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Bispo Edir Macedo publica texto contra kit gay do MEC:”Nossos filhos não vão virar gays”

 

O Bispo Edir Macedo resolveu usar seu blog para divulgar um texto escrito por um obreiro anônimo que fala sobre o projeto do Ministério da Educação que levará às escolas públicas de ensino médio um material didático com vídeos e cartilhas que explicam o homossexualismo.

A visão compartilhada pelo fundador da Igreja Universal do Reino de Deus é parecida com a de muitos parlamentares que desaprovaram o projeto, para eles esse material não busca combater o preconceito e sim ensinar as crianças a serem homossexuais.

“O que deveria servir para combater a discriminação vira propaganda explícita do homossexualismo”, escreveu o ator do texto que classifica essa iniciativa como um absurdo que agride aos pais e a fé cristã.

Leia o texto na íntegra:

Nossos filhos não vão virar gays!

Imagine esta cena: Seu filho chega à escola para mais um dia de aprendizado, e, em plena sala de aula, a professora inicia uma nova lição que é debater um vídeo em que duas meninas lésbicas falam sobre como é bom ser homossexual. E mais: nos livros didáticos, a professora lê, com seu filho, histórias com famílias gays, histórias de homens e mulheres bissexuais, transexuais e travestis.

Acredite: é isto que pretendem fazer nas escolas públicas do Brasil, no segundo semestre deste ano. O Ministério da Educação quer distribuir vídeos e livros como esses em 6 mil escolas do País.

O absurdo é tão desmedido que fere a lógica. Agride qualquer pai. Agride nossa fé.

O que deveria servir para combater a discriminação vira propaganda explícita do homossexualismo.

Não tenho preconceito, pois eu mesmo já atendi a vários homossexuais na Igreja. Oramos por eles, aconselhamos e os auxiliamos com o mesmo zelo espiritual dedicado a qualquer outro sofrido que atravessa as portas dos Cenáculos do Espírito Santo.

A Palavra de Deus e a IURD nos ensinam que devemos aceitar o homossexual, mas nunca, jamais, o homossexualismo!

Meus filhos não vão virar gays! É meu, SOMENTE MEU, o direito de não desejar um filho gay! A Constituição me garante isto. Temos o direito de almejar para os nossos filhos o que entendemos como o melhor para o futuro deles. E, sob a luz da nossa fé, o caminho da felicidade passa pela construção de uma família com marido e esposa, isto é: homem e mulher.

Que o Espírito Santo toque em nossas autoridades, para que acabem com esta aberração. E que nosso grito de protesto chegue aos homens de Brasília.

Obreiro anônimo

Fonte: Gospel Prime

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Kit anti-homofobia nas escolas não prevê treinamento de professores

 

Especialistas criticam material por focar apenas na discriminação contra os gays

Do R7

ThinkstockThinkstock

O material do kit anti-homofobia é dirigido para o ensino médio, com alunos entre 14 e 18 anos

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O kit anti-homofobia que será entregue a escolas públicas brasileiras não vai incluir nenhum tipo de curso ou preparação para os professores, segundo apurou o R7. O material é dirigido para o ensino médio, com alunos entre 14 e 18 anos, e deve ser enviado para 6.000 colégios a partir do segundo semestre.

O próprio kit, segundo o MEC (Ministério da Educação), servirá de preparação para os professores. Nele estarão orientações para que o tema possa ser tratado nas salas de aula. O material não será de uso obrigatório e não vai ser entregue aos alunos, afirma o ministério. Cada escola escolherá como adotar o conteúdo no currículo escolar.

Sobram críticas e dúvidas com relação ao kit. A falta de preparação dos professores é uma das grandes preocupações de Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e pesquisador do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade).

Para Schwartzman, os professores deveriam ser preparados para lidar com a temática homossexual com ou sem o kit. Não dá para introduzir a questão na escola de forma artificial e distanciada dos alunos, por um material escrito e gravado em DVD, pondera ele.

– O tema da questão sexual entra na sala de aula naturalmente, assim como entra o amor, o sexo e a amizade. Os jovens são curiosos, fazem perguntas. Mas como é um assunto íntimo, [as dúvidas] deveriam ser tratadas com naturalidade, caso a caso, e não de forma padronizada e externa na sala de aula, por um kit.

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Diversidade

O kit deveria ser contra todos os tipos de discriminação e não só com relação a homossexuais, diz o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Ele ressalta que o preconceito contra negros, nordestinos e outros deveria estar incluído em um material maior, que fosse enviado às escolas.

Cristovam, assim como o ex-presidente do IBGE, considera que o tema é delicado e que pode ser mal-interpretado pelos alunos. Tanto o senador quanto Schwartzman não tiveram acesso ao conteúdo do kit.

– É preciso tomar cuidado para não passar à frente da curiosidade do jovem. Não pode ser uma coisa jogada [o kit anti-homofobia], somente distribuída, sem preparo [dos professores].

A presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Cleuza Repulho, diz que o foco muito específico do kit na violência contra gays deixa de lado questões importantes, como os direitos humanos. A entidade, no entanto, participa da preparação do pacote anti-homofobia.

Chamado de Escola sem Homofobia, o kit contém vídeos polêmicos, que tratam de transexualidade, bissexualidade e do namoro gay. Além de cinco vídeos em DVD, o material vai incluir um caderno com orientações para professores, uma carta para o diretor da escola, cartazes de divulgação nos murais do colégio e mais material.

Polarização

A polarização do debate – de um lado, defensores dos direitos dos gays, e de outro, gente como o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) – não ajudam na formulação do kit, diz o pesquisador Schwartzman. O ideal, na opinião dele, é que o material fosse discutido por mais um ano ou dois em vários níveis da sociedade.

– Como outros países tratam esse tema? Há iniciativas dessas em outros lugares? Não se sabe de nada. É preciso discutir o assunto por mais tempo, pelo menos um ano. A distribuição não precisa ser realizada de uma hora para outra.

O pesquisador pondera que o material pode dar margem a interpretações erradas entre os próprios alunos, se for mal utilizado em sala de aula.

– Uma coisa é discutir a orientação sexual com adultos, outra é trazer isso para adolescentes e crianças. É preciso cuidado para não ser mal-interpretado, para não expor os estudantes de alguma forma diante dos colegas.

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Os filmes oficiais do Kit Gay do MEC