho ressentido.
     “Quando nossa congregação começou a crescer, em 2006, começamos a construir um grande templo para acomodar todos”, disse o pastor Samuel Karthak. “Mas houve oposição de um vizinho, que foi ao tribunal reclamar. Sentiríamos mais confiança se fôssemos considerados instituições religiosas. No entanto, ainda somos considerados cidadãos de segunda classe e nossas igrejas, lugares que convertem pessoas. Nós ainda não temos uma voz ativa.”

Data: 29/8/2011
Fonte: Portas Abertas

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NEPAL : Igrejas sofrem com discriminação e ameaças

     Desafiando a chuva e as ruas alagadas, mais de duas dúzias de pessoas se reuniram em frente à  igreja de Putalisadak, que fica  no coração da capital, Kathmandu, na última quinta-feira, 18, para sua reunião de estudo bíblico, trazendo um sorriso de satisfação ao rosto do pastor Dev Kumar Chetri.
     O sorriso desaparece, porém, quando ele fala sobre os problemas da igreja do Nepal, a segunda mais antiga a enfrentar perseguição. Centenas de outras igrejas espalhadas pelo país têm o mesmo problema.
     “De acordo com as antigas leis, as igrejas não foram autorizadas a se registrar como instituições religiosas”, disse Chari Gahatraj, um pastor protestante. “Em 2006, quando o Parlamento declarou formalmente que o Nepal era uma nação secular, pensamos que tudo iria mudar e que as igrejas seriam reconhecidas como instituições religiosas.”
     Cinco anos mais tarde, no entanto, a discriminação contra os cristãos continua, segundo Gahatraj. “Nem sequer fomos mencionados nas novas políticas e programas que o governo propôs ao Parlamento este ano”, disse ele.
     A igreja de Putalisadak também sofreu uma crise, quando os dois homens que eram coproprietários daquela terra foram ao tribunal para pedir suas partes. O terreno da igreja teve de ser retalhado para se resolver a disputa.
     “Esta é a história mais triste”, disse o pastor Chetri. “Nossa igreja possui registros que dizem que existem cerca de dois milhões de cristãos e quatro mil igrejas no Nepal atualmente. Mas a maioria deles não tem um lugar para realizar os cultos, pois o cristianismo ainda não é reconhecido no Nepal. É como se nós não existíssemos.”
     A estimativa de dados internacionais é de que o número de cristãos no Nepal é inferior aos dados da igreja – 850 mil. Mas a última pesquisa estima um número maior de congregações – 9.780 – do que os dados da igreja de Putalisadak.
     A terceira igreja mais antiga do Nepal, Nepali Isahi Mandali, fundada em 1957, também foi levada ao tribunal por causa de um vizinho ressentido.
     “Quando nossa congregação começou a crescer, em 2006, começamos a construir um grande templo para acomodar todos”, disse o pastor Samuel Karthak. “Mas houve oposição de um vizinho, que foi ao tribunal reclamar."
     "Sentiríamos mais confiança se fôssemos considerados instituições religiosas. No entanto, ainda somos considerados cidadãos de segunda classe e nossas igrejas, lugares que convertem pessoas. Nós ainda não temos uma voz ativa.”

Data: 23/8/2011 08:38:00
Fonte: Portas Abertas

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SER PASTOR NÃO É DAR SHOW

LIDERANÇA

 

Convém que Jesus Cristo cresça e que eu diminua a cada dia

Por: Ari Oliveira de Sousa

     Em Julho de 2006, muitos cristãos protestantes de todo o Brasil expressaram sua insatisfação ao lerem a reportagem de capa da revista VEJA (edição de 12 de julho de 2006), cujo título reflete com muita precisão o conteúdo da referida matéria: “O Pastor é Show”.

A matéria publicada aponta para o novo momento do protestantismo brasileiro, que não mais tem se representado pelo estigma da prosperidade, mas pelo advento dos “gurus” apostólicos, ou os assim chamados pregadores das multidões, mega pastores ou show-men´s da fé. Que através do emprego de técnicas de marketing, comunicação e até mesmo da psicologia têm emplacado como os novos expert’s da auto-ajuda nacional.

Infelizmente, mais uma vez os “evangélicos” como temos sido usualmente chamados, não têm sido diferenciados quanto suas crenças e práticas. Onde igrejas sérias e históricas são confundidas com algumas “curiosas” igrejas locais e denominações em seus ritos e práticas (estranhos ao evangelho de Cristo).

O cristianismo da Terra de Vera Cruz vive um momento de profunda crise de identidade, onde muitos modismos e teologias decadentes advindos de diversos lugares do mundo encontram abrigo, sobrando ainda até um pouco de espaço para as heresias made in Brazil, 100% nacionais.

Para minha surpresa, folheando a referida edição de Veja (em quanto aguardava numa sala de espera), li na seção de Cartas, diversas mensagens de leitores evangélicos em manifestação de total aprovação a reportagem da edição anterior. Tantas mensagens, e quase nenhum conteúdo, tantos elogios e apenas uma crítica.

Diante disso, confesso que meu espírito amargurou-se. Acho que o que aprendi até aqui é totalmente inútil. Ou como diria Sócrates: “o que sei é que nada sei”. Reflito nas palavras de João Batista (precursor do Senhor) sobre Jesus: “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (Jô 3.30).

Pois é, talvez João Batista estivesse errado, e por não ter pensado e se comportado como os “gurus” que surgem nos canais de TV aberta em nossas manhãs de sábado, perdeu provavelmente a oportunidade de fundar sua própria denominação, ou até mesmo destacado ainda mais o seu nome na história.

Sinto-me tentado, a exemplo de meus colegas, a me autoproclamar Apóstolo de Jesus, seguindo talvez a sucessão Joanina ou Paulina, já que a “franquia” Petrina já foi patenteada por algumas igrejas.Infelizmente, é cada vez mais evidente a tendência de descentralização de Jesus Cristo em sua igreja. Jesus tem “perdido” seu espaço para egos inflamados que se dizem seus representantes.

E por falar nisso, acho que o termo “Igreja” deve mesmo cair em desuso. Novos termos como tribo, encontros, point, etc. devem mesmo emplacar. Sinceramente, acho tudo isso muito show, ficarei no anonimato.
Que meu “espírito de grandeza” seja sufocado pelo serviço. Pois, segundo Jesus, “para ser grande tenho de ser pequeno” (Mt 23.11). Me esconderei atrás da cruz sem demagogia ou falsidade.

Quero ser pequeno! Aliás, aproveito a ocasião para me solidarizar com João Batista. Por resistir bravamente à tentação de ser grande. Concluo meu pensamento com a seguinte afirmação: Ser pastor é não dar show.
Convém que Jesus Cristo cresça e que eu diminua a cada dia!

Ari Oliveira de Sousa, autor é pastor da Igreja Presbiteriana de Higienópolis

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Rev. Ângelo Medrado, Bacharel em Teologia, Doutor em Novo Testamento,referendado pela International Ministry Of Restoration-USA e Multiuniversidade Cristocêntrica é presidente do site Primeira Igreja Virtual do Brasil e da Igreja Batista da Restauração de Vidas em Brasília DF., é autor de diversos livros entre eles: Maçonaria e Cristianismo, O cristão e a Maçonaria, A Religião do antiCristo, Vendas alto nível com análise transacional e Comportamento Gerencial.

Data: 20/7/2011 08:59:29