Categorias
Cultos Noticias

Milhares de fiéis abandonam Igreja Mórmon no mesmo dia

Mais de 2500 pessoas se desligaram em meio a protestos contra políticas para gays

por Jarbas Aragão – gospelprime –

 

Milhares de fiéis abandonam Igreja Mórmon no mesmo dia
Milhares de fiéis abandonam Igreja Mórmon

A segunda semana de outubro deste ano ficará marcada na história da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mais conhecida como Igreja Mórmon. Considerada uma seita do cristianismo, pois baseia suas doutrinas mais no Livro dos Mórmons que na Bíblia.

Entre os muitos ensinamentos controversos, acreditam que Jesus e o Diabo são irmãos e que o céu é um outro planeta. Mas o motivo que levou pelo menos 2.500 pessoas se desligarem ao mesmo tempo da igreja foi as mudanças de política eclesiástica.

Até 1978, a Igreja proibia terminantemente casamentos inter-raciais e não celebrava casamentos entre negros em seus templos. Os tempos mudaram e a igreja passou a aceitar isso normalmente e parou de ensinar que as pessoas negras eram amaldiçoadas, pois traziam a ‘marca de Cain’.

Agora, os documentos da igreja afirmam que os filhos de famílias LGBT não poderão ser abençoadas ou batizadas. A proibição vale para crianças adotivas ou mesmo biológicas, além dos casais que coabitem ou sejam casados legalmente. Caso uma dessas crianças queira se batizar, precisará ter 18 anos e renunciar às suas famílias e abandonarem seus lares.

A reação causou indignação imediata e milhares de pessoas preencheram o documento oficial de desligamento da igreja, em sua sede na cidade de Salt Lake City, Estados Unidos. Ainda não há registros oficiais de quantas repetiram o gesto em todo o mundo.

Para ser desligado da igreja é preciso entregar uma espécie de carta registrada ao seu Bispo e ao Presidente regional.  A liderança mundial dos mórmons emitiu um documento dando explicações, ele é assinado pelo Conselho da Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos.

“A doutrina revelada é clara que as famílias são eternas em natureza e propósito… os adultos que optam por entrar em um casamento do mesmo sexo ou relacionamento semelhante cometem pecado que merece um conselho disciplinar da Igreja”, afirma o esclarecimento.

Analistas acreditam que poderá surgir uma denominação que poderá reunir os mórmons que são homossexuais praticantes ou simpatizantes. Nos Estados Unidos, várias denominações cristãs como presbiterianos, metodistas, luteranos e a Igreja de Deus já possuem “ramificações” que aceitam LGBT como membros, em alguns casos até mesmo pastores e bispos. Com informações de World Religion News e Patheos

Categorias
Artigos

Americana criada por casal lésbico diz ser contra casamento gay

A declaração causou polêmica nos Estados Unidos e ganhou destaque na imprensa internacional

por Leiliane Roberta Lopes-gospelprime-

 

Americana criada por casal lésbico diz ser contra casamento gay
Criada por lésbicas diz ser contra casamento gay

A americana Heather Barwick, 31 anos, foi criada por duas mulheres: sua mãe e uma companheira com quem foi morar após o divórcio. Hoje casada e mãe de quatro filhos, Barwick diz ser contra a união de pessoas do mesmo sexo e afirma ter sentido falta do pai em sua criação.

Para a revista The Federalist, reproduzida pelo jornal inglês Daily Mail, a mulher diz ser filha da comunidade gay, mas afirma não suportar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

No texto Heather afirma que sua mãe era gay e ficou casada com seu pai por pouco tempo. “Meu pai não era um grande cara, e depois que ela o deixou ele não se preocupou em se aproximar [da filha]”.

Ela relata que foi bem tratada pela parceira de sua mãe e por todos os amigos gays e lésbicas dela que frequentavam a casa, mas o desabafo foi o que gerou a polêmica: “Estou escrevendo porque estou saindo do meu armário: eu não suporto o casamento gay”.

Barwick diz que ama os homossexuais, mas que odeia a união deles “por causa da natureza da própria relação do mesmo sexo”. Até os 20 anos ela lutou e defendeu este tipo de relacionamento, mas nos últimos anos resolveu refletir e percebeu que ser criada por duas mulheres lhe trouxe consequências.

“A ausência do meu pai criou um buraco enorme em mim”, disse ela que ao ver seus filhos tendo contato com um homem percebeu que algo lhe faltou. “Eu amei a parceira da minha mãe, mas outra mãe nunca poderia ter substituído o pai que eu perdi”.

Em sua opinião o casamento gay não apenas redefini a palavra casamento, mas também a palavra pais e tenta normalizar uma estrutura familiar que nega aos filhos uma parte fundamental em sua criação.

“Ele [casamento gay] nos nega algo que precisamos enquanto nos diz que não precisamos, porém nós naturalmente ansiamos [por um pai ou uma mãe]. Eles dizem que vamos ficar bem, mas não estamos bem. Estamos sofrendo”, diz ela em nome das crianças criadas por pessoas do mesmo sexo.

Barwick cita situações comuns entre crianças de pais separados e entre crianças adotivas que podem se posicionar e mostrar como o laço desfeito com seus pais lhes causaram sofrimentos e reclama pelo fato dos filhos de casais gays não poderem dizer o que sentem. “Muitos de nós estão com medo de falar e dizer sobre o nosso sofrimento e dor”, afirma. “Não se trata de ódio”.

Formada em Direito, Heather Barwick atuou como advogada de casamentos gay e agora atua como ativista dos direitos das crianças. O artigo publicado pela revista conservadora traz como título um alerta à comunidade gay dizendo: “Cara Comunidade Gay: os seus filhos estão sofrendo”.

Categorias
Noticias

Padre é afastado da igreja após abençoar casal gay

Ele afirma que estava na festa apenas como convidado, mas a Arquidiocese de Goiânia prefere investigar o caso

por Leiliane Roberta Lopes

  • gospelprime
Padre é afastado da igreja após abençoar casal gay
Padre César Garcia deu benção ao casal Leo Romano e Marcelo Trento (Foto: Leo Romano/Arquivo pessoal)

O padre César Garcia foi afastado das atividades da Paróquia São Leopoldo, em Goiânia (GO), por ter abençoado um casamento gay. A decisão do afastamento foi comunicada pelo arcebispo de Goiânia, dom Washington Cruz, que emitiu uma nota na terça-feira (10) sobre o caso.

O casamento entre os arquitetos Leo Romano e Marcelo Trento aconteceu em 20 de maio na residência do casal. O padre estava presente e abençoou a união civil entre os dois homens que se relacionam há 11 anos.

O padre se defende dizendo que estava ali como amigo dos noivos e que não estava representando a Igreja Católica, que não aceita a união entre pessoas do mesmo sexo. Ele disse ainda que no dia nem estava usando a batina, estando com vestes normais como os outros convidados.

“Eles não pediram sacramento, não pediram nada disso, pediram uma oração”, diz o Padre César. Ele afirmou ao G1 que apenas rezou o Salmo 83 da Bíblia e fez um discurso sobre a “grandeza do amor e o respeito às pessoas”.

As fotos da celebração foram divulgadas e chegou ao conhecimento da Igreja que resolveu afastá-lo até que o caso seja investigado. Um processo canônico foi aberto no Tribunal Eclesiástico de Goiânia para apurar se o padre feriu ou não as ordens da igreja.

A igreja acredita que a participação do padre na cerimônia, mesmo sendo apenas um convidado, levanta margens para interpretações errôneas a respeito do posicionamento da igreja para relações homoafetivas.

“A presença do padre César vai contra as convicções da Igreja Católica”, disse o padre e professor de teologia moral Luiz Henrique Brandão, representante da Arquidiocese de Goiânia ao G1. “Nesse caso, se houver possibilidade de confusão, é melhor que aquela bênção não fosse feita justamente para se evitar em quem recebe e em quem participa dela, uma confusão”, completa.

O padre César contesta e diz que a benção não deve ser negada. “Nós entendemos que todos somos filhos de Deus e merecemos uma benção. Não se nega benção a ninguém”, diz.