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Ouro e platina vieram do espaço, dizem cientistas

 

Atualizado em  8 de setembro, 2011 – 05:42 (Brasília) 08:42 GMT

Ouro Foto: AP

A maior parte do ouro está inalcançável, no centro da Terra

Cientistas britânicos dizem que metais preciosos, incluindo ouro e platina, vieram do espaço bilhões de anos atrás.

Os pesquisadores da Universidade de Bristol chegaram à conclusão após analisar amostras de algumas das pedras mais antigas do mundo, na Groenlândia.

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Segundo eles, os isótopos encontrados nessas formações – átomos que identificam a origem e idade dos materiais – são claramente diferentes daqueles que se originaram na Terra.

Isso confirmaria a teoria de que os metais preciosos que usamos hoje chegaram ao planeta em uma violenta chuva de meteoros quando a Terra tinha apenas 200 milhões de anos.

"Nosso trabalho mostra que a maior parte dos metais preciosos nos quais se baseiam nossas economias e muitos processos industriais foram adicionados a nosso planeta por coincidência, quando a Terra foi atingida por cerca de 20 bilhões de toneladas de material espacial”, diz Mathias Willbold, que liderou a pesquisa da Universidade de Bristol.

‘Estoque original’

Durante a formação da Terra, o planeta era uma massa de minerais derretidos, que era constantemente atingida por grandes corpos cósmicos.

O centro da Terra foi criado a partir de metais em estado líquido que afundaram.

De acordo com os cientistas, a quantidade de ouro e outros metais preciosos presente no coração do planeta seria suficiente para cobrir toda a superfície da Terra com uma camada de quatro metros de profundidade.

A concentração de todo o ouro e outros metais no centro do planeta deveria ter deixado as camadas externas da Terra praticamente livres da presença desses materiais, por isso a origem do ouro que exploramos na superfície e no manto terrestre (a camada imediatamente abaixo da crosta terrestre) já havia sido motivo de especulações no mundo científico.

Tecnologia

O estudo publicado na revista científica Nature foi o primeiro, segundo os pesquisadores, a conseguir realizar as medidas isotópicas com a qualidade necessária para descobrir que os metais preciosos vieram do espaço.

Os cientistas dizem que estudos futuros podem tentar descobrir mais sobre os processos que fizeram com que os meteoros que atingiram a Terra se misturassem ao manto terrestre.

Em seguida, processos geológicos formaram os continentes e concentraram os metais preciosos nos depósitos de minerais que são explorados hoje.

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Cepa de bactéria da peste negra está extinta, afirma estudo

30/08/2011 – 19h05

 

 

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE

A bactéria responsável por uma das mais devastadoras epidemias da história provavelmente não tem parentes próximos vivos hoje –para o alívio de quem não gostaria de ter de enfrentar o filme de terror "Peste Negra, parte 2".

A conclusão é de uma equipe internacional de cientistas, que obteve amostras de DNA de dezenas de pessoas mortas pela Peste Negra entre os anos de 1348 e 1350.

Enterrados no cemitério londrino de East Smithfield, os defuntos são os primeiros a trazer evidências genéticas diretas da epidemia que matou ao menos um terço dos europeus na Idade Média.

Editoria de arte/folhapress

Os pesquisadores usaram dentes e ossos dos falecidos como fonte para o DNA do causador da peste. A grande maioria dos estudiosos acredita que o vilão microscópico é a Yersinia pestis, causadora da peste bubônica em épocas mais recentes.

É um desafio tecnológico lidar com esse tipo de DNA porque, com o tempo, o material genético sofre alterações químicas e se fragmenta, muitas vezes se tornando quase irreconhecível.

Os pesquisadores, no entanto, conseguiram vencer esse obstáculo e obtiveram dados suficientes para confirmar que se tratava de um tipo de Yersinia pestis.

No entanto, estamos falando de uma forma da bactéria que nunca tinha sido identificada antes, seja em amostras modernas, seja nas obtidas por arqueólogos.

É razoável supor, portanto, que essa cepa esteja extinta, afirma a equipe liderada por Hendrik Poinar, da Universidade McMaster, no Canadá, em artigo na revista científica "PNAS".

Os pesquisadores ainda não sabem dizer, contudo, porque essa forma única da bactéria teve efeito tão devastador na Idade Média.

Nas amostras londrinas, eles também obtiveram parte da sequência de "letras" químicas de um gene bacteriano ligado à virulência, ou seja, à violência da infecção da Yersinia pestis.

Acontece que esse gene em especial não tem diferenças significativas em relação às cepas modernas. O mistério, portanto, permanece.

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