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Vaticano prevê excomunhão para punir ordenação de mulheres

 

Mulher é ordenada bispa da Igreja Anglicana na Austrália (Getty Images, 22 de maio de 2008)

Igreja Anglicana está entre as que aceita mulheres no clero

O Vaticano publicou nesta quinta-feira novas normas que estabelecem que a tentativa de ordenação de mulheres como sacerdotes da Igreja é um delito grave e que pode ser punido com a excomunhão dos envolvidos.

As regras fazem parte da primeira modificação em nove anos da legislação canônica relacionada aos delitos “cometidos contra a moral ou na celebração dos sacramentos”, feita após uma revisão do papa Bento 16.

Entre outras modificações, o texto também estabelece novas regras para lidar com maior rapidez com acusações de abusos sexuais contra menores cometidos por sacerdotes, após denúncias em diversos países terem causado uma crise em setores da Igreja.

CliqueLeia também na BBC Brasil: Vaticano anuncia regras para acelerar punição de abuso de menores

No documento – que foi enviado aos bispos do mundo inteiro -, o Vaticano afirma que a tentativa de “ordenação sagrada” de uma mulher é algo grave e que, caso isto aconteça, tanto a mulher como o sacerdote que participa da cerimônia de ordenação serão punidos.

Como o Vaticano não aceita a ordenação de mulheres, o resultado desta ordenação também não será reconhecido.

“Qualquer um que tente conferir a ordenação sagrada a uma mulher, assim como a mulher que tentar receber a ordenação sagrada, incorre na (possibilidade de) excomunhão”, diz o documento.

Pressão

De acordo com o correspondente da BBC em Roma David Willey, a classificação da ordenação de mulheres como crime grave é algo novo entre as regras da Santa Sé.

Willey disse que as autoridades da Igreja, no entanto, deixaram claro que o fato de as regras aparecerem no mesmo documento que condena atos de pedofilia praticados por sacerdotes não quer dizer que o Vaticano esteja equiparando estes crimes.

A intenção do papa ao estabelecer as regras seria a de dissuadir pequenos grupos de católicas em diversos países que têm pressionado o Vaticano pelo direito de serem ordenadas.

De acordo com a tradição da Igreja Católica, Jesus teria escolhido apenas homens como seus apóstolos, o que impediria a ordenação de mulheres.

Outras denominações cristãs, como a Igreja Anglicana, aceitam a entrada de mulheres no clero.

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    Cristãos da Igreja da Fé Cristã são detidos no momento de oração

     

    DETIDOS EM CASA

         No dia 9 de maio, oficiais eritreus prenderam onze cristãos, incluindo mulheres e crianças em Asmara, capital da Eritreia.
         O pastor Mesfin, o pastor Tekie, Isaac e seus quatro filhos e quatro mulheres foram presos enquanto realizavam uma reunião de oração em uma casa em Maitemenai.
         Os cristãos detidos são membros da Igreja Fé Cristã. Ela existe na Eritreia desde 1950, e está entre as igrejas evangélicas que foram banidas pelos oficiais em 2002. A Eritreia só reconhece quatro grupos religiosos: islamismo, a Igreja ortodoxa eritreia, a Igreja católica romana e Igreja evangélica luterana. Todos os outros grupos são considerados ilegais e não podem realizar cultos nem mesmo em casas.
         Os oficiais eritreus prenderam mais de três mil cristãos por praticarem sua liberdade religiosa. Os cristãos presos são mantidos em condições desumanas em calabouços, contêineres e acampamentos militares. Muitos cristãos ficaram paralisados, cegos e morreram nas prisões. Muitos nunca foram acusados formalmente perante um tribunal.
         Um cristão eritreu que está morando nos Estados Unidos afirmou: “A perseguição dos cristãos na Eritreia vai de mal a pior. O número de cristãos que está fugindo do país está aumentando. A menos que a comunidade cristã internacional ajude os cristãos eritreus, o sofrimento deles se intensificará”.

    Fonte: Internacional Christian Concern