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Cerca de 400 padres foram afastados por abusos sexuais

Os desligamentos aconteceram nos anos de 2011 e 2012 em diversas partes do mundo

por Leiliane Roberta Lopes

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Cerca de 400 padres foram afastados por abusos sexuaisCerca de 400 padres foram afastados por abusos sexuais

A Santa Sé divulgou dados sobre os escândalos de abuso sexual cometidos por funcionários do clero e noticiou que em 2011 e 2012 cerca de 400 padres foram afastados de suas funções.

Antes de tomar esta decisão o Vaticano precisou investigar 822 relatos de padres que teriam cometido abusos sexuais, conforme informações divulgadas na nesta sexta-feira (17), de acordo com a Associated Press.

Essas informações serão repassadas pela ONU como tem acontecido desde 2008 e 2009, quando a Igreja começou a divulgar os dados relativos ao afastamento de clérigos por pedofilia.

Os dados recentes mostram que o número de padres que cometeram abusos sexuais dobrou em relação aos anos de 2008 e 2009 quando o Vaticano desligou 171 padres.

Um dia antes da divulgação do relatório, a Igreja admitiu a existência de clérigos e funcionários que abusaram sexualmente de menores durante uma audiência com especialistas do Comitê para Direitos da Infância da ONU.

O monsenhor Silvano Tomasi, embaixador do Vaticano na ONU em Genebra, sede do comitê, informou que em 2012 foram documentados 612 casos de abusos sexuais que envolviam funcionários do clero. Destes, 418 foram praticados contra menores.

A ONU tem pressionado a Igreja Católica sobre os relatos de pedofilia, o Comitê de Direitos da Infância chegou a pedir uma atuação maior contra esses casos que muitas vezes são abafados pela Santa Sé.

Uma das integrantes do Comitê da ONU, Sara Oviedo, chegou a reclamar durante a audiência, na presença de representantes do Vaticano, da falta de mecanismos para investigação dos casos e da falta de punição.

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Três padres são condenados por pedofilia no interior de Alagoas

 

Integrantes da Igreja Católica não serão presos por serem réus primários e ainda podem recorrer

19 de dezembro de 2011 | 19h 59

Angela Lacerda – O Estado de S.Paulo

RECIFE – O juiz da 1.ª Vara da Infância e da Juventude de Arapiraca (AL), João Luiz de Azevedo Lessa, condenou nesta segunda-feira, 19, por crime de pedofilia, três religiosos da Igreja Católica: o monsenhor Luiz Marques Barbosa, de 83 anos, a 21 anos de prisão; e o monsenhor Raimundo Gomes, 53, e o padre Edílson Duarte, 45 anos, a 16 anos e quatro meses de prisão.

Os padres Luiz Marques, Edilson Duarte e Raimundo Gomes durante um dos dias de julgamento - Ailton Cruz/AE

Ailton Cruz/AE

Os padres Luiz Marques, Edilson Duarte e Raimundo Gomes durante um dos dias de julgamento

Apesar da condenação, eles não foram presos. De acordo com o juiz, os religiosos são réus primários e cumpriram as determinações solicitadas pela Justiça. Após o recesso judiciário, os advogados dos religiosos serão notificados da decisão e terão cinco dias para recorrer da sentença.

A sentença só foi proferida depois de quase quatro meses do final do julgamento, que foi adiado várias vezes devido a pedidos de diligência e ausência de testemunhas.

Os padres foram investigados a partir de denúncias de ex-coroinhas que relataram casos de abuso sexual dos religiosos contra crianças e adolescentes, em março do ano passado. Um ex-coroinha, que afirma ter sido vítima do monsenhor Luiz Marques Barbosa, filmou às escondidas o sacerdote na cama com um outro coroinha, colega seu. As denúncias e o vídeo chocaram a cidade, a segunda maior de Alagoas, com população de 209 mil habitantes, a 150 quilômetros de Maceió.

Repercussão. O bispo da diocese regional de Penedo, que engloba Arapiraca, Dom Valério Breda, que, segundo as vítimas, tinha ciência de tudo o que se passava, afastou os religiosos dois dias depois da eclosão do escândalo. Ele prometeu para terça-feira a divulgação de uma nota oficial da diocese sobre a condenação judicial.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) à Justiça, figuram como vítimas de abuso dos religiosos Fabiano Silva Ferreira, de 21 anos, Cícero Flávio Vieira Barbosa, de 20, e Anderson Farias Silva, de 21. Eles foram os primeiros a serem ouvidos pelo juiz – que estava acompanhado do promotor do MPE, Alberto Tenório – durante o julgamento. Eles reafirmaram as denúncias de abuso quando eram menores de idade.

Recompensa. De acordo com os autos do processo, as investigações apontaram que os padres prometiam vantagens econômicas aos coroinhas para ganhar a confiança deles e depois tirar proveito das vítimas. Em um dos depoimentos da acusação, o caminhoneiro João Ferreira, que trabalhava como motorista do monsenhor Barbosa, disse que o religioso era carinhoso com os coroinhas, mas só se deu conta de que abusava dos garotos depois de ver o vídeo.

Os padres mantiveram a declaração de inocência.

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Júri de padres acusados de pedofilia é retomado em AL

 

Sacerdotes são acusados de abuso sexual contra três coroinhas, quando eles eram menores

Agência Estado

O julgamento de três padres acusados de pedofilia foi retomado na manhã desta sexta-feira (22) na cidade de Arapiraca, em Alagoas. Os sacerdotes Luiz Marques Barbosa, Raimundo Gomes e Edilson Duarte são acusados de abuso sexual contra três coroinhas, quando as vítimas eram menores de idade.

O julgamento foi iniciado no dia 8 de julho, mas como uma testemunha de acusação considerada vital não compareceu, os trabalhos foram suspensos e remarcados para esta sexta-feira. A audiência de instrução e julgamento é presidida pelo juiz João Luiz de Azevedo Lessa, da 1ª Vara da Infância, Criminal e de Execuções Penais de Arapiraca. Dois representantes da Santa Sé, designados pela Diocese de Penedo (AL), deverão acompanhar o julgamento, a pedido do Vaticano.

Os coroinhas Fabiano Silva Ferreira, 21 anos; Cícero Flávio Vieira Barbosa, 20 anos; e Anderson Farias Silva, 21 anos, foram os primeiros a serem ouvidos pelo juiz, que estava acompanhado também pelo promotor Alberto Tenório, representando o Ministério Público Estadual, responsável pela denuncia contra os três religiosos.

Confira também
http://noticias.r7.com/cidades/noticias/juri-de-padres-acusados-de-pedofilia-e-retomado-em-al-20110722.html

De acordo com os autos do processo, as investigações apontaram que os padres prometiam vantagens econômicas aos coroinhas para ganhar a confiança deles e depois tirar proveito das vítimas. Um dos sacerdotes, o monsenhor Luiz Barbosa, chegou a ser filmado fazendo sexo oral com um dos coroinhas. Os padres negam os crimes. Se condenados, eles podem pegar penas de até sete anos de prisão.
Assista ao vídeo: