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Padre e seu amante são presos com quase 200 quilos de maconha dentro de igreja

Profile photo of Dan MartinsPor Dan Martins -gnoticias.com-em 22 de novembro de 2014

Padre e seu amante são presos com quase 200 quilos de maconha dentro de igrejaNa última quinta feira a polícia da cidade de Cabo de Santo Agostinho, na Grande Recife, prendeu o padre Mário Roberto Gomes por tráfico de drogas. Segundo informações da polícia de Pernambuco, foram encontrados 170 quilos de maconha e um revólver calibre 38 dentro da paróquia pela qual o religioso é responsável.

De acordo com a Folha-PE, além do padre Mário Roberto Gomes de Arruda, da Igreja Apostólica Católica Brasileira, foram presos também uma mulher e um homem por suspeita de envolvimento no crime. As informações divulgadas são de que o homem teria um envolvimento amoroso com o padre.

A prisão do padre foi realizada no bairro de Pontezinha, onde a paróquia que era cuidada por ele está localizada. O religioso e seu suposto amante foram encaminhados pelos policiais do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel).

A mulher que foi presa junto com o religioso e seu amante foi encaminhada pelo Denarc à Colônia Penal Feminina, localizada no bairro Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife.

Eles estão agora à disposição da Justiça, e devem responder pelos crimes de trafico de droga.

Em nota oficial sobre o caso, a assessoria de comunicação da Arquidiocese de Olinda e Recife informou, por meio de nota, que o padre havia sido ordenado Arquidiocese de Juiz de Fora, em Minas Gerais, mas não fazia mais parte da Igreja Católica.

– Esclareço que o citado senhor Mário Roberto Gomes de Arruda foi ordenado padre, na Arquidiocese de Juiz de Fora (MG). Submetido a um processo canônico, que culminou com a perda definitiva e irrevogável do estado clerical, imposta pelo Papa Bento XVI, ele não pode exercer, válida e licitamente, nenhuma função religiosa, na Igreja Católica Apostólica Romana, que não o reconhece mais como padre. Ademais, ele não tem nenhuma vinculação com a Arquidiocese de Olinda e Recife, embora esteja residindo no seu território, por razões pessoais – informou a nota.

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Sabrina Sato Fala Contra o Aborto e a Legalização da Maconha

 

Por Amanda Gigliotti|Repórter do The Christian Post

A apresentadora e modelo Sabrina Sato, do Pânico na TV, revelou em entrevista com o é Notícia neste domingo, ser contrária à liberação do aborto e da maconha.

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(Foto: Reuters)

A apresentadora e modelo Sabrina Sato revelou em entrevista com o é Notícia neste domingo, ser contrária à liberação do aborto e da maconha.

"O Brasil não está preparado para legalizar ou descriminalizar as drogas", disse. "O problema é virar bagunça", disse Sabrina Sato.

O programa foi ao ar às 0h30 deste domingo na Rede TV com o jornalista Kennedy Alencar entrevistando Sabrina, acirrando as discussões sobre a maconha e o aborto no país.

O problema da maconha gerou polêmica depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou marchas de manifestação em favor da liberação da maconha.

A liberação da Marcha da Maconha foi contrariada por grupos religiosos e outros grupos que não apoiam a decisão, alegando que isso retrata uma apologia às drogas.

Promovendo marchas e campanhas de oposição, os grupos contrários à decisão tomada pelo STF afirmam que a maconha “é porta de entrada” para outras drogas mais fortes e que não ajuda a parar o tráfico de drogas.

Um deputado federal evangélico, Fernando Francischini (PSDB-PR), começou a reunir assinaturas para que seja realizado um plebiscito sobre a legalização da maconha no Brasil. Segundo ele isso vai ser importante para que o país discuta o assunto e encerre a questão.

Quanto ao aborto, o Brasil ainda não permite o aborto com exceção para os casos de estupro ou para salvar a vida da mulher. Está em discussão, porém a liberação do aborto também em casos de fetos anencefálos.

Em 2007, com a visita papal ao Brasil, o assunto se acirrou com a advertência do Bento XVI aos responsáveis políticos brasileiros que apoiassem leis que autorizem o aborto.

De acordo com o código penal, a pena prevista para o médico que realizar o aborto varia de um até 13 anos de prisão, dependendo da concordância ou não da gestante e lesões. Em caso de morte da mãe, a pena é de 20 anos. Um recente projeto de lei proposto pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prevê a pena de 6 a 20 anos para o médico, além de sua cassação do registro profissional.

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Ministro do STF quer debate sobre maconha na religião

MACONHA NA RELIGIÃO

 


Depois de liberar manifestações pró-maconha no país, o STF (Supremo Tribunal Federal) pode analisar o uso religioso da droga.

A proposta foi defendida pelo ministro Celso de Mello.

Relator da ação que liberou as chamadas marchas da maconha, ele afirmou que "praticamente sugeriu", em seu voto no julgamento anteontem, que seja proposta uma ação pela legalização do uso da droga por religiões.

Em seu longo voto, porém, abordou outras questões.

Uma tratava do pedido de uma associação que participou do processo como interessada na causa julgada.

A Abesup (Associação Brasileira de Estudos Sociais do Uso de Psicoativos) queria não só a liberação das marchas, mas a legalização do uso da maconha para fins medicinais e religiosos.

O ministro entendeu que a associação não poderia ampliar o pedido originalmente feito pela vice-procuradora-geral, Deborah Duprat.

Após o julgamento, revelou que ficou tentado a julgar a questão religiosa, apesar de formalmente não ter analisado o pedido -praticamente adiantou o que pensa.

Para ele, a Constituição garante a liberdade religiosa, "considerada em suas múltiplas projeções, como aquela que compreende a proteção constitucional das manifestações litúrgicas".

O ministro ainda lembrou que já existem resoluções do governo que permitem o uso de substâncias psicotrópicas, como o chá de ayahuasca, por igrejas como o Santo Daime e a União do Vegetal.

A permissão, diz, está vinculada à "liberdade de crença, de culto, de organização religiosa e a liberdade contra a interferência do Estado".

Para que essa legalização seja avaliada no STF é necessária uma ação que afirme ser inconstitucional a proibição para esse fim.

Apenas algumas instituições podem propô-la, como a Procuradoria Geral da República, entidades de classe com representatividade nacional, partidos políticos presentes no Congresso, a Presidência da República ou os governos estaduais.

Uma decisão neste sentido beneficiaria grupos religiosos que a usam. É o caso do rastafarismo. Surgido na Jamaica, espalhou-se pelo mundo e teve entre seus discípulos o músico Bob Marley.

O movimento tem como messias o imperador etíope Haile Salassie, conhecido como Ras Tafari. Seus seguidores usam a maconha como forma de se conectar com Deus. No Brasil, há ao menos uma instituição que segue a religião, em Americana (SP).

Em outros países, já existem decisões de Suprema Corte que permitem o uso da droga em rituais religiosos. É o caso da Itália, por exemplo.

Decisão sobre marcha vale para todas as drogas

O entendimento do STF de liberar marchas da maconha pode ser aplicado a atos pela legalização de outras drogas, dizem ministros.

Apesar de o Supremo ter tratado apenas de passeatas pró-maconha e de a decisão vincular a análise dos juízes só para eventos relativos a essa droga, entende-se que o resultado pode ser aplicado em outros casos.

"Vale para tudo. Para cocaína ou para qualquer outro crime", diz o ministro Marco Aurélio Mello.

Integrantes do STF dizem que um movimento não pode ser criminalizado por discutir o que é proibido.

Segundo o relator Celso de Mello, porém, "a incitação ao ódio público contra qualquer pessoa, povo ou grupo social não está protegido pela cláusula constitucional que assegura a liberdade de expressão".

Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a decisão "clareou" a questão e evitará conflitos na passeata do dia 2, em SP.