Presidente da República é 3ª mulher mais poderosa, segundo a publicação.
Chanceler alemã, Angela Merkel, lidera ranking pelo segundo ano seguido.
Do G1, em Brasília
Dilma na capa da "Forbes" (Foto: Reprodução)
A presidente Dilma Rousseff é capa da revista "Forbes" que traz o ranking anual de mulheres mais poderosas do mundo. Pelo segundo ano consecutivo, Dilma aparece na terceira colocação da lista (veja a reportagem, em inglês).
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ficou em primeiro pela segunda vez seguida. A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, é o segundo nome na lista, numa repetição das três primeiras colocadas de 2011 (veja a lista completa).
Completam os cinco primeiros lugares Melinda Gates, co-presidente da Fundação Bill & Melinda Gates e mulher de Bill Gates, e Jill Abramson, editora-executiva do "New York Times".
Outras duas brasileiras aparecem na lista, a presidente da Petrobras, Graça Foster, na 20ª posição, e a modelo Gisele Bündchen, na 82ª posição.
A entrevista para editora e presidente da Forbes Woman, Moira Forbes, foi concedida com exclusividade pela presidente Dilma Rousseff na manhã de 3 de agosto, em seu gabinete no Palácio do Planalto. O encontro não constou na agenda oficial da presidente. No lugar, indicava apenas uma reunião com a ministra de Comunicação Social, Helena Chagas.
O texto da revista sobre Dilma diz que as últimas décadas do Brasil foram "formidáveis" porque, entre outras coisas, o país conteve a inflação, privatizou e fez o PIB crescer.
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A entrevista começa com uma suposta conversa que Dilma teve com um jovem casal. Segundo a reportagem, o pai da família deixou o emprego de motorista de ônibus para se dedicar ao cultivo da terra após modernização da infraestrutura no campo. Com isso, o jovem teria dito a presidente que com a nova profissão "ganha quatro vezes mais". E a revista diz que a aposta do Brasil é o "empreendedorismo".
Segundo a revista, o "Brasil se tornou um dos países mais empreendedores do mundo, com um em cada quatro adultos empregados de alguma maneira" e considera a taxa de desemprego, de 5,8%, como "invejosa".
A reportagem enumera outras conquistas do Brasil, fala sobre o passado militante de Dilma durante a Ditadura Militar e encerra com os desafios do país.
Segundo a Forbes, a inflação continua a ser uma "preocupação real" e cita a demissão dos ministros de Dilma para dizer que a corrupção ainda é um problema no Brasil.
Ranking da "Forbes" com as dez mais poderosas do mundo (Foto: Reprodução)
À noite, no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comentou o ranking e destacou o papel da educação para o Brasil melhorar suas posições. Ele falou após reunião com Dilma e o presidente da União Nacional dos Estudantes, Daniel Iliescu.
"O sentimento na sala é que, por enquanto, estamos em terceiro, mas nós estamos subindo na escala e, logo, logo, esperamos que o Brasil esteja na capa em primeiro lugar. […] Eu acho muito bom que a presidenta tenha a projeção que ela tem. Agora, para a gente realmente, não só ser uma nação mais rica, mas uma nação desenvolvida, a educação tem de estar na capa de todas as publicações", disse.