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Chegou o momento da "Primavera Palestina", diz Abbas a europeus

 

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, pediu nesta quinta-feira aos líderes europeus que reconheçam a Palestina como Estado pleno de direito e que não há um momento melhor do que o atual para tanto.

Entenda a tentativa palestina de se tornar membro efetivo da ONU

Falando ao à assembleia parlamentar do Conselho da Europa, com 47 países membros, Abbas pediu ainda que os países da região deem apoio ao processo que chamou de "Primavera Palestina", se referindo à busca do povo palestino de ser reconhecido como Estado membro na ONU.

"Vocês apoiaram a Primavera Árabe que buscava democracia e liberdade", disse Abbas. "Agora a Primavera Palestina chegou, pedindo liberdade e o fim da ocupação [de Israel]. Nós merecemos o apoio de vocês".

O líder da ANP afirmou que, apesar das "tentativas de provocação pelo lado de Israel", os palestinos não iriam tomar o caminho do extremismo.

Abbas reiterou a exigência de que Israel coloque um fim à política dos assentamentos para que as negociações diretas de paz sejam retomadas, e criticou a demanda de Benjamin Netanyahu, premiê israelense, de ser reconhecido como um Estado do povo judeu.

"O que torna as coisas ainda mais complicadas é o fato de que o governo de Netanyahu está insistindo em colocar condições novas e impossíveis sem base em termos de referência pela paz ou resoluções internacionais", afirmou.

Seth Wenig/Associated Press

Premiê de Israel, Binyamin Netanyahu (esq.) e líder palestino, Mahmoud Abbas, "duelaram" na ONU em setembro

Premiê de Israel, Binyamin Netanyahu (esq.) e líder palestino, Mahmoud Abbas, "duelaram" na ONU em setembro

"A demanda de que os palestinos reconheçam Israel como um Estado judeu é uma condição inaceitável, porque há um risco de isso faça com que o atual conflito em nossa região se torne um destrutivo conflito religioso", alertou.

O discurso de Abbas reiterou o anúncio feito diante da Assembleia Geral da ONU em setembro de que ele havia entrado com o pedido de reconhecimento da Palestina como Estado pleno membro do órgão, apesar da forte oposição de Israel e dos Estados Unidos.

UNESCO

Na quarta-feira, os palestinos deram mais um passo rumo ao ingresso na Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), quando seu conselho executivo respaldou o pedido de adesão plena do Estado palestino à agência da ONU. Os EUA criticaram a medida, argumentando que tal decisão é incoerente com o pedido em curso no Conselho de Segurança, que ainda está sob análise.

A chancela da Unesco, uma das mais importantes agências das Nações Unidas, com sede em Paris, pode conceder mais peso ao pedido de ingresso palestino à ONU como Estado pleno, que atualmente está sendo discutido no Conselho de Segurança da entidade.

O pedido foi aprovado por 40 dos 58 membros do conselho executivo da Unesco, repassando o tema para a próxima etapa –a votação pelos 193 países-membros do organismo, no dia 25 deste mês.

Fortemente rejeitada pelos EUA e Israel, que acusam os palestinos de quererem isolar os israelenses ao angariar apoio mundial para a criação de seu Estado, a pressão diplomática vem avançando.

Abbas já tem em curso um pedido de ingresso à OMC (Organização Mundial do Comércio) e recebeu nesta semana o status de "parceiro" no Conselho da Europa, o principal órgão de direitos humanos do bloco europeu.

Editoria de Arte/Folhapress

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Israel e Alemanha cooperam para perseguir suspeitos nazistas

 

DA EFE

Israel e Alemanha iniciaram uma campanha legal para perseguir e denunciar judicialmente centenas de criminosos de guerra nazistas, informou nesta quinta-feira o diário israelense "Ha’aretz".

Após a condenação do ucraniano John Demjanjuk em maio, a instituição "caça-nazistas" Simon Wiesenthal deu início a uma estreita cooperação com representantes do Escritório Central das Administrações de Justiça do Estado, em Stuttgart, para acelerar a investigação de casos similares.

Segundo o periódico, há uma lista formada por cerca de quatro mil nomes de suspeitos, mas muitos deles estão mortos ou doentes, o que impediria um julgamento.

A iniciativa começou depois que Demjanjuk, de 91 anos, foi condenado em Munique a cinco anos de prisão por cumplicidade no assassinato de 28.060 judeus durante o Holocausto, após ter sido deportado dos Estados Unidos, onde vivia desde a década de 1950.

O caso deste ucraniano é o primeiro a chegar a uma condenação em um caso de nazismo sem evidências diretas de participação em um assassinato específico, o que pode abrir a porta para futuras penas desse tipo.

O Centro Simon Wiesenthal pretende que após esta sentença a Justiça alemã comece a analisar milhares de casos similares.

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Povos beduínos do norte de Israel declaram greve depois de ataque à mesquita

 

 

DA EFE

Os povos beduínos do norte de Israel declararam nesta terça-feira uma greve em protesto pelo violento ataque que ontem incendiou uma mesquita na localidade de Tuba Zangaria.

Todas as escolas e instituições educacionais dos povos árabes da zona permanecerão fechadas hoje, informou a edição digital do diário "Yedioth Ahronoth".

A polícia israelense reforçou ontem a segurança nos lugares sagrados muçulmanos na Galiléia e elevou o nível de alerta na zona após o incidente registrado em Tuba, que foi seguido por violentos protestos dos residentes da localidade, alguns dos quais enfrentaram as forças policiais com pedras.

O ataque contra o templo muçulmano foi condenado imediatamente pelo presidente israelense, Shimon Peres, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, o titular da Defesa, Ehud Barak, e figuras destacadas da política e da sociedade israelenses.

Um grupo de desconhecidos entrou na madrugada de domingo na mesquita de Tuba Zangaria e ateou fogo a tapetes, livros, adornos e paredes interiores.

Os muros da mesquita foram pichados com palavras como "vingança" e "política de preço", em referência à estratégia de alguns grupos de colonos de atacar propriedades ou símbolos palestinos como maneira de ressarcir-se por incidentes contra judeus ou desmantelamentos forçados de assentamentos.