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Marcelo Crivella sofre processo de Impeachment

 

Marcelo Crivella

Marcelo Crivella – (Tomaz Silva/Agência Brasil)

A Câmara de Vereadores do Rio aprovou, ontem, terça-feira (2/4), a abertura do processo de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (PRB), Bispo da Igreja Universal do Reino de Deus.

Fernando Lyra Reys, fiscal da Secretaria de Fazenda é quem denunciou o prefeito pelo crime de responsabilidade por ter renovado contratos de mobiliários urbanos em dezembro de 2018.

Jorge Felippe (MDB), se declarou impedido, por ser o primeiro a sucedê-lo, caso o pedido seja aprovado.

Após a publicação da admissibilidade no Diário Oficial, Marcelo Crivella terá 10 dias para apresentar sua defesa e a comissão formada terá até 90 dias para apresentar um relatório.

Para ser aprovado, o relatório é necessário o voto de dois terços dos vereadores.

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Movimento pressiona pelo impeachment de quatro ministros do Supremo

A pressão das ruas, com apoio de congressistas, está incomodando magistrados e despertando uma crise que pode envolver o governo federal

Ministro Alexandre de Moraes, que votou por equiparar homofobia a crime de racismo, é um dos alvos (foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
A pressão de deputados para que seja decretado impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) continua ecoando na Esplanada dos Ministérios e ganhando novos contornos. Movimentos de rua confirmaram manifestações para 13 de março em frente à Corte, e uma nova convocação começou a ser feita ontem, em aplicativos de mensagem instantânea, para um ato em 7 de abril. A pressão das ruas, com apoio de congressistas, está incomodando magistrados e despertando uma crise que pode envolver o governo federal.
São alvo dos movimentos de rua os ministros Celso de Mello, Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Os quatro votaram a favor da criminalização da homofobia, em julgamento que foi interrompido em 21 de fevereiro. O posicionamento dos magistrados enfureceu uma ala parlamentar ligada ao presidente Jair Bolsonaro. Na última semana, 15 deputados protocolaram no Senado um pedido de impeachment contra os magistrados. Entre os signatários, 13 são do PSL, partido do presidente da República.
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O argumento que embasa o pedido é o de que os ministros do STF cometeram crime de responsabilidade, previsto na Lei 1.079/50. Na avaliação dos parlamentares, os magistrados desobedeceram ao princípio de reserva legal, disposto na Constituição. Na prática, os deputados entendem que os ministros do STF estão legislando ao criminalizar a homofobia, atividade que caberia ao Congresso. Os ministros que já votaram no caso observaram que cabe ao tribunal decidir nos casos em que haja omissão do Legislativo em regulamentar princípios consagrados pela Carta Magna, como o que condena discriminação que fira direitos e liberdades fundamentais.
A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), fundadora do movimento Nas Ruas e uma das signatárias do pedido, reconhece que a cobrança interfere na relação entre os poderes. Mas adverte que é uma reação às ações adotadas pelos magistrados. “Não faço críticas pessoais, mas o ato de legislar, partindo do STF, fere a independência entre poderes. Os ministros precisam interromper o ativismo judicial e parar de interferir nas atividades legislativas, concentrando-se em julgar denunciados na Operação Lava-Jato pela Procuradoria-Geral da República (PGR)”, argumentou.
Nos corredores do Supremo, alguns ministros começam a se preocupar com a tensão entre a Corte e a Câmara dos Deputados. No entanto, a avaliação é de que o tribunal não deve levar em consideração pressões externas para definir a agenda de votações dos assuntos que são levados ao plenário. Devido aos feriados de carnaval, os julgamentos serão retomados apenas na próxima semana.

Normalidade 

O colegiado também não se encontrou nos últimos dias, quando ganharam corpo as críticas de aliados de Bolsonaro ao STF. O imbróglio frustra os planos do presidente da Corte, Dias Toffoli, de fazer avançar uma agenda comum com o Executivo. Mesmo evitando manifestações, Bolsonaro não age para conter os ânimos entre seus apoiadores.
Embora menos da metade dos ministros estejam citados no pedido de impeachment, o mal-estar é geral. Nas palavras de um integrante da Corte, os deputados “precisam se conter”. “Todos falamos aqui sobre esse período, verdadeiramente alvissareiro, para a mudança nos rumos do país. É necessário que tenhamos calma. As palavras têm muito poder”, disse. Para o ministro Gilmar Mendes, é preciso retomar a “normalidade institucional”. “Tem que encerrar a campanha. Esse pedido (de impeachment) não faz sentido algum. O papel do Supremo é julgar, e não faz sentido criticar esse ou aquele entendimento”, ponderou.
O descontentamento existente na alta cúpula do Judiciário produz críticas também ao Palácio do Planalto. Uma delas é sobre os militares, “muitos deles de baixo escalão”, enviados à Corte para levar recados do Executivo. Nos gabinetes dos ministros, o comentário é que isso faz dos militares “garotos de recado”.  No entendimento de um ministro, é um desprestígio ao Supremo, acostumado a tratar com ministros de Estado.  As instâncias superiores do STF gostariam que o governo preservasse a boa relação entre os poderes. Afinal, o Planalto depende da Corte para ser a fiadora de reformas que estão na pauta do Legislativo, como a da Previdência.  Por ora, no entanto, a articulação política do governo descarta qualquer movimento para interferir no processo.

» Como funciona 

O impeachment do presidente da República, ministros de Estado,
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ministros do STF e do PGR estão regulamentados pela Lei 1079/50

Crimes que podem ser atribuídos a integrantes do Supremo 

» Alterar votos já proferidos, exceto em caso de recurso
» Proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa
» Exercer atividade político-partidária
» Ser patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo
» Proceder de modo incompatível com a honra, dignidade
e decoro dea função

Passo a passo para o impedimento 

01 – Impeachment é protocolado no mesa-diretora do Senado
02 – Criação de comissão especial para o caso
03 – Comissão avalia, em 10 dias, se a denúncia deve ser aceita
04 – Maioria simples aprova ou nega o parecer da comissão (41 senadores)
05 – O denunciado tem
10 dias para se defender
06 – Início das diligências
07 – Afastamento: se o parecer for aceito, o ministro fica impedido de exercer as funções
08 – Defesa se manifesta em 48 horas
09 – O julgamento: plenário do Senado vota impeachment; Dois terços decidem
10 – Após cinco anos, parlamentares decidem se ele é é afastado definitivamente ou volta ao posto
11 – Com o impeachment aprovado, ministro perde o cargo

“Tem que encerrar a campanha. Esse pedido (de impeachment) não faz sentido algum. O papel do Supremo é julgar, e não faz sentido criticar esse ou aquele entendimento”
Gilmar Mendes, ministro do STF 

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Dilma envia carta a evangélicos pedindo oração “contra o golpe”

Documento tentou mobilizar grupo liderado por Ariovaldo Ramos

 

dilma-rousseff Dilma pede a evangélicos oração “contra o golpe”
Durante a campanha eleitoral de 2010, a então candidata Dilma Rousseff teve ao seu lado várias lideranças evangélicas, incluindo vários políticos. Logo depois de vencer as eleições, a maioria desses deputados e senadores romperam com ela e com o PT quando o verdadeiro plano de governo foi revelado. Quatro anos depois, a maioria deles estava na oposição e hoje são ferrenhos defensores do impeachment.
Um grupo menos expressivo de líderes, liderado pelo pastor e escritor Ariovaldo Ramos, formaram a “Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito”. Segundo eles mesmos, trata-se de uma iniciativa de diversas igrejas e denominações para defender a democracia e, no caso, a volta de Dilma ao poder.

Na noite desta quinta-feira (25), eles realizaram o ato “Tempo de oração a favor a democracia”   no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Segundo Ramos, o julgamento da presidente por crimes de responsabilidade é um “mal que atenta contra o bem da nação”.

A escolha da data foi para coincidir com o dia em que o Senado iniciou a última etapa do julgamento do processo de impeachment. Para o pastor, tudo não passa de um erro, pois não existe motivo para a denúncia.

Fazendo eco ao que tem dito desde o início, para ele o processo iniciado na Câmara e com supervisão do Supremo Tribunal Federal, “atenta contra a democracia, contra um projeto de emancipação do pobre, do negro, da mulher, do indígena, do quilombola, de todos que estão à margem da sociedade brasileira”.

A presidente afastada, enviou uma carta aberta para os evangélicos. “Agradeço de coração pelas orações de vocês e de cristãos de todo o país… Sei que vocês não oram apenas por mim, mas clamam pelo restabelecimento da ordem democrática, um valor que está acima de todos nós. Mas a vitória sobre o golpe implica bem mais que isso”, escreveu.

Sem mencionar as dezenas de testemunhos de empreiteiros, políticos, dirigentes da Petrobras e empresários que citaram seu nome nas delações tornadas públicas, Dilma afirma que é inocente.

“Nunca fui acusada de ato de desonestidade nem como cidadã nem como servidora pública”, sublinhou. Também evita mencionar os casos de corrupção relacionados aos seus dois mandatos e o tempo que foi ministra de Lula. Limitou-se a dizer que contava com o apoio de todos: “Levarei comigo as orações e os votos de vocês no Senado, quando defenderei a democracia”.

Missão Integral

Ariovaldo Ramos é escritor e conferencista.  Foi um dos líderes da SEPAL e presidiu a missão Visão Mundial. Em sua atuação política, foi conselheiro de Lula no primeiro mandato.

Nos últimos meses tem sido um crítico constante das ações da Lava Jato e vem coordenando esforços para que outros líderes evangélicos, em especial os que defendem a Teologia da Missão Integral se unam a ele em favor do governo do Partido dos Trabalhadores.

Um abaixo assinado proposto por ele no movimento “Missão na Íntegra” teve apoio de cerca de 500 líderes.  Além de defender Dilma e Lula nas redes sociais, o pastor faz campanha para Luiz Erundina (PSOL) para a prefeitura de São Paulo. Com informações do Gospel Prime