Líderes evangélicos confirmam apoio à Marina Silva

A candidata esteve em São Paulo em um encontro com líderes de diversas regiões do país

por Leiliane Roberta Lopes

  • gospelprime

 

Líderes evangélicos confirmam apoio à Marina Silva
Líderes evangélicos confirmam apoio à Marina Silva

Na manhã desta sexta-feira (26) a candidata à Presidência Marina Silva (PSB) esteve em São Paulo participando do Encontro Nacional de Lideranças Evangélicas.

Promovido pela apóstola Valnice Milhomens, o evento atraiu centenas de líderes evangélicos de diversas denominações até o Club Homs, localizado na Avenida Paulista.

Entre os presentes estava o apóstolo César Augusto da Igreja Fonte da Vida que foi o responsável pela oração inicial da reunião. Vindo de Brasília para declarar seu apoio à Marina, César Augusto afirmou que a ex-senadora representa um novo tipo de fazer política citando três motivos para votar nela.

“O meu apoio e da Fonte da Vida, segmento que represento, se deu primeiro porque ela representa um novo tipo de política, segundo porque a alternância de poder é saudável para a democracia e terceiro porque ela comunga dos mesmos princípios que nós comungamos”, disse.

Na mesa disposta no palco estavam a candidata e três representantes evangélicos, o pastor Lélis Marinho, coordenador político da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), a apóstola Valnice Milhomens, da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, e o pastor ED René Kivitz da Igreja Batista da Água Branca.

Marinho confirmou o apoio da CGADB à Marina em um breve discurso onde falou sobre a crise financeira no Brasil. Citando textos bíblicos, ele encorajou os ouvintes dizendo que Deus está no controle de tudo e afirmou que Marina está sendo levantada por Deus para mudar essa situação.

O pastor assembleiano também fez um apelo aos evangélicos dizendo: “Nós estamos ameaçados, nossos princípios estão ameaçados. Temos poucos dias, vamos dobrar nossos joelhos”.

A anfitriã do evento foi breve em seu discurso, falando que as lideranças resolveram se reunir com Marina para apoiá-la, sem fazer nenhum tipo de cobrança. “Não estamos aqui para criticar ou pedir, mas para dizer que estamos contigo”.

O pastor Ed René Kivitz foi o responsável pelo discurso principal que enalteceu a candidata do PSB falando sobre sua trajetória política. Kivitz também afirmou que seu apoio não foi escolhido por conta da religião de Marina, mas por suas propostas e pelo que ela representa para o Brasil.

“Não é hora de mudar a página, é hora de mudar o livro”, disse ele arrancando aplausos dos presentes. Ao se dirigir à Marina, o pastor batista de visão progressista afirmou: “Não se intimide. Só agride quem tem medo”.

Kivitz estava se referindo às perseguições que Marina tem enfrentado por parte de seus adversários políticos. Desde que se tornou a candidata do PSB, após a morte de Eduardo Campos, Marina passou a se destacar nas pesquisas eleitorais.

Para impedir este avanço os candidatos do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB, Aécio Neves, passaram a atacá-la nas propagandas eleitorais e nos eventos.

Entre os ataques há rumores de que a pessebista acabaria com o programa Bolsa Família; que ela não tem experiência em cargo executivo e que seu plano de governo foi “escrito a lápis”, se referindo às mudanças do texto apresentado pelo PSB.

Marina apresenta suas propostas aos pastores

Marina foi convidada a falar com os líderes reunidos e não tocou em temas recorrentes como aborto e casamento gay, falando de propostas para a reforma política, segurança pública, saúde, educação e economia.

A candidata afirmou que nunca em sua trajetória política se valeu da religião para conquistar votos, nem mesmo quando era católica. “Jamais instrumentalizei minha fé. Há uma diferença entre o político evangélico e o evangélico político”, disse. A ex-senadora explicou a diferença entre eles dizendo que o primeiro instrumentaliza a fé e o segundo sabe que não se deve fazer isso.

“As pessoas tinham uma visão de que por ser evangélica eu iria transformar as igrejas em palanques e os palanques em púlpitos.”

Frustrando quem esperava esse tipo de atitude, Marina não tem se apresentado dentro de igrejas e está dialogando com representantes das mais diferentes religiões.

Voltando a falar de seus projetos, Marina Silva prometeu manter as coisas boas já realizadas pelos antecessores, corrigir o que estiver errado e fazer o que precisa ser feito.

“Meu objetivo não é ser presidente da República, mas de ajudar a melhorar o Brasil”, disse ela se comprometendo também a não difamar seus concorrentes, mesmo sendo alvo deles. “Não quero destruir Dilma ou Aécio, quero construir o Brasil.”

Marina Silva responde ataques de Dilma e parafraseia Jesus: “Daremos a outra face”

Avatar de Tiago ChagasPublicado por Tiago Chagas em 19 de setembro de 2014

Marina Silva responde ataques de Dilma e parafraseia Jesus: “Daremos a outra face”A disputa pela presidência da República vem ficando cada vez mais intensa com a proximidade do dia das eleições, e a troca de farpas públicas entre os candidatos passa a ser mais frequente. Comentando os ataques de Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) parafraseou Jesus e afirmou que dará “a outra face” à candidata à reeleição.

Durante um encontro com empresários em Fortaleza (CE), Marina afirmou que tem baseado sua campanha em propostas, e questionou os motivos que levaram a presidente Dilma a não ter apresentado um plano de governo a menos de um mês para a eleição.

“Dilma Rousseff ainda não apresentou um programa de governo. Disse que o seu programa é ‘continuar o que já está fazendo’. […] Ela quer continuar fazendo o mesmo com as agências que deveriam servir a sociedade. […] A indicação dos seus diretores continuará do mesmo jeito: servindo para defender interesses particulares. Dizer que não vai apresentar um programa, talvez não seja porque ela não queira, mas porque ela não pode. Ela não pode dizer para o Renan [Calheiros] que não será ele quem mandará na Petrobrás. Ela não tem como dizer para as diretorias das agências que terão critérios técnicos para suas indicações”, afirmou Marina Silva, criticando o modelo de governo adotado pelo PT, que prioriza indicações de partidos aliados ao invés de profissionais das áreas específicas.

Sobre os ataques recebidos da candidata à reeleição e interpretados como pessoais, Marina disse que não retribuirá: “A presidente Dilma é a nossa primeira mulher eleita em 500 anos da nossa história. É uma conquista da sociedade brasileira. Fique tranquila, presidente Dilma. Eu não vou fazer com a senhora o que a senhora está fazendo comigo. Eu aprendi com a minha vó nordestina que não se deve mentir. Que não se deve apunhalar pelas costas. Que não se deve cuspir no prato que nos alimentou. Isto eu não vou tirar de mim. Não vou usar as mesmas armas. Estamos prontos para oferecer a outra face. Para a face da mentira, a verdade; para a face do medo, a coragem; para a face da desesperança, a esperança que marcha”, concluiu.

Marina Silva diz que “ódio” contra ela se deve ao fato de ser “filha de pobre, preta e evangélica”

Avatar de Tiago ChagasPublicado por Tiago Chagas em 15 de setembro de 2014

Marina Silva diz que “ódio” contra ela se deve ao fato de ser “filha de pobre, preta e evangélica”A candidata à presidência da República pelo PSB, Marina Silva, afirmou que tem sido vítima de preconceito justamente por se enquadrar em estereótipos que culturalmente são discriminados.

Num discurso no último sábado (13) em João Pessoa (PB), Marina disse que se tornou alvo de uma “campanha de ódio” por ser “filha de pobre, preta e evangélica”.

“Onde já se viu querer que a gente diga a verdade sobre a sua trajetória e a sua biografia? Filha de pobre, preta e evangélica é para ser desrespeitada, caluniada, tratada com preconceito”, disse Marina, com alta dose de ironia.

Seu discurso era direcionado aos adversários políticos do PT, que têm convocado militantes para “desconstruir” a imagem que Marina tem junto aos eleitores.

Marina afirmou que luta para melhor o país, pois o povo brasileiro é tolerante com as diferenças, e as pessoas convivem “de forma respeitosa, amorosa, acolhedora entre quem crê e quem não crê, entre quem é católico e quem é evangélico”, e lamentou que em época de eleição, a ânsia por vencer abre espaço para o “ódio”.

A jornalista Isadora Peron, que cobriu a visita da ex-senadora a João Pessoa, escreveu em sua reportagem que “desde que subiu nas pesquisas, Marina tem sido alvo de fortes ataques, principalmente do PT, partido do qual fez parte por mais de duas décadas”.