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Menina de 13 anos “seduziu”pedófilo, juiz inglês dá veredicto

Rebecca Millette

REINO UNIDO, 8 de abril de 2011 (Notícias Pró-Família) — Um juiz inglês deu veredicto de que um pedófilo de 24 anos foi “seduzido” por uma menina de 13 anos depois que o homem assistiu à adolescente praticar atos íntimos numa webcam.

David Barnes, um homem de vinte quatro anos da cidade de Darlington, Co Durham, foi preso em 2009 quando a polícia começou a investigar comunicações que a menina de 13 anos estava tendo com homens mais velhos na internet. A polícia descobriu mais de 600 fotos e vídeos baixados de pornografia infantil na posse de Barnes e mais tarde o indiciou em 17 acusações de fazer imagens indecentes e forçar uma criança a entrar em atividade sexual.

Apesar das evidências e de que o supervisor de liberdade condicional de Barnes havia aconselhado o juiz acerca do “elevado risco” do pedófilo cometer males sexuais para crianças, o juiz Peter Fox suspendeu a sentença de Barnes, soltando-o.

“Muitas pessoas devem estar perplexas, para dizer no mínimo, com a complacência das normas que deram a sentença”, disse Fox. “Se eu enviasse você para a prisão, seria por uma questão de semanas apenas. Daí, conforme lhe digo, a perplexidade que muitas pessoas teriam com isso”.

“As poucas semanas que você passaria na prisão não fariam nada para impedir você de fazer isso de novo. Minha preocupação é com o futuro — a proteção de outras crianças”, disse o juiz, que argumentou que o programa de criminosos sexuais que Barnes seria obrigado a fazer seria melhor do que uma sentença de prisão.

O juiz Fox disse que aceitou a afirmação do homem de que nas “atividades pervertidas pela internet com a menina de 13 anos”, a menina menor de idade “parece ter seduzido você”.

Acerca da pornografia infantil encontrada no computador de Barnes, o juiz disse que era “o pior tipo de abuso de crianças muito novas para a lascívia pervertida de gente como você”. Ele acrescentou: “Como você poderia sentir atração por esse tipo de material é impossível de acreditar”.

O veredicto de Fox provocou imensa fúria entre críticos que dizem que Barnes deveria ter recebido um castigo muito mais duro.

“Adolescentes de treze anos precisam de proteção. Não é necessário dizer que eles são crianças”, disse Neil Atkinson, porta-voz da Associação Nacional das Vítimas. “Intelectualmente, eticamente e legalmente, não dava para esta menina — ou qualquer um nessa idade — estar no mesmo nível de um homem na faixa dos 20 anos de idade”.

“Com base na lógica, nenhuma menina de 13 anos pode ser acusada de seduzir um homem dessa idade. Achamos incompreensível que um juiz pudesse dizer isso”, Atkinson acrescentou. “É repugnante que alguém na faixa dos 20 anos devesse essencialmente ficar impune por algo que poderia ter levado a um castigo por crime muito mais grave”.

De acordo com as reportagens, o juiz Fox ficou famoso por dar sentenças leves para criminosos sexuais no passado. Em 2001, um homem de 23 anos que atacou três garotas adolescentes teve sua sentença suspensa por Fox, que chamou as garotas de “bobas”. Em 2009, ele suspendeu outra sentença para um homem de 21 anos acusado de ter tido relações sexuais com duas meninas, uma de 13 e outra de 15 anos. Uma mulher de 40 anos acusada de relações sexuais com um menino de 14 anos também escapou sem punição, com Fox dizendo, de acordo com as reportagens, que o menino seduziu a mulher. Um tribunal de recursos mais tarde derrubou a decisão dele e deu uma sentença de um ano para a mulher.

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Senador evangélico exige prisão perpétua a criminosos de pedofilia

MAGNO MALTA

 

Em pronunciamento em Plenário nesta terça-feira, 5, o senador Magno Malta (PR-ES) defendeu mudanças na Constituição e no Código Penal.

Entre as alterações sugeridas estão a possibilidade de prisão perpétua para condenados por crimes contra a liberdade sexual de crianças e adolescentes e a obrigatoriedade do teste do bafômetro.

A Constituição proíbe a aplicação de penas de caráter perpétuo e inclui tal disposição entre as chamadas cláusulas pétreas, que não podem ser abolidas por meio de emendas. Apenas uma Assembleia Nacional Constituinte poderia mudar a regra. No entanto, há quem entenda ser possível mudar as cláusulas pétreas por meio de plebiscito seguido de emenda, como sugere o senador. Magno Malta informou que levará a questão à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Outra alteração proposta pelo senador na legislação brasileira é a obrigatoriedade do teste do bafômetro. Atualmente, o motorista não é obrigado a realizar o teste porque a lei lhe garante o direito de não produzir prova contra si.

“As pessoas matam bêbadas no trânsito e infelizmente não são obrigadas nem a fazer o bafômetro. O outro é obrigado a conviver com um tubo na garganta, tetraplégico, em uma cadeira de rodas, usando fraldas, com a família tomando conta. Esse não tem direito a nada, atropelado por um bêbado. Mas o bêbado tem direitos: ele não faz nem o bafômetro”.

Para o senador, tanto o Código Penal quanto o Código de Processo Penal “estão a serviço do crime, e não da sociedade brasileira”.

Atletas e bebidas

Magno Malta quer também que vídeos gravados em sistema de monitoramento eletrônico sirvam como flagrante e que atletas de renome sejam impedidos de fazer propaganda de bebida alcoólica.

“Estou entrando com um projeto de lei que proíbe o atleta que chega à seleção brasileira de se tornar garoto-propaganda de bebida alcoólica. Nós não podemos permitir que alguém que se torna uma referência nacional e destrua a vida de uma criança, ajude em uma má formação” defendeu.

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Escândalos de pedofilia provocam êxodo de fiéis da Igreja Católica alemã

 

Dezenas de milhares de alemães cancelaram filiação à Igreja Católica em 2010 – muito mais do que em anos anteriores – privando-a de seus impostos. Escândalos de abuso sexual parecem ser motivo central da fuga de fieís.

O número de alemães que se desligaram da Igreja Católica em 2010 é superior, em vários milhares, ao dos anos anteriores, revelou um estudo realizado pelo jornal Frankfurter Rundschau. Há indicadores de que a motivação central dos fiéis tenha sido a recente onda de escândalos de abuso sexual de menores.

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A diocese de Augsburg, na Baviera, acusou uma das cifras mais altas: até meados de dezembro, 11.351 de seus fiéis deixaram de ser membros da paróquia, contra 6.953 em 2009. Seu antigo bispo, Walter Mixa, foi forçado a renunciar em abril último, devido a acusações de abuso físico e fraude.

Em Rottenburg-Stuttgart, no sudoeste do país, 17.169 católicos deixaram formalmente a diocese até meados de novembro de 2010, quase 7 mil a mais do que no ano anterior. Trier, Würzburg, Osnabrück e Bamberg igualmente acusaram altas taxas de deserção.

Efeito financeiro

Os indícios iniciais apontam que os católicos alemães estão desgostosos com os escândalos e com a forma como a Igreja tem lidado com eles.

Nos últimos meses, a instituição vem tomando medidas para tentar prevenir futuros casos de abuso sexual e lançar luz sobre ocorrências passadas. Entretanto, vozes críticas alegam que a reação é lenta demais, e que os líderes católicos continuam empenhados em impedir que os criminosos do passado venham a enfrentar a Justiça.

O êxodo tem efeito direto sobre as finanças da Igreja Católica, já que, na Alemanha, um imposto eclesiástico é automaticamente descontado do salário de cada fiel registrado.

Culpa não reconhecida

"Cada saída é uma demais", lamentou o bispo de Würzburg, Friedhelm Hofmann, numa entrevista em que sugeria que os pedófilos teriam papel central na onda de desligamentos.

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"Espero que algumas pessoas retornem, uma vez que a ira pelos acontecimentos recentes tenha cedido, e elas voltem a se concentrar em todas as coisas boas que a Igreja faz a cada dia", acrescentou o prelado.

Por outro lado, certos líderes católicos ainda se declaram céticos de que a redução do número de fiéis na Alemanha em 2010 esteja relacionada às manchetes negativas sobre os membros da instituição. "Via de regra, uma saída formal é a culminância de um processo mais extenso de estranhamento", argumentou o bispo Hermann Haarmann, de Osnabrück.

Autor: Mark Hallam (av)
Revisão: Roselaine Wandscheer