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Kassab libera Campo de Bagatelle para evento da Igreja Mundial

 

Cerca de 1 milhão de fiéis de todo o país são esperados na celebração, domingo, 6, às 10 horas

30 de abril de 2012 | 21h 13

  • Diego Zanchetta – O Estado de S. Paulo – Texto atualizado às 22h08 para correção de informação

SÃO PAULO – O prefeito Gilberto Kassab (PSD) autorizou a Igreja Mundial do Poder de Deus a realizar seu "Dia do Grande Desafio" no Praça Campo de Bagatelle, em Santana, na zona norte, no domingo, a partir das 10 horas. Cerca de 1 milhão de fiéis de todo o país são esperados no evento. Parte da Avenida Santos Dumont vai ficar interditada até às 17 horas.

A liberação foi publicada no Diário Oficial da Cidade de sábado. Mas o líder da igreja, "apóstolo" Valdomiro Santiago, já divulgava há três semanas na TV e em seus cultos a realização do encontro. Kassab virou um aliado da igreja em 2010, após liberar o templo da Mundial no Brás, em desacordo com determinação do Ministério Público Estadual e da própria Procuradoria Geral do Município.

Líder e fundador do PSD, o prefeito tem procurado agradar as mais diversas correntes religiosas. Em 2011, Kassab também confrontou o MP para liberar o estádio do Pacaembu para eventos das Igrejas Universal e Assembleia de Deus.

Em fevereiro deste ano, o pacote de bondades do prefeito para as igrejas incluiu o patrocínio da 28ª "Caminhada da Ressurreição", evento da Igreja Católica que reuniu 75 mil pessoas na Penha, zona leste, durante a Páscoa. A Prefeitura mandou confeccionar 5 mil camisetas para a passeata, 3 mil cartazes e 500 mil panfletos que foram distribuídos por lideranças católicas.

Rio de Janeiro. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) virou alvo de ataques de pastores da igreja após proibir no início do ano um evento igual ao previsto domingo na capital no Sambódromo da Marquês do Sapucaí.

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VETO DO DIA DO ORGULHO HÉTERO

 

Associação de Gays pede para Kassab barrar dia do heterossexual

     A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) divulgou ontem (3) uma carta aberta ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), pedindo que ele vete o projeto de lei do vereador Carlos Apolinário (DEM), aprovado anteontem na Câmara, que cria o Dia do Orgulho Heterossexual.

     Para a entidade, há motivos históricos para haver o Dia do Orgulho Gay, mas não há razão para criar o Dia do Orgulho Hétero pela simples preservação da moral e dos bons costumes.

     Um abaixo-assinado na internet organizado por uma militante da Baixada Santista, pedindo o veto ao projeto, tinha cerca de 1.500 assinaturas na noite de ontem.

     Kassab informou que aguarda parecer de sua assessoria técnica legislativa antes de definir sua posição.

     Quer, antes de mais nada, saber se há embasamento jurídico para vetar o projeto, uma vez que está entre as atribuições do Legislativo criar datas comemorativas. Enquanto isso, acompanha a repercussão do assunto.

     Ele tem 15 dias para definir se sanciona ou veta. Caso o prazo estoure, o projeto volta à Câmara para ser promulgado pelo presidente sem necessidade de nova votação.

     Se Kassab vetá-lo, os vereadores ainda podem derrubar o veto e transformar o projeto em lei mesmo contra a vontade do prefeito.

     O Dia do Orgulho Hétero, a ser comemorado no terceiro domingo de dezembro, foi um dos assuntos mais comentados da internet mundial ontem. Os temas "orgulho hétero" e "invente um orgulho" estiveram o dia todo entre os trending topics do Twitter no Brasil e no mundo.

Data: 5/8/2011 08:30:00
Fonte: Folha

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Grupo de hackers divulga supostos dados pessoais de Dilma e Kassab

 

Atualizado em  23 de junho, 2011 – 06:37 (Brasília) 09:37 GMT

Logo usado pelo grupo LulzSec

Ataques do grupo impediram o acesso a sites como o da Presidência do Brasil

O grupo de hackers LulzSecBrazil postou em sua conta no Twitter um link para um arquivo com supostos dados pessoais da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

O LulzSecBrazil é o braço brasileiro do grupo coletivo internacional Lulz Security, que vem ganhando notoriedade por ataques recentes aos servidores da CIA (agência de inteligência americana), do FBI (polícia federal americana), do serviço público de saúde britânico, o NHS, da empresa Sony e das TV americanas Fox e PBS.

Nesta quarta-feira, o LulzSecBrazil foi responsabilizado por ataques que deixaram fora do ar os sites da Presidência do Brasil, da Receita Federal e da Petrobras.

O arquivo com os dados de Dilma e Kassab trazem informações como números do CPF e do PIS, data de nascimento, telefones, signo, nome da mãe (no caso do prefeito) e e-mails pessoais (também só no caso de Kassab).

Muitas dessas informações são públicas e constam, por exemplo, da prestação de contas dos mandatários durante as campanhas eleitorais.

As informações relativas a Dilma a vinculam à Petrobras, o que poderia sugerir que as informações foram coletadas quando ela fazia parte do Conselho de Administração da empresa, do qual saiu no início do ano passado, antes do lançamento de sua campanha à Presidência.

Senhas e logins

O LulzSecBrazil disponibilizou também outros dois aquivos – um deles com supostos caminhos para o recebimento de e-mails pessoais de funcionários da Petrobras e outro com supostas senhas e logins de acesso a áreas restritas do site do Ministério do Esporte.

Comentários em blogs de tecnologia afirmam que a publicação teria sido uma resposta do LulzSecBrazil ao Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados, o órgão responsável pelos principais sistemas informáticos do governo federal), que afirmou que o grupo não havia tido acesso a dados sigilosos durante os ataques.

O coordenador de comunicação social do Serpro, Carlos Marcos Torres, reafirmou à BBC Brasil que nenhum dos sites administrados pelo órgão sofreu invasão que pudesse expor dados sigilosos do governo ou de cidadãos.

Segundo ele, os ataques do grupo de hackers apenas derrubou o acesso aos sites ao simular um grande número de acessos, sobrecarregando a rede. "Não houve uma invasão ao sistema, não quebraram os sistemas de segurança", disse.

Torres afirmou que o acesso indevido a dados sigilosos do governo abrigados nos sistemas do Serpro é "praticamente impossível".

Segundo ele, os dados postados pelo LulzSecBrazil podem ter sido tomados de fontes abertas na internet ou em outros meios.

A assessoria de imprensa da Petrobras também afirmou que não houve invasão aos dados sigilosos da empresa e que o ataque do grupo de hackers apenas provocou lentidão no acesso ao site da companhia.

A Petrobras disse desconhecer a lista publicada pelo grupo, mas reafirmou que nenhum dado foi acessado de forma indevida em seus sistemas e disse que o ataque não causou nenhuma aletração de conteúdo ou dano de informações disponíveis no site da empresa.

A BBC Brasil não conseguiu o contato com representantes do Ministério do Esporte para comentar o assunto durante a madrugada desta quinta-feira.

Relevância

Em vários comentários postados em blogs sobre tecnologia que divulgaram a postagem dos supostos dados sigilosos, internautas questionam a relevância dos dados publicados pelo LulzSecBrazil.

"Tem que ser muito, muito burro para achar que esses dados aí têm alguma importância e sigilo", diz um usuário identificado como JustinBieberPCGamer no site www.gamevicio.com.br. "Engraçado vai ser quando começarem a entrar em cana, aí que vai começar a invasão de verdade", complementa.

Outro usuário, identificado como onyimiuji, afirma que o grupo "não realizou um ataque efetivo", mas "simplesmente congestionaram o tráfego de informações". "Esses arquivos só mostram coisas que já estão disponíveis e outras que não possuem a mínima relevância. O método deles pode ser eficiente para derrubar sites, mas ainda não tivemos uma prova cracker (hackers que conseguem romper barreiras de segurança de sistemas) deles", diz.

Um comentário postado no site blog.corujadeti.com.br afirma que "o objetivo do grupo hacker é demonstrar que o governo precisa e rápido reforçar as suas defesas, mas convenhamos que ter informações confidenciais providas pelas coletas da Receita Federal e do INSS é coisa antiga" .

"Exemplo disso foram as diversas reportagens feitas na Praça da Sé, em São Paulo, que demonstraram que com menos de R$ 100 é possível comprar DVDs e CDs que possuem dados de milhões de contribuintes. CPF, RG, Endereço completo, filiação são alguns dos dados que constam nestes CDs e DVDs", observa o comentário.