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ONU alerta para drama de somalis que não conseguem fugir de seca

 

Atualizado em  8 de julho, 2011 – 08:12 (Brasília) 11:12 GMT

Somalis se dirigem a campo de refugiados em Mogadíscio. Foto: AP

Região conhecida como Chifre da África vive a pior seca registrada nos últimos 60 anos

A ONU alertou para a grave situação de milhares de pessoas passando fome na Somália e disse que as que conseguiram fugir para a Etiópia tiveram "sorte".

Uma porta-voz do Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP, na sigla em inglês), Judith Schuler, disse à BBC que milhares de pessoas estão fugindo da seca na Somália e alcançando campos de refugiados na Etiópia.

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Ela disse estar preocupada com aqueles que, por pobreza ou sem condições de fazer a longa jornada pelo deserto, estão ficando para trás.

A região conhecida como Chifre da África – situada no nordeste do continente e abrangendo a Somália, Etiópia, Eritreia, Quênia, Uganda, Djibuti e Sudão – vive a pior seca dos últimos 60 anos.

Segundo o WFP, mais de 110 mil pessoas chegaram aos campos já lotados, situados na localidade remota de Dolo Ado, no sudeste da Etiópia.

Outros 1.600 estão cruzando a fronteira da Etiópia diariamente.

Schuler disse ter ficado impressionada ao conversar com uma refugiada. "Ela me disse: ‘Chegamos aqui e temos sorte. Muitos não tiveram condições financeiras de fazer a viagem e simplesmente ficaram para trás’".

Refletindo sobre a situação dos que ficaram, Schuler comentou:

"Muitos deles vão provavelmente lutar pela sobrevivência da forma como puderem, com os poucos recursos que lhes restam".

A porta-voz disse que os que conseguem alcançar o campo, por outro lado, chegam em condições terríveis.

"Todos estão exaustos", disse Schuler. "Muitos caminharam durante oito ou dez dias. Alguns viajaram quatro dias de caminhão e depois andaram por três dias".

Segundo a porta-voz, os refugiados relatam que o que dificulta a viagem é a falta de comida.

"(Os viajantes) não tinham o que comer, tiveram de pedir esmolas para conseguir comida. E você vê que estão em estado grave de desnutrição, especialmente as crianças".

Sabemos que essas pessoas precisam desesperadamente de comida, por isso estamos fazendo o possível para ajudar.

Suprimentos

A operação de transporte de alimentos para os campos em Dolo Ado envolve uma longa e perigosa jornada.

Cerca de 50 caminhões fazem a viagem, que dura dez dias, a cada mês. Os alimentos são trazidos de Djibuti até os campos, próximos da fronteira com o Quênia.

Em maio, dois veículos foram atacados por rebeldes. Uma pessoa foi morta e outra ficou ferida. Outras duas foram sequestradas, mas acabam de ser libertadas.

Mas segundo o WFP, apesar dos perigos, os motoristas dos caminhões estão determinados a continuar fazendo as viagens.

Crise

Segundo a ONU, mais de dez milhões de pessoas estão sendo afetadas pela seca no Chifre da África.

No caso da Somália, conflitos políticos já vinham provocando a fuga de cidadãos rumo ao Quênia. Mas a forte temporada de secas e a alta no preço dos alimentos dificultaram ainda mais a situação de milhões de somalis.

O país é palco de um confronto entre o grupo islâmico Al-Shabab e um governo de transição, que tem o apoio das tropas de paz da União Africana.

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Diretrizes da ONU sobre HIV ajudarão homossexuais e transexuais

 

Homens homossexuais têm um risco 20 vezes maior de serem infectados pelo vírus do que heterossexuais

21 de junho de 2011 | 16h 11

STE – REUTERS

Homossexuais e transexuais devem ter acesso igual aos programas de HIV/Aids, de acordo com as primeiras diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) destinadas a pôr fim ao estigma que nega assistência de qualidade a muitas pessoas, disse a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira.

A OMS também registrou evidências do aumento de infecções pelo HIV entre homens que fazem sexo com homens e entre pessoas que mudam de gênero, especialmente nos países ocidentais. Os dois grupos já são duramente atingidos pela epidemia de Aids, iniciada há 30 anos.

"Esta é a primeira vez que a OMS, como agência da ONU em conjunto com outros parceiros, coloca isso adiante. Isso é delicado, mas vai direto ao ponto e é de fato crítico para a epidemia", disse o médico Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de HIV/Aids da OMS, em entrevista coletiva.

As 21 recomendações são "as primeiras diretrizes globais de saúde pública" a centrar o foco nos homens homossexuais e nos transexuais, disse a OMS em comunicado. Elas foram desenvolvidas para ajudar os trabalhadores da saúde e os políticos a superar a discriminação e a oferecer testes, aconselhamento e tratamento.

Os homens homossexuais têm um risco 20 vezes maior de serem infectados pelo vírus do que os homens da população geral. As taxas são ainda mais altas no México, na Tailândia e na Zâmbia, de acordo com a agência da ONU. As taxas de infecção pelo HIV entre os transexuais variam de 8 a 68 por cento, dependendo do país.

Estima-se que entre 2 e 4 por cento dos homens tenham feito sexo com outro homem ao longo da vida, disse Hirnschall.

"Com certeza uma coisa que sabemos é que o comportamento MSM (sigla em inglês para homens que fazem sexo com homens) existe em todas as culturas. Obviamente, o nível de aceitação e de mistificação cultural varia de cultura para cultura", acrescentou ele.

Mais de 75 países consideram crime a atividade sexual com pessoas do mesmo gênero, de acordo com a OMS. "E os transexuais não são reconhecidos legalmente na maioria dos países", diz a agência.

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ONU está pronta para aprovar declaração gayzista de “direitos humanos” sob pressão do governo de Obama

Matthew Cullinan Hoffman

16 de junho de 2011 (Notícias Pró-Família) — O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas está, conforme disse uma reportagem da Associated Press, à beira de aprovar uma declaração gayzista de “direitos humanos” que tem sido promovida pelo governo do presidente americano Barrack Obama.

A resolução sobre “direitos humanos, orientação sexual e identidade de gênero” denuncia a “discriminação” contra homossexuais. A declaração também insinua que as tradicionais declarações de direitos humanos, que não mencionam orientação sexual ou “identidade de gênero”, também se aplicam à orientação sexual.

A declaração expressa “grave preocupação com atos de violência e discriminação, em todas as regiões do mundo, cometidos contra indivíduos por causa de sua orientação sexual e identidade de gênero”. A declaração também cita uma resolução anterior da Assembleia Geral da ONU com a finalidade de que “o Conselho de Direitos Humanos seja responsável pela promoção do respeito universal à proteção de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de qualquer tipo e de forma justa e igual”.

A declaração então pede ao Alto Comissário de Direitos Humanos que “comissione um estudo que seja concluído até dezembro de 2011, para documentar leis discriminatórias e costumes e atos de violência contra indivíduos com base na sua orientação sexual e identidade de gênero, em todas as regiões do mundo, e como as leis internacionais de direitos humanos podem ser usadas para acabar com a violência e violações relacionadas de direitos humanos com base na orientação sexual e identidade de gênero”.

Em sua reportagem a Associated Press diz: “As autoridades do governo de Obama acreditam que têm o apoio da maioria no Conselho de Direitos Humanos em Genebra para aprovar a resolução, que seria a primeira declaração nesse sentido a ser aprovada numa votação da ONU”. A votação decisiva será realizada amanhã (17 de junho), de acordo com a mesma agência de notícias.

Informações de contato:

Cédric Sapey
Public Information Officer, Human Rights council
Tel: +41 (0) 22 917 96 57
Email: [email protected]

Para fazer contato com a missão diplomática do seu país na ONU, clique aqui.